Olá pessoal! Esse artigo é uma nova empreitada da saga Precure aqui no Anime21. Como fãs dessa franquia literalmente mágica, Kakeru17, Flávio e JG21, unimos forças e formamos a TAP (Tríplice Aliança Precure) para trazer ao blog tudo sobre essa nova série e se Deus quiser continuaremos com todas as outras que virão por aí.

Primeiramente gostaríamos de explicar o porquê da nossa demora em lançar algo que já estava rodando há 5 semanas.

Bom, como todos devem saber, Precure é uma série anual, então temos aí cerca de 48 a 50 episódios para cobrir. Pensando também na estrutura do anime em si, decidimos que seria mais interessante trabalhar com o sistema de escrever em “arcos”, já que a série é bem longa e normalmente não existem tantos eventos para que trabalhássemos com o formato episódico padrão.

Considerando tudo isso, viemos aqui para passar as nossas primeiras impressões sobre essa série que tem um potencial incrível, trazendo para você o arco introdutório de apresentação do quarteto principal e a base do enredo dessa saga. Esperamos que você, caro(a) leitor(a), goste e nos acompanhe até o final dessa jornada!

O que é Star Twinkle Precure?

A franquia Precure está sempre se renovando e escolhendo temas para trabalhar em cima as suas personagens. O tema da vez é a astrologia e as garotas devem proteger o mundo da ameaça alienígena conhecida como Notrayders.

Os Notrayders estão num processo de invasão intergalática buscando a dominação da galáxia – alguém mais pensou em Pinky e Cérebro? –, e para isso precisam da pequena Fuwa, que possui poderes galáticos ilimitados.

Durante as batalhas travadas contra os vilões, as Princesas do Zodíaco, que são as protetoras do universo, acabaram esgotando sua fonte de poder e se perderam pelo mundo. Agora cabe ao novo time resgatá-las a fim de reaver o equilíbrio do universo.

O que vimos nesses 5 episódios e quem são as nossas guardiãs?

• Conhecendo Hoshina Hikaru

Hikaru é uma menina extremamente energética e fissurada em astrologia, ela é sonhadora e sua família é meio dividida entre apoiá-la ou não em suas loucuras. Sua avó a incentiva, a mãe parece neutra, já o avô é o famoso estraga-prazeres – se um dos papéis dela for salvar o mundo, o outro será mudar esse simpático senhor.

Para começar a real aventura e animar as coisas para Hikaru, Fuwa surge do nada – vinda do espaço – e agita ainda mais o imaginário da garota. Um personagem que aparece aqui e chama a atenção é o Vovô Ryou, ele não só alimenta os sonhos da Hikaru como dá as ferramentas que ela precisa para seguir adiante.

Como dono do observatório local ele também é um apreciador da astrologia e achamos que, eventualmente, possa ser alguém que tem alguma conexão misteriosa com a missão da Hikaru e das outras – tipo a vó da Tsubomi (de HeartCatch Precure) que tinha sido uma Cure, mas no caso dele isso se aplicaria de um outro modo.

Hikaru, depois de um pequeno “acidente” com os poderes espaciais de Fuwa, acaba se batendo com Lala e Prunce, dois alienígenas que estavam protegendo Fuwa antes de ela vir à Terra e agora estavam sob ataque dos Notrayders.

Durante a invasão, Kappard é o primeiro a aparecer e encara o grupo inofensivo para tomar Fuwa. Julgando pelo que vimos, a idealização deles se assemelha a das forças de Freeza em Dragon Ball. Algo interessante é que essa saga conta com minions vilões (Notrays) – mais uma vez se assemelhando a HeartCatch. Vejamos o que mais vão nos apresentar como perigo.

Ao se sacrificar para salvar Fuwa, Hikaru se transforma em Cure Star e leva a melhor em sua primeira batalha. Passado o susto inicial, o caderno das estrelas que ela tinha se transforma no Twinkle Book, que vai ajudá-las na jornada e assim todos retornam para a Terra com a nave avariada e tendo que pensar nos próximos passos.

• Lala e as estatísticas

Lala e Prunce contam sobre como chegaram ali e quem são de fato para Hikaru. Um elemento que chama atenção é a lei galática que elas citam, que diz que planetas que não realizam viagens espaciais não estão autorizados a saber sobre os alienígenas.

Quais seriam as razões para isso? Talvez a falta de tecnologia e conhecimento torne os terráqueos incapazes de lidar com a grandeza do mundo exterior? É algo bobo, mas seria um ponto interessante de se trabalhar nos conflitos futuros com o grupo, já que as garotas são de espécies diferentes, com Lala e Prunce regidos a uma outra lei – mesmo que para salvar o universo.

Lala é simpática e inteligente, possuindo um conhecimento vasto sobre tecnologias e reparos, porém tem uma personalidade muito metódica e “calculista” – semelhante a Ruru (de Hugtto Precure).

Isso certamente se deve a dois fatores. Primeiro, o fato de ela ser uma oficial da força galática – já que forças militares tendem a treinar o indivíduo para ser mais cauteloso e planejador. Segundo, por ser uma adulta, mesmo fisiologicamente, e até em personalidade, se parecendo com uma criança.

Lala tem o desejo de se tornar uma Cure assim como Hikaru, mas sua mente fechada a impede de enxergar as possibilidades que estão além. Ela está presa aos seus números e dados, se impedindo de sonhar e imaginar – o que está sobrando na colega.

A conversa com Hikaru direciona ela para um repensar de atitudes e é com a volta de Kappard e sua equipe que ela se define. Uma curiosidade é que mesmo sendo uma defensora da justiça, Lala não dispõe de equipamentos ou habilidades específicas para exercer sua função – ou pelo menos essas não ficaram visíveis no combate, e isso foi estranho.

Tentando acreditar na força do pensamento ela se conecta ao coração de Fuwa e se torna a Cure Milky, derrotando a patota de inimigos e crescendo mais um pouco como pessoa – já que aprendeu que nem tudo se resume a dados e fatos.

• Resgatando a Princesa de Touro

No final do episódio anterior o pingente das Cures funciona como um localizador para encontrar as esferas do dragão, emitindo um sinal às garotas, que não entendem inicialmente. Depois de captar a função do radar elas partem na busca pelos poderes e aí que começa a confusão.

Lala e Hikaru se desentendem por suas mentalidades e atitudes diferentes para resolver um mesmo problema. É interessante que isso surja, porque normalmente nas outras séries as garotas se aceitam como grupo e está tudo resolvido. Vemos que aqui além dessa quebra inicial ainda existe um problema maior que corresponde à “maturidade” das duas.

Hikaru é uma adolescente sonhadora e que não tem responsabilidades pré-definidas, sendo o oposto de Lala, que já é considerada uma adulta em seu planeta e é uma trabalhadora braçal que tem ocupações que a exigem.

Mesmo que Hikaru estivesse relativamente certa em suas ações, ela deveria compreender o lado da amiga logo de começo e ter evitado o problema, assim como Lala na condição de “adulta” poderia ter agido como tal e se segurado mais, ouvindo também os planos da colega – já que ela também não sabia o que fazer.

No meio da guerra, Elena aparece e tenta a reconciliação das meninas, obtendo sucesso com uma mãozinha da Fuwa. As duas agem como pessoas centradas e equilibradas, chegando num acordo comum, se desculpando também.

Por fim, o pingente indica a localização da Princesa de Touro e elas seguem a pista. Do outro lado, a general Tenjou se apresenta para abordar as Cures e vai atrás do sinal emitido.

Na hora do combate Tenjou mostra que é superior a Kappard em habilidades e conhecimento de batalha, sobrepujando as meninas apenas com boas táticas e liderança. Inicialmente Tenjou tem um estilo bacana, porque mostra que os vilões não contam apenas com poder e força bruta, mas eles podem vencer se usarem um pouquinho o cérebro.

Após a batalha os poderes da Princesa de Touro são recuperados e a primeira das 12 guardiãs é parcialmente revivida para a salvação do universo.

• O sol radiante, Elena Amamiya

Elena é radiante como o sol e por seu forte caráter, personalidade e habilidades é admirada por todos ao seu redor. Apesar de tanta atenção ela é uma jovem simples e que se dedica aos outros por altruísmo – as Cures passam o dia apenas observando o jeito “brilhantástico” dela e captam isso.

Ao passo que Elena chama atenção, Madoka, a outra aluna modelo, também tem um status de rainha na escola. Ao chamar a atenção da garota, Hikaru acaba fazendo com que ela note Fuwa e sua existência “irregular”.

Do lado do mal novas peças se apresentam, uma delas é Garuoga, que parece ser o líder da gangue e a outra é uma personagem que parece o Dr. Traum – a cientista – do grupo, criando bugigangas que são úteis para a missão dos vilões – ela veio acompanhada de um mordomo, mas esse não demonstrou nenhum risco ou deixou impressões nessa introdução.

Durante um dia em que pararam para acompanhar Elena, Hikaru e Lala descobrem sobre o segredo por trás da sua rejeição a clubes escolares: a grande família dela e as responsabilidades com as quais ela arca desde nova – como as Cures March (de Smile Precure) e Rouge (de Yes! Precure 5) que precisam cuidar da família, da casa e até dos negócios.

Para cortar a alegria de todos, Tenjou aparece de novo e cerca as Cures – usando mais uma vez seu intelecto –, cabendo a Elena ter coragem para agir em prol de defender Fuwa e as colegas, assim ganhando o poder da Cure Soleil.

É uma observação boba, mas para quem conhece a série as reciclagens já começaram com a Soleil – os poderes dela são similares aos da Cure Sunny com um toque das duas que citamos antes, o futebol.

• Madoka e a Cure Selene

Madoka é excelente em tudo que faz, uma estudante premiada em diversas áreas e que tem uma educação rígida dirigida com punhos de ferro por seu pai, ao passo que sua mãe é a mão que afaga.

O pai dela é um homem que carrega o destino da família nos ombros e por isso se torna duro e exigente – mesmo que em excesso – para sobreviver. Ele não guarda segredos de sua família e espera que ela retribua esse voto.

Algo que é bem interessante é que ele trabalha para o governo, exatamente com estudos sobre extraterrestres, o que conflita com o que apontamos antes sobre a situação de Lala – os terráqueos também têm suas leis anti-aliens.

Madoka se tornar uma Cure e abrigar alienígenas sem o conhecimento dele vai dar pano para manga. Primeiro, pela ocultação. Segundo, pelo risco que engloba a atividade dela, a qual, eventualmente, deve acabar sendo descoberta. Isso se essa série decidir revelar as identidades delas como fizeram em outras (tipo Fresh ou Go! Princess Precure).

Depois de um descuido das meninas e um furo da Fuwa, ela descobre de fato qual o segredo do grupo, no entanto, Madoka fica entre a cruz e a espada quanto a denunciá-las. Embora concorde e aceite as imposições do pai, a garota tem seus próprios pensamentos e convicções – mesmo que não exponha isso a ele – e esse conflito bagunça a sua mente.

Como se os problemas ali não fossem suficientes, Tenjou capta a leitura das Cures mais uma vez e parte para o enfrentamento. Em mais um ato de coragem para proteger a inocente Fuwa, uma nova força se integra à equipe: a Cure Selene.

Pós batalha vemos que Madoka se sente ferida por amor ao pai, mas ela sabe que sua missão é maior do que os interesses dele e se omite. Até quando isso vai durar não sabemos, mas agora o time está completo e a roda do destino segue seu curso.

Concluindo esse primeiro arco…

Podemos dizer que essa temporada teve um começo mais morno que a sua antecessora, Hugtto. Contudo, ela tem elementos bem interessantes que podem render bons frutos se forem bem aproveitados ao longo do caminho.

O elenco é bem simpático e a Fuwa é o mascote mais fofo possível! Os vilões ainda não mostraram todo seu potencial, mas achamos que no contexto geral podemos esperar boas coisas do anime.

Ele não precisa ser como Hugtto e muito menos tentar superá-lo. O importante é que tenha sua originalidade, seja interessante, divertido e passe uma mensagem bacana. A série está no caminho certo para isso.

Star Twinkle Precure está aí e mesmo não sendo tão profundo – ainda estamos no episódio 5 –, está bem divertido de acompanhar. Esperamos que muitos embarquem conosco nessa longa viagem.

Até o próximo artigo!