Mob Psycho 100 II – É importante valorizar os sentimentos – Primeiras impressões
Que estreia excelente de Mob Psycho 100 II foi essa, hein? Se o anime continuar assim eu que vou querer entrar na Igreja criada para louvar o Mob. Okay, não é para tanto, quem merece todos os elogios são o estúdio Bones e claro, o autor, ONE. O anime voltou extremamente bem animado, com um pacing legal e a intenção de desenvolver bem o protagonista da obra. É importante valorizar Mob Psycho 100 II!
Mob retorna na temporada de inverno de 2019, mas de cara quem aparece é o charlatão Ragen, um cara tão carga torta e carismático que faz qualquer um se divertir com suas falcatruas.
Não demora e o Mob aparece para fazer o serviço sujo e dar a primeira oportunidade do estúdio Bones demonstrar como se anima uma estreia, soltando cortes fluidos para todo lado, enquanto mantém consistência e variação; qualidades características dessa obra que foi um deleite visual em sua primeira temporada.
Depois que o espírito maligno é derrotado, o tempo gasto com as piadinhas comuns à obra antecede a abertura dessa segunda temporada, um rock contagiante que entrega cenas criativas e muito bem animadas, como foi feito na magnifica primeira abertura. Contudo, sem tentar emular a pegada dela.
Dá para ser ótimo sendo um pouco similar, mas longe do saudosismo. E acredito que tal continuação busque exatamente isso.
Aliás, se você ainda não viu a primeira temporada faça logo isso e só depois volte aqui! Há um especial recap sob o ponto de vista do Ragen que vale a pena assistir, mas não é o mesmo que ver o anime.
E olha que afirmo isso sem fazer parte da igreja que estão fundando para o garoto paranormal, algo bobo, mas que deu pontapé para a situação que fez o episódio valer a pena.
Alguém com a personalidade do Mob é fácil de ser manipulado, então foi só explorar o “ponto fraco” de qualquer adolescente que a Mezato conseguiu direcionar o Mob.
Ri do trechinho de treinamento dele, mas o que mais gostei de tudo isso foi como a evolução, o amadurecimento dele, seria benéfico para a trama; nem que comece de modo torto. Na verdade, seria estranho o motivo original ser bom.
A trama de Mob Psycho não é complexa e não precisa ser, mas algo que vinha sendo trabalhado já na primeira temporada era o amadurecimento do Mob, sua mudança de alguém que não é afetado pelo que acontece ao seu redor, para alguém que é.
Alguém que se importa, tem opinião, desejos e aceita seu poder como algo bom e uma não maldição – alguém que consegue fazer mais de uma expressão.
Para isso, participar da eleição do conselho foi importante, não porque ele superaria a sua timidez ao ser jogado no meio dos lobos – seria ridículo se ele tivesse apresentado um progresso perceptível ali –, digo, no meio de uma multidão que ele teria que convencer de sua capacidade, mas porque foi de uma forma sincera que as coisas começaram a dar certo.
Aliás, é a cara da adolescência inventar uma aposta boba por um motivo bobo – apesar de que as “amigas” da Emi pareciam mais praticar bullyng disfarçado de amizade do que qualquer outra coisa – e criar uma situação desnecessária, mas da qual se pode tirar algum proveito.
Foi muito estranho uma garota se apaixonar do nada pelo discurso que o Mob sequer começou, então ser tudo de mentirinha era previsível, assim como a “resposta” dele, pois não vejo o Mob com coragem suficiente para rejeitar alguém – e ainda menos para aceitar um pedido que não fosse de quem ele gosta.
A situação de “não vai nem fica” seguiu-se e foi o convívio com a Emi que fez o garoto perceber que deveria se esforçar por aquilo que sentia. Ele sempre teve sentimentos, só não sabia como lidar com eles, como protegê-los e cultivá-los.
Posso até para fazer um paralelo com os tomates-cereja, já que somente os poderes do garoto não são o suficiente para fazer algo que tenha conteúdo brotar, mas sim a forma como ele usa esses poderes, sem depender deles para desenvolver relações, e também sem ter medo de usá-los por medo de impossibilitá-las.
Inesperadamente, esse episódio teve um pé no romance e foi ótimo, pois o Mob usou seus poderes psíquicos, que antes ele tanto temia mostrar às pessoas, por aquilo que valia a pena proteger – algo que era importante para quem se tornou importante para ele.
Claro que tudo feito com a animação acima da média característica do anime e uma trilha sonora bastante adequada à cena. Preciosismo de produção imprescindível para realçar a qualidade de um roteiro simples, mas muito do bem feito.
Desculpa, Tsubomi, mas a Emi já roubou a minha torcida pelo coração do nosso protagonista! Não é como se Mob fosse virar uma comédia romântica a partir de agora, mas, em se tratando de trabalhar o desenvolvimento pessoal de um adolescente, um desenrolar romântico não seria estranho, né.
Mas gostei de ter ficado claro que a Tsubomi sabe dos poderes do amigo de infância e parece se importar com ele. Há espaço para que essas personagens femininas brilhem mais nessa segunda temporada e só posso abrir um sorrisão e ficar no aguardo disso.
Ademais, só gostaria de frisar como essa estreia foi até melhor do que eu esperava, entregando uma seriedade reconfortante sem esquecer de todas as características que fazem de Mob Psycho tão divertido de se assistir.
Como o mangá já finalizou, o anime deve terminar de adaptá-lo e gostaria de ver o Mob mudar para melhor. Não precisa perder a sua cara de pamonha marcante, só ser alguém mais proativo e que se aceite mais já basta para mim.
Kondou-san
Mob Psycho voltou com tudo, o episódio foi muito bom.
Já sentia saudades do Reigen, melhor vigarista dos animes, se ele fosse real ele seria o maior burlão do mundo. A forma como o Reigen faz as entrevistas para ouvir os problemas dos seus clientes é sempre muito engraçado. O Mob continua a mesma coisas, mas evoluiu neste episódio (uma evolução muito bem vinda).
A parte da luta contra o espírito Torce e Retorce (que belo nome para se dar a um espirita que possuiu raízes de legumes) foi muito boa, o estúdio Bones no quesito da qualidade das lutas nunca decepciona.
Foi interessante ver o Mob namorar (mesmo sendo um namoro falso), ele começou a mudar aos poucos (a cena em que o Mob enfrenta as bulliyes da sua “namorada” foi muito boa e também mostrou que a garota que pediu o Mob em namoro não era má pessoa (foi bonito vê-la a escrever uma nova história no final do episódio).
A parte da reunião dos membros da seita Capacete Psíquico, nem sei o que dizer, a Ichi Mezato parece ser uma interesseira ao atiçar os membros da seita a procurar o Mob, ela chega a ser assustadora (a parte do treinamento foi nota 10).
Por fim, este primeiro episódio da segunda temporada de Mob ainda teve tempo de dar um espaço para o espírito Shigeo, a trindade tinha que ficar completa.
Excelente artigo, de primeiras impressões de Mob Psycho II Kakeru17.
Kakeru17
O que mais gostei dessa estreia foi como Mob Psycho 100 conseguiu continuar muito bom em tudo que ele já era muito bom antes, e ainda buscou dar desenvolvimento e profundidade ao protagonista de uma forma mais objetiva, não tentando apenas emular o que fez da primeira temporada um sucesso.
Acho que esse é o caminho que toda continuação de anime deveria seguir, e o de Mob Psycho 100 II já começou bem pavimentado, com base para alçar voos um pouco mais ambiciosos sem deixar de lado o que já era marca registrada sua; uma animação de altíssima qualidade, alguns personagens interessantes e uns bons toques cômicos — algo bem característico do autor.
Essa segunda temporada promete e depois desse episódio estou até mais empolgado para ela que para a continuação de One Punch Man!
Kondou-san
Espero que essa empolgação não morra com a estreia da segunda temporada de One Punch Man, já se sabes dos problemas do JC Staff.