Este episódio não desempatou nada em Neverland, não exatamente, mas nele se abriu a possibilidade de dar um voto de confiança a um aliado que pode se mostrar imprescindível para a fuga.

Além disso, as cartas foram colocadas à mesa no lado dos órfãos, e o futuro parece mais promissor quanto mais se aproxima a possível data da fuga. A Mamãe está quieta demais por que o jogo está virando e ela não sabe o que fazer ou seu contragolpe é que está a caminho? É hora de Neverland no Anime21!

A quebra de expectativa com a entrada do Phil teria me deixado chateado se não fosse tão fácil de se sacar que ela ia acontecer ou não fosse uma fofura como o garoto a dar as caras.

Entretanto, o que é mais importante não é ele ser fofinho, mas útil, afinal, ele quem descobriu as “pistas” nos livros; algo que pode ajudar muito no que mais falta aos garotos agora: conhecimento sobre o mundo de fora.

E eu sei que parece conveniente demais esse tal de Minerva aparecer só agora, mas, se quem procura acha, não acho estranho a Emma ficar sabendo disso já que ela não pode deixar informação de lado.

Quebra de expectativa fofa a gente vê por aqui!

Minerva é um aliado ou uma armadilha? E por que seria uma armadilha? Para que o rebanho ficasse amedrontado ao mesmo em tempo que nutrisse esperanças de fugir da morte? Se é isso, o que teria a ver esse joguinho sórdido com a carne de alta qualidade provida pela fazenda?

Não faz sentido e a trama tem se mostrado bem coerente até agora, então tudo indica que Minerva realmente seja um aliado, e um que pode servir de ponte entre o mundo de demônios e uma realidade na qual a Emma e sua família possam viver. Mas antes de mais ser descoberto sobre ele, há outros problemas à vista.

Quando sua amiga quer desencalhar suas outras amigas.

Que o Don e a Gilda iam afundo no que investigavam isso era esperado, mas o choque gerado pela cena em que eles descobrem que seus irmãos que partiram não terão futuro foi excelente.

Teve de trilha sonora adequada a expressões de verdadeiro pavor e a possibilidade dos dois serem pegos. É nesse tipo de situação que Neverland se mostra um thriller que prende a atenção do telespectador

Entretanto, faço uma ressalva. Como a chave que o Don roubou da Mamãe foi parar na frente dela antes deles terem conseguido escapar ou, no máximo, estarem escapando? Isso aí não fez sentido.

Esse trecho todo me deixou bem tenso.

Enfim, deixando esse detalhe de lado, o importante foi eles terem descoberto da pior forma possível e a reação, principalmente a do Don, à verdade por trás da verdade. Eu até posso dizer que o Don foi um pouco infantil ali, mas o modo como ele explodiu de raiva e descontou toda a sua frustração, sua tristeza, foi a reação mais “verossímil” entre todas as que eu vi até agora na série.

Não que os outros terem se contido pareça absurdo, mas seria anormal alguém descobrir uma verdade chocante, sob circunstâncias ainda mais desagradáveis, e não ter um arroubo de raiva.

Aliás, o Don é alguém muito honesto – apesar de ter roubado a cuidadora – e alegre, então na falta de “inteligência”, dessa frieza emocional, nada mais coerente que ele ter agido assim.

Melhor ainda foi ele ter admitido que estava errado por um lado. Ele pode não ser um crânio, mas não é um idiota incapaz de enxergar onde erra. Essa situação era necessária para fortalecer o grupo, pois, foi com essa quebra de confiança que veio a experiência de como confiar em quem está ao lado é importante, mentir ou omitir só dificulta tudo.

O resto do episódio teve três momentos dignos de nota; o da Emma e do Norman, o da Mamãe e do Ray e aquele final interessante. Não sou sádico a ponto de desejar que o plano dê errado só para ver a inocência da Emma ser dilacerada, mas se há alguém que precisa tirar seu cavalinho da chuva, esse alguém é ela.

Seu plano ideal limita as chances de sobrevivência deles em meio a um ambiente novo e desconhecido, então não é a melhor escolha. Eu sei que ela põe os sentimentos em primeiro lugar e ama sua família mais que tudo, mas a realidade é cruel e a trama precisa justificar esse “princípio”.

A cena do Norman descobrindo algo que o Ray escondeu – seria uma carta na mangá? – é algo para ser lembrado no futuro. Por ora, a conversa do Ray com a Mamãe para ganhar tempo nem foi ruim, mas pouco interessante. A aparente apatia dela é preocupante? Não acho. Ela deve agir quando for preciso, mas eu confesso que quero ver mais da Isabella. A personagem ainda tem muito a oferecer.

Apesar de serem gênios, montar toda uma situação e não restringir os movimentos da Krone foi uma forma idiota de prosseguir com a investigação do mundo de fora? Não exatamente, afinal, o Norman pode muito bem ter feito isso com o intuito de atrair a Krone para usá-la ao seu favor.

Se ele usará a aprendiz de Mamãe ou não veremos, o fato é que a cena em que ela aparece do nada foi sensacional e teria dado um ótimo cliffhanger se tivesse acabado assim que ela surge, mas o diálogo seguinte foi bom também, afinal, deixou claro que ela está ali para negociar – o que pode ser muito útil para eles.

Que os votos de confiança que esses meninos depositaram uns nos outros perdurem e que o William Minerva ajude eles nessa fuga.

Ademais, não me desce os garotos conversarem em voz alta o tempo todo. Acho difícil de engolir que ninguém ouve eles, tanto é que a Krone ouviu, né.

Em compensação, a direção tratou bem a cena do Don e da Gilda na sala secreta, assim como a da Krone furtiva; não foi o tipo de cena que causou medo, e sim uma surpresa bem-vinda.

O que esperar dessa união peculiar que pode ser formada? O que esperar do que acontecerá no anime? Dê seu voto de confiança – não um voto de minerva – e continue acompanhando essa fuga cada vez mais eletrizante. Até a próxima!

“Quando você menos esperar eu vou estar lá!” “Achou que eu tava brincando?”

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