Chegamos na terceira semana de Irozuku e novamente estamos em outro episódio em que não nos foi apresentado muito da história principal, já que não tiveram tantos acontecimentos assim, porém – como dissemos no artigo anterior – provavelmente isso está acontecendo pelo simples fato de estarmos literalmente no começo do anime. Continuamos achando que é um anime interessante e que possui potencial, mas a questão é que estamos na dúvida de quanto tempo levará até que os acontecimentos se desenvolvam, apesar de que tivemos uma grande pista no final desse episódio.

Todos aqui já sabem que não aconteceu nada de grande importância, ou que não foi apontado anteriormente, mas é legal perceber um pouco da evolução da Hitomi em relação ao seu estado emocional e a sua capacidade de interagir com os outros. Está claro que ela se sente muito mal por causa do seu problema de visão e que ela é uma pessoa extremamente reclusa – provavelmente é uma arma que ela utiliza para se proteger de possíveis danos que o seu problema pode causar socialmente -, mas aos poucos os personagens dessa história estão tentando trazer ela mais para dentro do círculo social deles.

Nunca dá pra saber ao certo o que ela está sentindo, já que na maior parte das vezes ela não mostra muito emoção – menos quando ela consegue enxergar as cores, o que é algo realmente surpreendente para ela -, então parece que ela nunca se importa realmente com o que está acontecendo ao seu redor, o que chega a ser um pouco irritante, já que parece que ela simplesmente está aceitando calada o fato da avó ter a mandado para um passado em que ela não conhece nada.

É como se ela estivesse pensando apenas “Tá bom, fazer o que né?!” e isso causa um incômodo bem grande para aqueles que esperam alguma reação dela. Apesar disso tudo, acredito que ela esteja apenas seguindo o seu papel de personagem apática – que ficou explícito pela própria sinopse do anime -, mas de algum modo estamos bem mais empolgados em conhecer a sua avó, que parece ser uma garota interessante, do que com ela de fato.

Achamos engraçado o fato da Hitomi decidir esconder o fato dela não enxergar as cores. Eu (Akunji, ou fera) estudo artes e tem uma pessoa assim no meu curso – detalhe que estudo design e cores são bem importantes nessa área -, e a coisa que essa pessoa mais faz é deixar claro que ela não enxerga cores. Diferente da Hitomi, a minha colega espalha para todos que ela tem esse problema e exige que a gente faça as coisas sem cores só para ela ver.  Tudo bem que não dá pra comparar os dois, já que a Hitomi está em outra linha de tempo e a minha colega ta infernizando a nossa paciência.

Mas é interessante que hoje em dia as pessoas estão cientes que existem pessoas com deficiências e que elas precisam de ajuda e isso não parece ser diferente no anime. Os personagens parecem se importar com a Hitomi, mesmo eles não a conhecendo muito. Provavelmente a Hitomi já deve ter recebido suporte da avó – a que ta bem velhinha mesmo – para tentar resolver o problema dela, mas mesmo assim ela ainda acha que as pessoas vão julgar ela se elas descobrirem o problema dela. Fico curioso em saber o que levou a Hitomi a deixar de confiar nas pessoas mesmo com pessoas ao seu redor querendo ajudá-la. Provavelmente ela guardar esse segredo só vai trazer mais problemas para ela, já que aparentemente a magia naquele mundo possui uma grande relação com elas e já foi possível ver logo de cara que ela fica mais perdida ainda por conta disso. Provavelmente sua aparente falta de interesse pela magia pode estar relacionada com isso.

Provavelmente isso pode ter relação com a sua aparente depressão por não poder ver as cores. Deve ser bem triste saber que existe um mundo totalmente diferente do que ela conhece, talvez no seu imaginário ele seja bem mais mágico e interessante do que ela enxerga, como observamos quando ela conseguiu ver as cores no desenho do Yuito.

Nesse episódio vimos que a Hitomi conseguiu ver as cores, mesmo que por um breve momento. Citamos que as cores nesse anime conseguiam ir além de apenas cores e simbolizar algo para ela. Infelizmente com a quantidade de informação que temos até agora é meio difícil ter uma idéia do que elas significam. Elas aparecem em horas aleatórias onde nem ela espera ver e não conseguimos ver a pintura direito e nem se a última pintura foi o Yuito que pintou – o que aparentemente parece ter sido -. Com a chegada da vó dela, esperamos que isso mude e ela foque mais em ajudar a resolver a deficiência de ver cores e a sua apatia do que apenas sua vida na escola.