Olá minha gente! Continuando de onde paramos no episódio anterior, aqui vemos Mei se adaptar um pouco melhor a sua nova realidade e chegando a novas conclusões sobre o que pretende fazer tendo em vista essa situação. Mori Ougai e Shunsou são os rapazes da vez e os “guardiões” da nossa protagonista nesse começo de sua passagem pelo passado, o que os aguarda?

Primeiramente, acho que apesar de não ter ocorrido nada de muito relevante pra o contexto geral da história, esse episódio nos permitiu ver algum desenvolvimento da protagonista e possíveis caminhos a se explorarem com a chegada dela e suas decisões sobre o que fará de agora em diante – mais especificamente no final da segunda metade, já que a primeira lida mais com a interação entre o trio principal no momento.

Mei permaneceu uma parte do tempo tentando reencaixar suas memórias, entender toda aquela série de eventos ocorridos em tão pouco tempo e as pessoas excêntricas com quem se bateu numa única noite. Depois do susto inicial com o inspetor e o fantasminha da raposa, Ougai decidiu levar Mei consigo e alardeou a todos com a notícia de que ela era sua noiva.

Não tenho muita certeza ainda até porque não conheço o jogo, mas tenho pra mim que talvez o anime siga a rota dele, assim como seguiram com a de Lupin em Code Realize, que citei no primeiro artigo. Particularmente essa escolha me pareceu até então boa, já que dos possíveis candidatos a guia turístico e anfitrião além do interesse romântico, ele me parece ser o menos desregulado dos malucos que apareceram pra ela embora seja bem clichê – e gostei da postura assertiva dele, que assim como diria minha mãe, não teve muito “xarará” e já chegou tomando o que lhe interessava sem dar chance aos possíveis rivais.

Ougai apesar de simpático e cavalheiresco, tem um ar de que esconde algo pela súbita atenção que concedeu a Mei, além de seu comportamento meio misterioso e incerto. Tenho algumas suspeitas sobre isso e acho que tem a ver com laços familiares distorcidos ou algum amor perdido, mas vamos deixar pro anime nos responder isso, se é que tenho alguma razão.

Depois de um dia agradável e bem didático com seus dois novos companheiros, ela aprende um pouco mais sobre sua situação como Tamayori e sobre eles mesmos, criando uma aproximação gradual e verossímil com os rapazes. Mei também passa alguns poucos momentos pensando e vai em busca da voz que ouve em sua mente e que tanto a incomodava desde que estava na Tokyo do presente.

Dessa busca ela chega no chapeleiro maluco (vulgo Charlie) que lhe faz uma promessa de retorno ao seu mundo, mas pede que em troca nesse meio tempo ela desfrute dos dias que ainda tem até lá nessa outra época. Ele entrar em acordo com ela foi bom porque foi o empurrão que ela precisava pra decidir viver o momento sem angústia. O fato de ter feito com que o lado animado dela pudesse ressair no processo também foi proveitoso, deixando ela mostrar um pouco mais de sua personalidade – não que o lado comilão, inocente e curioso dela já não fossem um ponto positivo, mas essa atitude pode ajudar muito no processo de ressocialização dela e auto aceitação ao voltar pro seu tempo.

Em seus primeiros dias com Mori e Shunsou, Mei não só começa a se ajustar como também começa a avaliar como as coisas funcionam naquela época e a falta de praticidade que existe. Durante a faxina ela nota a dificuldade que a funcionária tem pra vencer os grandes vãos sem a ajuda de um instrumento apropriado, e ao se despertar do seu incômodo temporal ela age e usa dos seus conhecimentos da era atual pra facilitar o trabalho da moça criando manualmente o que ela precisa.

Se o anime trabalhar um pouco esse lado de Mei será bem interessante, já que vai criar uma dinâmica semelhante a dos isekais onde os personagens tem conhecimentos avançados e fazem uso deles pra prosperar, como Knight’s & Magic e Hyakuren no Haou to Seiyaku no Valkyria. É bacana e inteligente fazer a protagonista interagir com aquele mundo resolvendo coisas além do sobrenatural. Que tipo de efeitos ela poderia causar, as marcas que ficariam no tempo com essas pequenas alterações que ela faz passando conhecimento futuro?

Apesar de não dizer muita coisa assim como eu disse antes, o episódio foi agradável porque conseguiu desenvolver o necessário pro momento, jogar bem com os personagens e mostrar pequenos toques cômicos na medida, sutis e que não forçaram o espectador no processo – normalmente os protagonistas de harém inverso não conquistam muito pelo seu ar genérico e sem um algo a mais, mas esses aqui são simpáticos do seu modo, mesmo com os clichês que carregam até o momento.

Os outros detalhes que foram pincelados aqui e ali, também me deram opções pra pensar que a história ainda tem um rumo bom a seguir com as armas que possui e as possibilidades que pode explorar dentro delas.

Espero de coração que esse pote no fim do arco iris exista, pois vou continuar pensando positivo. Até o próximo artigo!

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