Este anime que teve como base o mangá Houshin Engi (Soul Hunter ou Caçador de Almas em tradução livre) de Ryuu Fujisaki, escrito entre 11 de junho de 1996 e 24 de outubro de 2000, é um reboot daquele mesmo anime que passava na Locomotion, de segunda à sexta, às 18:30. A versão mais antiga, dirigida e produzida entre 3 de julho de 1999 e 25 de dezembro de 1999 (temporadas de verão/inverno e outono/primavera) tinha como nome Senkaiden Houshin Engi (Romances of Sealed Gods (Romances dos Deuses Selados) ou Soul Hunter: Battle of the Immortals (Caçador de Almas: Batalha de Imortais)) e para mim essa versão foi muito boa. Tão boa que conseguia ver repetidas vezes não importasse o episódio.

Após 19 anos, recebemos esse reboot de Soul Hunter, hoje com o nome de Hakyuu Houshin Engi. As versões se diferem em muitos fatores. Devo dizer que foi um enorme “choque” ter partes que, para mim, eram divertidas na infância e hoje, lendo o mangá, tenho o mesmo sentimento, que foram simplesmente retiradas do anime para poderem chegar a uma parte crucial.

A história do anime/mangá foi inspirada em um conto chinês, chamado Fengshen Yanyi (A Criação dos Deuses), que conta com um enredo que junta deuses e demônios, envolvendo também a história da China Antiga, inclusive os antigos membros da Dinastia Yin, que é a mesma do Imperador Chuu-oo. O que acontece é que parece que uma Sennin (um espírito que adquiriu o corpo de um humano depois de muitos anos) Dakki vem causando muito problemas ao controlar a mente do imperador com a sua magia da Tentação, e não apenas ele, como também muitos outros homens. Ciente disso e do Doushi (aprendiz de Sennin) que tem, pelo fato de não achar que seu aprendiz não precisa de treinamentos normais (assim como vemos no anime/mangá), Genshi Tenson dá a seguinte missão para Taikoubou (o protagonista): derrotar todos os comparsas de Dakki que estão em uma lista chamada Houshin e mandar suas almas para o Hoshindai, que é uma ilha flutuante que fica entre o mundo dos espíritos e o dos humanos. Com ajuda de Suupuuxiang (ou Suupuuchan), e sua Paopei (instrumento que usa o seu poder de acordo com a energia de seu portador), Taikoubou vai em busca desses seres.

Aí que nós temos as diferenças nas duas versões, que com certeza terei uma certa paciência de explicar. Pelo primeiro episódio do anime antigo, tudo começa como se fosse uma história contada pelo nosso querido “palhaço” Shinkouhyou, que diz-se ser ainda mais poderoso que Dakki. No atual, já temos aparentemente uma luta final entre Taikoubou e Bunchuu, ou algo assim. Uma coisa que eu não lembrava era como a primeira luta entre Shinkouhyou e o protagonista aconteceu, e podemos ver que humor não pode faltar em um anime desses. Mas essa não foi uma das cenas que me fez rir, e que infelizmente nem deve passar nesta atual versão.

Aquele “susto de leve”.

Mas a mudança principal que vi no primeiro episódio do anime atual com os primeiros do antigo é que Taikoubou vai ao encontro de Dakki, tornando-o ainda mais imprudente. Ok, nós temos ciência de que o protagonista é totalmente inconsequente e apressado em alguma situações, porém ele se demonstra ser um grande estrategista. Por causa de sua aparência e forma de falar, as pessoas não dão nada por ele, mas esse é justamente o seu plano principal. Mas também temos ciência de que Dakki é um espírito muito traiçoeiro que consegue comandar a mente dos homens. E o pior, que devo admitir, não é apenas essa magia da Tentação que ela tem que toma conta dos desejos mais carnais, mas também as suas vestes. O atual fanservice em todas as partes do seu corpo tem como principal objetivo chamar atenção total para ela, o que com certeza explica o porquê muitos caírem em tentação.

NÃO ERA PARA VOCÊ CAIR EM TENTAÇÃO TAMBÉM, SUUPUUCHAN (SUUPUUXIANG, OU QUALQUER COISA QUE CÊS QUEIRAM AÍ)!

O primeiro episódio correu bastante na minha opinião, e temo que isso (até mesmo conversei com o Mexicano sobre) corte tantas partes importantes que muitas pessoas que não viram a versão antiga fiquem perdidas na história (que tentarei explicar da maneira mais completa possível), mas ao mesmo tempo pode ser uma coisa boa, pois o mangá já acabou, e talvez nem precisem criar um final alternativo, assim como aconteceu antigamente. Entre a abertura atual e a antiga, gostava mais da antiga. Parece que forçaram a barra no estilo da música, e a outra parecia mais natural. Já o encerramento, o novo ainda não apareceu, mas o antigo era bem lento, e eu curtia bastante.

Abertura antiga (infelizmente só a música) e Abertura nova

Por fim, gostaria de dizer que adorei o retorno desse anime, porém se correr demais, talvez não seja tanta vantagem. Muito obrigada por lerem este artigo!

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