Já pensou em se tornar o protagonista de um anime e interagir com garotas 2D? É exatamente esta a proposta de One Room, como citei no artigo da primeira temporada. Agora, com o fim da segunda temporada, vamos discutir quais foram as novidades, quem são as novas personagens e se tivemos um saldo positivo.

Basicamente, o anime seguiu a mesma estrutura da primeira temporada. Foram três arcos estrelados por três garotas, onde cada uma teve quatro episódios. Um dos pontos positivos aqui é o fato delas serem totalmente diferentes entre si e até mesmo comparando com as da primeira temporada. Um dos meus receios era ver uma história ou personalidade semelhante à anterior, mas felizmente isso não aconteceu. É claro, com exceção de Yui, que retornou nesta temporada.

A personagem abriu o novo ano da série com um prólogo, além de estrelar quatro episódios que nos aproximaram dela. Depois de terminar seu arco anterior com o pedido de namoro, agora a ideia é explorar esse relacionamento, incluindo as crises, inseguranças e ciúmes. Claramente vemos uma evolução da personagem em relação à primeira temporada, resultando em cenas mais íntimas, sem deixar de lado sua essência doce e gentil.

O segundo arco foi protagonizado por Minori, que trabalha conosco em uma casa de banho. O principal conflito está no fato de que o lugar está recebendo cada vez menos visitantes e corre o risco de ser fechado. A relação entre nós e a personagem se parece com a de dois irmãos que implicam e se provocam, o que é bem divertido de acompanhar.

Por fim, conhecemos Mashiro, que está em busca de um emprego e sempre nos chama de tarado. Apesar de uma trama mais simples e que pouco explorou seu potencial, a personagem funciona perfeitamente como uma tsundere que vai amolecendo o coração aos poucos. Um arquétipo clássico que até então não havia sido usado.

Eu disse que ela também é uma ex-ginasta?

Um dos pontos positivos dessas novas adições no elenco está nas suas dubladoras. Por exemplo, Rie Takahashi, a voz de Minori, também dublou Megumin (KonoSuba) e Emilia (Re:Zero); enquanto Inori Minase, a voz de Mashiro, dublou Hestia (DanMachi) e Rem (Re:Zero). Para os fãs dessas personagens, o anime se torna ainda mais interessante, pois agora eles têm a chance de ouvi-las falando diretamente com eles, se tornando mais imersivo.

E por falar em imersão, o anime também trouxe novidades nesse sentido. A câmera em primeira pessoa foi mais explorada, não ficando apenas nos diálogos e trazendo, por exemplo, ações como beijar e deitar no colo de alguém com esse ponto de vista.

O primeiro beijo em primeira pessoa do anime

Outro ponto que melhorou nesta temporada é a diversidade de locais que conhecemos, não ficando resumido apenas a uma sala, como o título do anime sugere. Graças a isso, pudemos ir à lugares comuns em comédias românticas como a praia, fontes termais, festival de verão e outros. Esta era uma das novidades que eu já esperava para a nova temporada, mas enquanto isso teve um bom resultado com Yui e Minori, não podemos dizer o mesmo do arco de Mashiro.

Por outro lado, um dos principais problemas é a ausência de consequências, o que resulta em histórias sem o peso que poderia ter, diminuindo o impacto dos acontecimentos. Até existem conflitos durante os arcos, mas no fim sabemos que tudo será resolvido, muitas das vezes de forma rápida e simples. Isso até funciona a princípio, mas não a longo prazo.

One Room 2 consegue trazer um saldo positivo em relação a primeira temporada, incluindo personagens carismáticas e explorando ainda mais a imersão, sua principal proposta. Ainda não sabemos qual será o futuro da franquia, mas uma terceira temporada seria uma boa pedida.

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