Neste episódio podemos ver que, mesmo tendo 300 pessoas para fazer as coisas para o Meijin Souya, ele mesmo consegue arranjar saídas rápidas. Inclusive Kiriyama percebeu isso também, porém percebeu ainda mais coisas sobre o dito cujo: os sons que chegam aos ouvidos de Souya não ficam exatamente em sua mente, mas vão a outro lugar. Para onde será que eles vão?

E finalmente chegou a parte da partida comemorativa entre um dos “Reis do Shogi” e um dos “Campeões dos Novatos”, Souya e Kiriyama. Foi uma partida bem emocionante, de acordo com o comentário dos moços. Logicamente que o Meijin gostaria de avaliar bem o seu oponente, e não começar atacando logo a princípio, então o início da partida foi marcado com algo tipo a música da Adelle (Hello, it’s me…), ou aquilo que eles falaram no anime mesmo: “Olá, parça, quem é você?” (Claro que de uma maneira mais formal, né, gente, porque só tinha gente mais velha assistindo, e uma delas foi o homem que cedeu um de seus quimonos para esta partida em especial, e que com certeza ganhará muito dinheiro com os seus negócios futuramente q).

Ele sim parece estar mais por dentro das coisas.

E Kiriyama lembrou de várias coisas durante a partida. Uma delas foi a figura de um pássaro branco que surgiu no quintal da antiga casa onde morava com sua família adotiva, o que puxou um gancho para como o Shimada descreveu aquela pessoa que o protagonista estava enfrentando… Souya foi comparado com um pássaro, e é exatamente isso que podemos ver. Uma criatura rara, bonita, sem muitas palavras, e com o voo muito potente, podendo seguir a vida em sua maneira. Além do mais, ele é ainda mais altivo que a figura desse pássaro: o mesmo consegue entender todos os sentimentos pelos quais os outros jogadores passam.

Não somente um pássaro, mas alguém que também pode te teleportar para outros lugares.

Não é à toa que nenhuma das pessoas que estavam assistindo entendeu o porquê de Kiriyama olhar para a ponta de seus dedos muito antes de perder a partida (e descoberto o erro fatal que cometera ao colocar o peão naquela posição arriscada) e muito menos o porquê de Souya ter respondido “É essa a sensação”… Mas por que diabos ele respondeu isso? Porque provavelmente deve ter passado pela mesma situação antes mesmo de ter chegado à posição de Meijin. Não é à toa que, quando Kiriyama colocou uma das peças em um lugar mais promissor, Souya apenas acenou sua cabeça em resposta, falando que era o mais correto a se fazer.

Naquele mesmo dia, após o protagonista ter perdido aquela partida tão importante depois de um piso em falso, ele teve a ideia de chegar ao colégio antes que as aulas acabassem, para que pelo menos recebesse uma meia presença (acredito que muita gente deve ter feito isso, pelo menos na faculdade; posso pressentir a reação de vocês após lerem esta parte), e aí que percebeu que Souya precisava pegar o mesmo trem para voltar. Contudo, por causa das notícias sobre o tufão (e que foram dadas antes de terminar o episódio passado), todos os passageiros tiveram que descer do trem, que só voltaria a funcionar no dia seguinte.

O dia em que algo diferente aconteceu.

Nesta parte é que podemos perceber a proatividade do Meijin, embora o próprio não tenha feito quase nada, apenas dado pistas do que fazer. Primeiramente, parece que seus ouvidos estão sempre tampados. A medida que Kiryama falava, mais absorto em pensamentos Souya ficava. E isso era aparente. Mas não era porque ele estava ignorando o protagonista, e sim porque aquilo não fazia parte de seu mundo, e que respostas mais precisas estavam por vir. Tanto que o mesmo sabia o que fazer em todas as situações: sabia onde pegar reembolso, sabia onde comprar as passagens, sabia de um lugar onde tinha vagas para passar a noite, sabia como racionar comida…

Para tudo o que Kiriyama se propunha a fazer, um simples olhar sempre o ajudava.

Além disso, Souya foi super prático. Ao invés de esperar um táxi como todas as outras pessoas e o próprio Kiriyama queria fazer, ele foi lá, abriu o guarda-chuva que lhe foi dado e resolveu andar. ANDAR! Ninguém anda debaixo de uma chuva torrencial, mas para quê esperar se eu posso chegar até mais rápido no local, aproveitar, comprar comida e, chegando mais cedo, eu posso tomar um banho, me secar e trocar de roupa, tudo isso antes mesmo de pegar um resfriado? Resumindo: Souya é um gênio e eu virei ainda mais fã dele (não que já não fosse quando estava acompanhando esta parte no mangá, mas no anime está tudo mais visível). Uma pessoa incrível dessas, e Kiriyama jogou e ainda teve a oportunidade de confraternizar com ela. Gostei da atitude do protagonista!

O homem que é altivo e independente às vezes precisa de um guia.

Muito obrigada por acompanharem este artigo até o final, e nos vemos no próximo!

Comentários