Este foi o anime que menos ligava quando tinha 13 anos de idade. Para falar a verdade, eu nem tinha tanta malícia para perceber as referências de cunho sexual, muito menos de histórias greco-romanas. Embora tenha assistido legendado na época, tudo era muito difícil, e eu não tinha muito costume de pesquisar sobre as coisas (claro que não estou falando das coisas sobre sexualidade, mas referências culturais q).

Cyber Team in Akihabara (ou Akihabara Dennou Gumi) é um anime que foi ao ar entre 4 de abril e 26 de setembro de 1998, totalizando 26 episódios. Ele é a adaptação de um mangá de 11 capítulos, chamado Akihabara Dennou Gumi Patapi!, que foi lançado e serializado na revista Nakayoshi, a mesma que lançou Card Captors Sakura e Tokyo Mew Mew (por exemplo) e está lançando Card Captors Sakura: Clear Card-hen.

A história é sobre uma menina chamada Hakagonei Hibari, que queria porque queria ter um bichinho cibernético chamado Patapi, o qual aprende a fazer tudo o que você ensinar a ele, como limpar a casa, falar, cantar, lutar, etc. Um dia, ela recebe um Patapi de um menino que aparece em seus sonhos e que é seu dito “príncipe encantado”, e resolve chamar o bichinho de Densuke. Mas quando ela esteve em perigo, ele mostrou sua verdadeira forma: uma espécie de Diva de Hibari que tem o poder de lutar contra o mal, chamada “Anima Mundi”.

Quando era criança, os detalhes nem me chamavam a atenção. O anime, para falar a verdade, nem é tão bom assim, porém é divertido. Se foca na história e na vida de 5 meninas com características comportamentais diferentes: Hakagonei Hibari, que é desligada e animada; Sakurajosui Suzume, que é rica e inteligente; Higashijuujou Tsugumi, que tem um estilo mais masculino de agir, mas não pensa duas vezes em ajudar um(a) amigo(a); Sengakuji Kamome, que só presta atenção no que quer e é meio egoísta, apesar de ser do interior; e Otorii Tsubame, que é quieta e totalmente alheia a alguns fatos.

E cada Patapi se transforma de acordo com o sentimento de cada uma de suas donas, o que torna o anime bem legal, porque são sentimentos profundos, podendo ser uma virtude e até mesmo um pecado. Cada bichinho tem o nome de uma deusa grega, outra referência importante. E tem outras bem mais complexas, o que até faz o anime ter fundamento, porém às vezes tudo isso se perde em meio a tanto conteúdo sexual.

Agora a parte de comédia é especial em certos pontos. Como as garotas se desentendem bastante, quando há competições sem sentido deixa tudo mais interessante. Acredito que a graça do anime seja a comédia bem simples em um contexto que às vezes parece ser bem complicado, mas tudo vai se explicando conforme ele vá terminando. No começo, tudo é um mistério, e aí o nó que estava com as referências greco-romanas vai desatando.

O que me pegou de surpresa mesmo foram as referências sexuais. Todo episódio tem um velho tarado falando ou da calcinha ou dos seios de alguma das garotas, e depois ele fala sobre coisas que pode ajudá-las em um futuro bem próximo. É algo que não dá para entender de certa maneira, já que é um assédio sexual e que constrange todas as meninas, porém deixava esse lado safado e resolvia falar algo fundamental. As cenas com ele me deixaram muito desconfortável.

E, para terminar, toda vez que uma dessas garotas que têm esses Patapis que podem se transformar em Divas entram na escola, elas são chamadas pelo diretor, e o mesmo pergunta “Você gosta de Akihabara?”. Isso é só um pretexto para fazê-las aceitar um convite de algo muito importante que acontece no anime.

Eu acho esse anime uma referência bem legal a Akihabara, porque ela é uma cidade onde se vende muitos produtos eletrônicos, e Patapis são bichinhos cibernéticos, então todas as peças que ajudam com algumas características mais avançadas para eles estão presentes nesse lugar. Não é à toa que vários têm dispositivos de leitura de horóscopo, ou de microfone.

Muito obrigada por ler este artigo até o final, e nos vemos no próximo! o/

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