Faltava um episódio focado “no” Chihiro. Tivemos ele agora! Também conhecemos um pouco do passado do protagonista e tivemos bons momentos de outros personagens. Em um episódio que falou mais sério sem deixar de ser descontraído, Imouto sae rendeu e falarei mais sobre ele agora!

Confesso que não engoli muito bem a história do Itsuki ter cortado relação com os pais – com o pai e a madrasta, no caso – porque seu pai se casou “rápido demais” – “apenas” três anos após perder a esposa. Sei que me falta informação para entender a situação, então não posso dizer que não faz sentido ele não falar mais com eles – ou nunca nem ter falado com a madrasta, já que parece que não a aprova –, agora da forma que foi apresentado fez parecer que é apenas birra de moleque, quando o Itsuki já adulto parece uma pessoa sensata o suficiente para aceitar a decisão do seu pai.

Espero que isso seja aprofundado em algum momento da história – mas duvido que isso ocorra no anime. De toda forma, acho que seria leviano da minha parte considerar essa situação familiar dele algo forçado ou mal feito dado ao fato de eu não saber os detalhes dela. Só posso dizer que achei bom terem dado um parecer geral da situação para o público, pois creio que isso precisava ser feito.

Só esperando os hentais que vão fazer dessa cena. Não, pera kkk…

Aí entra “o” Chihiro, que nesse episódio confirmou o que já estava até obvio: é uma garota. Me incomoda um pouco o fato do Itsuki ter convivido algum tempo – acho que anos – com seus pais e ela na mesma casa e não ter se tocado disso, já que é só para ele que a Chihiro age como “o” Chihiro.

Também não foi falado o porquê dela não revelar isso para o irmão e nem como ela escondeu isso até agora. Okay, sei que ela deve gostar dele, isso já está na cara, mas, ainda assim, falta um motivo para ela não ter revelado isso antes. No final, esse episódio focado no Chihiro e na relação familiar do Itsuki foi mais uma introdução ao problema e ao quadro geral da coisa, mas passou longe de apontar um caminho para a resolução de tudo isso. Isso é ruim? Não necessariamente, mas acredito que resolver essa situação seria um bom clímax para o anime, mas agora acho difícil que isso aconteça.

“Fui pega no flagra, de sutiã e calcinha.”

Ao menos o anime falou mais sério sem perder sua dose de nonsense e comédia de praxe, dando um pouco de tempo de tela para a linda da Nayuta – é humanamente possível não shippar essa mulher com o protagonista! –, para o Haruto e a sua irmã tsundere fofa – uma irmã que ama mesmo o seu irmão, apesar de brigar tanto com ele, ficaria chateada por estragarem o trabalho dele, né? –, e para a bagunçada e simpática Ashley – quando ela chamou a Chihiro para trabalhar para ela já suspeitava que seria esse o momento em que a Chihiro “desarmaria a armadilha” que ela fez parecer que era.

O passeio no aquário dos irmãos no final do episódio foi um momento agradável e bonito, servindo para reforçar os sentimentos que a imouto tem por seu Nii-san querido – seria fofo se não fosse triste, ou ainda é fofo mesmo assim. De quebra, vimos o Itsuki mostrando toda aquela resistência ao pai e como o único elo que ainda parece ligá-lo aquela família é a irmã de outra mãe. Acho peculiar o fato deles terem conseguido desenvolver uma boa relação, mesmo que baseada em uma mentira, após ele sair de casa. Isso até exemplifica bem como é grande a importância dada a estrutura familiar – não necessariamente envolvendo laços de sangue – no Japão, já que por ela ser “da família”, mesmo que de uma que ele renegou, ele não poderia bater a porta na cara dela negando o contato.

É estranho ele se dar bem logo com a irmã adotiva, que acha que é um irmão, e não com o próprio pai, não é mesmo? Dado a profunda mágoa que ele parece nutrir por seu progenitor – ele nem olhar para ele ou lhe dirigir a palavra naquela cena do táxi demonstrou bem isso – não consigo não pensar que haja algo a mais ali além da mágoa por ele ter se casado de novo. Talvez o pai tinha um caso com a mãe da Chihiro? Talvez o pai foi negligente com a mãe e com o filho? Não sei, mas acho que se o anime se mantiver coerente, como foi até agora, com certeza deve mostrar o “caroço desse angu.”

Também gostaria de falar sobre a novel do Itsuki, que ela me parece meio ruinzinha devido as situações em que os personagens dela aparecem enquanto ele escreve. São situações meio bobas e caricatas, o que não é exatamente um problema, mas me faz pensar que é meio destoante a obra ter uma mangaká tão habilidosa a adaptando – não é muito realista, pois até light novels de fantasia que vendem muito ou são bastante populares costumam ter uma arte mais simples em suas adaptações.

Nesse caso até dou um desconto porque isso favoreceu a comédia no episódio anterior – se a Miku não fosse tão boa aquilo tudo não teria aconteceria, né. Mesmo não sendo tão verossímil em tudo Imouto sae consegue se manter divertido e coerente, faltando só que o anime aprofunde um pouco mais um ou outro personagem e apresente um clímax final decente, não necessariamente uma situação tensa ou dramática, mas algo que seja de grande importância e que feche bem a história.

Em briga de pai e filho irmã não fica no caminho…

O ponto alto desse episódio foi a relação do Itsuki e da Chihiro e como ela valoriza essa relação. Isso me faz pensar no porque dela ainda não ter revelado a verdade para ele, pois se ela fizesse isso talvez tivesse uma chance, não é? Será que é porque ela não quer desestabilizar a família ao se relacionar amorosamente com o irmão ou é a pedido dos seus pais por eles saberem como o Itsuki é aficionado por imoutos? De toda forma, não vou ficar surpreso se o motivo para ela fingir ser homem envolver a família. Torço para que até o final do anime ela abra o jogo, apesar de eu suspeitar que o Puriketsu vai soltar que a Chihiro é mulher quando a “conhecer” e só aí saberemos seu real motivo.

Por fim, só queria falar que acho legal esse anime ter três garotas apaixonadas pelo protagonista e ainda assim não ter clima nenhum de harém. Acho que elas gostarem dele foi algo minimamente bem desenvolvido e que não incomoda se as três interagirem com ele na mesma cena, não fica parecendo que todas querem voar no pescoço dele a toda hora, há um agradável e convincente clima de amizade entre eles. Não tenho nada contra haréns muito pelo contrário, mas acho que nesse caso não haver um harém claro é o melhor para a história. Fico por aqui agora, até a próxima!

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