Esse episódio de Ballroom teve o típico clima de novo cour, a mudança na abertura e no encerramento exemplificou bem isso. Posso dizer que ambos ficaram ótimos, o primeiro pelas ótimas cenas e música, e o segundo pela forma como a música se deu tão bem com o jogo de “gato e rato” entre o protagonista e a sua nova parceira, que para quem já assistiu, está mais do que na cara quem vai ser. Sem mais delongas, falemos dessa décima segunda dança!

O episódio começa com o Tatara entrando no colegial, se apresentando no primeiro dia de aula e logo ganhando a antipatia da colega que senta logo a frente por ter falado que seu hobby era a dança de salão. Um sorriso se conecta ao outro e é fácil perceber que se trata da mesma nova personagem que apareceu no fim do episódio passado e que se destaca na abertura como parceira do protagonista. Okay, era fácil deduzir que as coisas iam acabar desse jeito desde a semana passada, mas, ainda assim, acho um pouco sem graça quando a história não tenta causar um suspense nesse tipo de caso – não que isso seja um real problema.

Só me pergunto o que quem ainda não leu o mangá vai achar desta criatura…

O que houve de destaque mesmo nesse começo no colégio foi o aparecimento do Gaju mostrando que toda aquela marra que ele tinha ao dançar ele levava para a vida, e não só isso, também sendo mais simpático, ocasionando uma cena de comédia leve e se aproximando do Tatara. Isso mostra como a rivalidade pode e deve ficar só no salão, o estereótipo de eterno rival que ultrapassa o “campo de batalha” não é usado aqui e dá lugar a boa e saudável camaradagem entre parceiros de dança. Ótima forma de aproveitar um personagem sem forçar ele e ainda torná-lo mais simpático perante o público.

Gaju ganha uns pontinhos só por chegar na voadora, não ganha?! Kkk

Depois disso vemos o Tatara no estúdio Ogasawara conversando com a Shizuku – linda como sempre. Aliás, essa é uma conversa necessária para mostrar ao público como está a relação deles após os últimos acontecimentos e a forma como ele vê a Shizuku – alguém que ele tanto admira por tê-lo influenciado a entrar na dança, mas também considera uma rival. Pode até ser clichê a cena em que um diz que só curtiu a competição porque o outro estava lá, mas a história vem trabalhando recorrentemente o fato da dança do Tatara incitar outros dançarinos a darem o melhor de si, então o diálogo se encaixa muito bem com o momento.

Shizuku não é para ser vista, mas apreciada!

Ele se criticar bastante por sua performance na Copa Tenpei e por isso lamentar não ter começado a dançar mais cedo também é algo bom porque logo sem seguida a Shizuku diz que isso não é necessariamente uma desvantagem, que experiência nem sempre é tudo para um dançarino, e ainda o instiga a se qualificar no ranking amador para enfrentá-la no salão posteriormente. A lesão do Kiyoharu é uma justificativa bem plausível para adiar os planos deles de dançar no exterior e isso se conectar com essa rivalidade entre os dois é algo bem bacana, pois mostra não só que a história aproveita o maior número de detalhes possíveis para se manter coesa como também que a relação deles que passa da amizade a admiração chegando na rivalidade só pode ir além em um lugar, e esse lugar é o salão de dança! Além de que, isso agrega mais um objetivo para o Tatara, o que é sempre bem-vindo.

A segunda parte do episódio se destaca por vermos o Sengoku competindo, algo importante para o crescimento do Tatara se pensarmos que seu primeiro objetivo era dançar tão bem quanto ele. Sentir a distância que há entre você e a sua meta é bom para te motivar a se esforçar para alcançá-la; é no que eu acredito. É claro que também pode ser desestimulante, mas se ele realmente está tão certo de que ama dançar e quer fazer isso então deve sim topar o desafio e tomar esse momento de contemplação como uma valiosa lição.

Vê-lo dançar também o ajuda a entender um pouco melhor do dançarino que ele é e o que a dança dele representa para quem a vê. Afinal, como o Gaju diz, ele é o único dançarino japonês com nível mundial, ele carrega as expectativas de toda uma nação na sua dança. O Tatara não poderia ser mais sortudo por ter aprendido logo com um dançarino tão incrível, o que me faz pensar que se o melhor dançarino do Japão teve seu olhar atraído por ele é porque ele realmente tem muito a mostrar, não é mesmo? Reforçando a ideia do seu diferencial e de que é isso que o faz ser o protagonista dessa história e não o Kiyoharu ou o Gaju, por exemplo.

Outra coisa interessante foi a informação de que o porte físico do dançarino influencia no que ele pode ou não pode fazer na dança, o que significa mais um obstáculo a ser superado para o Tatara, já que ele não é tão alto e não tem membros tão longos como os do Sengoku. Existir um corpo próximo ao ideal para uma prática esportiva é algo comum e é um detalhe bacana de ser comentado durante o ato da dança, pois evita o diálogo expositivo, que poderia ficar chato, sem um exemplo.

Confesso que gostei um pouco mais da dança do Sengoku nesse episódio do que da maioria das danças do anime, só achei uma pena ela ter sido tão curta. Gostei também do momento em que a força dela foi representada com uma metáfora visual. Aliás, Ballroom sempre manda bem nessas “brincadeiras visuais”, só é uma pena que isso não seja o suficiente para “tapar o buraco” deixado pela falta d’aquele que não deve ser nomeado – a dança fluida em si.

Outro ótimo momento desse episódio foi a aparição da parceira do Sengoku, a Chizuru, que logo de cara se mostrou carismática com sua personalidade arrojada ao lidar com o Sengoku, em contraste com seu jeitinho carinhoso ao conhecer o Tatara. Gosto de personagens que já “chegam chegando”, e considero exatamente esse o caso dela. Aliás, acima só falei do Sengoku, mas não me levem a mal, sei que ela também é uma dançarina excepcional que carrega as expectativas de toda uma nação na ponta do salto alto – e sem deixar quebrar, viu!

Por fim, só me resta dizer que esse episódio foi melhor do que eu esperava, porque pelo mangá eu não lembrava que esse momento trabalhava tantas cosias interessantes. A relação com os “amigos de dança”, a proposta de um novo objetivo – a qualificação dentro da categoria amadora –, a dança do Sengoku como lição para o Tatara e a sua necessidade de encontrar um novo par para que possa dar o passo seguinte. O que, aliás, fecha bem o episódio com um encontro nada sutil entre ele a garota com a qual ele está “predestinado” a fazer uma parceria.

Isso pode ser clichê e parecer forçado, mas se pensarmos bem, faz sentido ela debochar dele caso ela mesmo tenha se desiludido com a dança e agora a renegue. O hobby dela é ouvir música, algo facilmente relacionável a dança. Ela foi até uma competição de dança e estava tentando pegar um autógrafo, ou algo assim, dos vencedores – Sengoku e Shizuru popstars hein! Pensando nessas coisas dá para imaginar que ela deve ter tido uma história na dança, mas parou e agora só admira e acompanha quem dança profissionalmente – tipo o protagonista de Shigatsu wa Kimi no Uso que não tocava mais piano, mas também não se desfazia dele, algo assim. Eles se esbarrarem é uma forma de dizer que o destino está os unindo, o que dá para engolir, porque pode ser clichê, mas vendo os “sinais” não parece tão forçado assim não.

Um das cenas mais icônicas do mangá que, infelizmente, não ficou tão boa assim no anime…

Eu li o mangá e conheço a história dela e o que deve vir a seguir – se não alterarem nada demais em comparação ao material original –, mas não teria graça nenhuma eu dar spoiler ou não levantar possibilidade alguma por conta disso, né? Pelas “pistas” dadas o provável mesmo é que ela tenha algum problema envolvendo a dança e que isso deve ser explorado ao longo da história e, enquanto isso, ela vai se envolver com o protagonista e se torna o par dele. Agora para vermos se essas especulações se concretizarão ou não só nos resta esperar pelos próximos episódios!

Acho que ela ainda vai dar muito o que falar, só acho…

Fico por aqui, agradeço aos leitores pelo apoio, incentivo, que comentem o que acharam do episódio, o que estão achando do anime ou da nova personagem em si – o que nem tem muito o que comentar, afinal, ela mal apareceu até agora. Para compensar, podem falar da charmosa Shizuku que sempre é um deleite para os olhos – principalmente quando está de óculos – e, sendo assim, nada mais natural que fechar essa análise com um print dela. No próximo episódio espero que já dê para usar um da nova personagem – da qual eu sei o nome, mas ao menos com isso dá para fazer um suspensezinho, isso se no fim das contas vocês não apelarem ao tio google para saber rs…

Mako: 7, Shizuku: 5, Ruivinha: 0

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