Como em toda a temporada anterior e em sua estreia de segunda temporada, Mob Psycho 100 continua nos surpreendendo! E não é à toa se pesar as seguintes características: autor original, estúdio e roteiro. Querendo ou não, de um modo ou de outro, cada episódio toca num ponto importante da psique humana trazendo assim reflexão, sem deixar, é claro, o bom humor.

Novamente, uma situação imposta a Mob cria o ponto de partida do enredo do episódio. O desejo já conhecido de Arataka Reigen por conseguir dinheiro fácil os leva numa jornada a uma cidade conhecida pelas frequentes lendas urbanas, em busca de clientes fáceis.

O encontro com Banshomaru Shinra foi cômico, mas previsível, Reigen sempre espera encontrar trambiqueiros como ele em locais com supostas atividades paranormais. O que me surpreende, e que é provado ao longo do episódio, é que Shinra realmente possui poderes psíquicos, mesmo que ínfimos.

 

Todos nós já ouvimos mitos e lendas urbanas, algumas realmente assustadoras, mas as relatadas aqui chegam a ser hilárias! Quem diria que escutaríamos a história de um suicida que foi possuído por um cachorro e gosta de revirar latas de lixo pela cidade durante a madrugada? Mas, e se de fato o mito se tornasse realidade? Novamente, o incrível autor ONE me surpreende com uma cena que retrata comicamente algo que podemos encontrar de fato em nosso convívio: alguém reparou a real natureza da lenda urbana do Capa-de-Chuva-Vermelha?

As pessoas se exasperam e escrevem bobagens o tempo todo na internet. Como o Reigen consegue pensar que os comentários em redes sociais são coisas úteis para investigações quando se prova exatamente o quão insanos podem ser? – Ao menos nesse caso. E ele acertou ao procurar por informações na internet, realmente as pessoas achariam suspeito se perguntassem para as crianças, e Shinra sentiu isso na pele, todavia foi o que possibilitou que fossem direto ao encontro da entidade maligna.

De repente nos deparamos com um acesso de responsabilidade de Reigen (daqueles que se manifestam esporadicamente). Ele realmente fica furioso com a atitude dos garotos de pintarem a cara do cachorro e os pune com um cascudo em cada. Me pergunto se foi pela atitude errônea praticada ou porque ele tem algum apreço específico pelo animal.

Após o tributo a Street Fighter, o que achei genial, podemos notar que os poderes sobrenaturais demonstrados pelo Shinra em seu combate com a Arrastadora, na verdade, provinham da possessão que o Covinhas fez e isso mostra que ele não está mais tão fraco como antes.

Agora aqui vão uns questionamentos importantes:

  • Entidades são como os deuses mitológicos?
    Como pudemos ver quanto a Arrastadora, por ser uma entidade criada pelo dito popular, adquire força por conta da credibilidade que as pessoas oferecem ao seu mito.
  • Covinhas se preocupa com o que Mob pensa?
    Durante o combate com a Arrastadora, em um momento de desvantagem, Covinhas se vê pensando em não decepcionar Mob. Acredito que só alimente esta preocupação porque ainda deseja tomar seu corpo.

Novamente, finalizamos com uma demonstração de poder por parte de Mob, que facilmente derrota a entidade maligna.

A ingenuidade de Mob é algo muito curioso, coisa essa que em muitos casos o salvou de algumas enrascadas, mas o mais admirável é ver que, por possuir essa ingenuidade, podemos acompanhar seu desenvolvimento pessoal, seja adquirindo maturidade, seja conquistando amizades.

Não pude encontrar grandes sinais de amadurecimento advindos de Mob, não ocorreu nenhum fato realmente significativo para que alterasse seu temperamento. Acredito que tenha sido mais um episódio para inserção de um personagem que virá a ser utilizado posteriormente, no caso Banshomaru Shinra, e para mais uma demonstração de efetividade por parte do estúdio na elaboração de cenas de ação.

Agora, queria eu ter o condicionamento físico da Velha Dash.

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