Esse episódio funcionou como uma transição para o clímax da temporada, que deve terminar no décimo episódio, mas foi melhor que os anteriores pelo simples fato de que a Saintia, Shoko, fez alguma coisa e suas companheiras também se ergueram – dando a entender que farão o mesmo.

Quanto aos cavaleiros de ouro, eles lutaram entre si e para proteger o território deles, então não roubaram o espaço das Saintias que tem que ser delas. São elas que salvarão Athena da maça de ouro ou só disseminarão discórdia? Eleve seu cosmo ao máximo e me acompanhe nessa jornada!

Antes de comentar os pontos positivos, não poderia deixar de dar uma boa e velha cutucada, já que não entendo por que a Mayura chegou direto onde está a Éris, mas o Mu enviou a Shoko para perto e só isso – ou entendo, foi para ganhar tempo e deixar o reencontro das irmãs para o episódio final.

No fim das contas, é um detalhe irrelevante, pois o que mais toma tempo dela é a luta contra o Rigel, essa sim interessante, não pela animação que continua aquém do que poderia, mas porque ela foi lá e enfrentou de igual para igual um cavaleiro que devia ser mais forte que ela.

A Shoko saiu da sua zona de conforto ao lutar só com a força dos próprios punhos.

Não que tal “evolução” – no caso dela fica parecendo mais o aproveitamento do poder latente – tenha parecido gradual nem nada, mas pelo menos ela foi capaz de apresentar-se como Saintia e ter uma luta decente como uma.

Eu sei que o treinamento dela não foi nada ortodoxo, além de ridiculamente rápido, mas não muda o fato de que ela é uma Saintia e precisa lutar como qualquer cavaleiro o faz. Dessa vez ela se superou, lutou bem e compreendeu os sentimentos do oponente; conseguindo avançar sem deixá-los de lado.

Sendo capaz até de carregar o fardo de quem ela derrotou pelo caminho.

Outra coisa bacana foi que as outras quatro Saintias apareceram e parecem rumar para onde a Éris e a Shoko estão, o problema é se elas terão chance de fazer algo de útil, e não só isso, a Katya e a Elda, que foram “sutilmente” inspiradas no Hyoga e no Ikki, pouco ou nada foram aprofundadas.

A Katya é ainda alguém que apareceu primeiramente como inimiga e essa “mudança” não foi bem explicada, o que salva é que pelo menos se sabe mais sobre ela, já a Elda veio quase totalmente do nada e duvido muito que expliquem melhor as circunstâncias dela próximo episódio. Além dela aparecer já fazendo o que é marca registrada do cavaleiro que tem como base, salvar o Shun, só que nesse caso o Shun é a Xiaoling, e ela literalmente é inspirada no Shun – ainda que tentem dar a ela outras características.

É, até mesmo os acertos nesse anime têm seus pormenores questionáveis, não tem jeito.

Eu também não entendi por que a Éris teve que conversar pelada com a Saori. Não acho isso um problemão, mas se era assim no mangá – o que não me lembro – podiam ter feito a cena de outra forma, né? Custava nada deixar as mulheres vestidas o tempo todo na obra, mas dou um desconto por ser a personagem que representa a discórdia, malícia, vulgaridade, etc. Ao menos a luta dos cavaleiros de ouro foi legal.

Qual a necessidade dessa cena em que ela parece estar tendo um orgasmo nua?

Estava na cara que o Aioria não venceria o Saga sozinho, além de que, o Cavaleiro de Gêmeos sempre foi considerado um dos mais fortes e, se somarmos a isso seu estado atual de fantasma vingativo que ganhou um power up de poder graças a sua sugar mom, ficou ainda mais fácil esperar que ele tivesse sua vantagem.

O problema, ou a solução, é que o Miro sumiu por tanto tempo que devia ter ido fazer as unhas, o que garante que a sua agulha escarlate estará afiada e pronta para se juntar ao punho do leão para, se não superar tal obstáculo, ao menos chegar a um ponto em que as forças se equilibrem.

Dia de cão? Porque dia de leão não é!

O mangá continua além do que vai ser adaptado no próximo episódio – dando bom aprofundamento necessário a personagens como Katya e Elda –, e só uma coisa é certa, algo relevante deve ocorrer a fim de que o anime tenha uma conclusão no mínimo decente.

Não espere que a Deusa Éris pereça, a verdade é que seria lastimável se ela fosse derrotada em apenas 10 episódios e com personagens no início de seu desenvolvimento, ao menos não se optarem por um final original.

Não que eu ache que Saintia Sho terá continuação, mas o mangá está na reta final, com mais uma temporada em anime o fechamento da história seria possível.

Deve acontecer? Acho muito difícil. Faça uma oração nobre se esse for o seu desejo. Eu, sinceramente, sou indiferente. Terminarei o mangá e me dou por satisfeito.

E ela encarou a realidade, não ficou só fazendo essas caras de paisagem divosas não.

Aliás, por que comentei que a luta da Shoko nesse episódio foi melhor que a média? Porque não teve só golpes sendo desferidos, teve também troca de socos e esquivas, e isso passou a sensação de que era uma luta apropriada, que não foi apenas medição de quem tem o golpe mais forte, ainda que ter o golpe mais forte seja imprescindível para a vitória.

Não lembro bem se uma luta com mais “cara de luta” já havia ocorrido, mas essa foi quase decente, não fosse a animação meia boca. A animação de Saintia Sho é desanimadora até para quem não esperava algo acima da média como eu.

Ao menos a trilha sonora é ótima e não tenho o que reclamar do trabalho de dublagem, mas da direção só posso definir o trabalho como ruim. Não que o roteiro ajudasse, mas tentaram investir em algo novo e não entenderam que forçar nostalgia vai na contra-mão disso.

No final das contas, não sei o que queriam alcançar com esse anime. Duvido que tenham atraído público feminino e ainda mais que ele se sinta devidamente representado. Enfim, mais considerações farei em uma resenha. Até o próximo artigo!

E você, já sentiu o cosmo?

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