O mundo dos animes já explorou as mais diversas façanhas criativas, e aí quando você pensa que os japoneses esgotaram o estoque das maluquices, eles vão lá e mostram que ainda tem mais bizarrice pra sair da caixola. Senhoras e senhores, eu agora vos apresento Dimension High School!

Quando foi anunciado, eu fui um dos poucos que certamente viram o preview desse anime. Admito que pensei que pudesse ser interessante, mesmo achando a ideia live action completamente fora de órbita e a parte animada digna dos meus jogos de PS1.

Pensei que pelo menos de algum modo a execução das ideias fosse me surpreender e fazer com que eu acompanhasse esse anime feliz. Me enganei. Já começando pelo live action, que me dava agonia, achei alguns dos atores artificiais demais – fiquei incomodado boa parte do tempo quando focava neles, cada um tinha um estereótipo estudantil e alguns levaram o seu ao extremo.

Momento de transição

A história em si é bem louca porém simples de se entender: trata de um grupo de estudantes e seu professor, que durante um dia comum de aula, são abordados por uma pedra voadora falante de outro mundo com poderes de transporte – que mais parece uma massa de modelar amassada.

Os garotos não levam muito a sério a viagem da pedra, que estava pedindo pela ajuda deles pra salvar o mundo – bom, convenhamos que nessa parte eles ao menos tiveram o cuidado de ser realistas e traduziram uma reação comum à loucura que estavam presenciando. Depois de muita insistência o ser intergaláctico leva o grupo a um outro mundo, a dimensão 2D.

Uma vez lá, os protagonistas entram num desespero total pela situação real em que estavam, e achando isso pouco, as coisas tomam um rumo pior do que o esperado com uma esfinge falante aparecendo e transformando o nonsense em um jogo de quiz – algo muito similar ao que fizeram nos animes: Nazotokine e Kaito x Ansa.

O quiz parecia ridículo mas ao mesmo tempo oferecia um certo risco a eles, uma vez que se errassem ali seriam devorados pela esfinge. Esse pormenor os fez pensar com um pouco mais de calma e preocupação, já que a prova de que era verdade veio com a eliminação do professor que acabou sobrando no primeiro round.

Não sei dizer muito bem como funciona esse esquema de morrer no outro mundo, porque no fim das contas o professor consegue voltar a vida quando o grupo vence a pergunta, conseguindo tal proeza se baseando no que ele estava ensinando antes de serem pegos. Vale salientar que a parte da aula que me pareceu a coisa mais interessante que aconteceu no episódio inteiro, foi quando o professor explicava sobre o efeito Doppler.

Me parece que eles vão permanecer nesse trânsito constante entre os dois mundos até que resolvam todas as perguntas que lançarem e assim salvem os dois lados, acabando com essa insanidade. Por alguma razão o anime deu uns pequenos focos no comportamento dos rapazes como se quisesse induzir que o que seria importante também, era criar uma mudança neles e fazer com que eles interagissem melhor entre si – principalmente o aluno inteligente grosseiro Midorigaoka, e o caladão Shiroyama -, mas não dá pra prever qual é o real plano deles pra essa confusão de ideias que eles criaram.

Olha, resumindo tudo, achei os personagens desinteressantes, a escolha das ideias ruim, animação tensa, enfim, um conjunto bem problemático – pra não dizer que não achei algo minimamente engraçado, a sequência final com o professor foi boa, mas não salva.

Até agora Dimension High School foi a estreia mais fraca de todas pra mim, sem comparação. Não sei se isso melhora ou afunda mais na lama, mas pra quem for levar adiante eu desejo boa sorte, de coração.

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