Sabe aquela música que te faz relaxar? Ou aquele filme que te deixa sorridente e/ou feliz enquanto você assiste? Bom, Komi-san te dá essa boa sensação também, algo que refresca a sua alma e pode acabar melhorando seu humor num dia ruim. E sim, eu posso muito bem estar exagerando e quando você, caro leitor(a), for ler não ter a mesma sensação que eu tenho toda vez que leio essa obra. Fato é que por ser uma leitura rápida, ter uma história simples e um traço amigável, ajuda a obra a ser uma bela opção de leitura leve e descontraída, sem grandes rodeios ou coisas difíceis de entender. 

Komi-san começou a ser publicado em 2015 na revista Shounen Sunday (a mesma de Magi, Keijo, etc) e tem como autor Tomohito Oda. Contando com 9 volumes e 111 capítulos em português (em inglês tem 160 e lembrando que está em andamento), os gêneros presentes na obra são: comédia, slice of life e romance. O mangá conta a história de Komi Shouko, uma garota que apesar de ser linda e admirável ao ponto de roubar a atenção de tudo e todos, possui um mau hábito: ela é péssima em se comunicar com as pessoas ou se preferir, ela tem um distúrbio de comunicação. Sim, ela não sabe se comunicar com ninguém, nem mesmo com sua família ou dizer um simples “obrigado” sem ter uma grande dificuldade. Mas tudo isso começa a mudar quando ela conhece alguém que percebe o seu problema: Tadano Hitohito. Ele é um cara extremamente comum mas que percebeu o problema dela e se dispôs a ajudar, diferente de todas as pessoas que classificam a Komi como uma espécie de divindade e sequer tem coragem de se comunicar adequadamente com ela.

E apesar de ser um mangá de leitura leve, a obra tem um início mais “pesado” onde vemos o impacto que esse distúrbio causa na Komi-san para que possamos entender a gravidade do problema e os obstáculos que devem ser ultrapassados. Ela se sente solitária, triste e coloca a culpa em si mesma por não ser capaz de conversar com as pessoas e no fim, fica sozinha com inveja de todos os outros que conseguem se expressar e conversar sobre diversos assuntos com as outras pessoas. Porém Tadano se disponibiliza para ajudá-la (como mencionado antes) pois sabe que sozinha seria extremamente difícil e porque ele mesmo quer ser amigo dela. Logo, eles se juntam para que Tadano ajude Komi-san a realizar seu sonho: ter 100 amigos, sendo que Tadano é o primeiro. A jornada acaba não sendo fácil pois além da dificuldade de Komi-san, Tadano ainda não possui nenhum amigo nessa nova etapa de sua vida e por isso, sua busca fica cada vez mais difícil. No fim, será que ele poderá realmente ajudar Komi-san a se livrar desse distúrbio e realizar o sonho dela?

De qualquer forma, a obra é muito bem pensada pois cada personagem tem um nome que indica algo sobre sua personalidade e todos eles trazem uma dinâmica diferente e interessante para a obra. As situações criadas em torno da vida da Komi-san são comuns como a já conhcecida e tradicional viagem para Quioto, comemorações natalinas e até mesmo as situações cotidianas sendo de dentro colégio ou não. Há também uma evolução nos personagens (principalmente na Komi-san) e apesar de parecer lenta em alguns momentos, é uma evolução muito interessante e constante que acaba sendo notada em pequenos gesto e/ou detalhes. No fim, o romance pode acabar deixando a desejar por conta de toda a expectativa que se cria mas acaba sendo entendível quando você considera a questão sobre esse assunto. Ou seja, espere uma obra que te mostre comportamentos, evoluções e acompanhe o crescimento e os descobrimentos de alguém que conheceu a solidão mas está disposta a vencê-la, junto com seus amigos.

Comentários