Confesso que fiquei um pouco decepcionado porque a abertura e o encerramento não mudaram, mas, pensando que a primeira mostrava coisa além dos treze primeiros episódios, acho que deveria ter esperado por isso.

De toda forma, foi um episódio legal, menos sério do que eu esperava, mas inusitadamente prazeroso de se acompanhar. É hora de Kimetsu no Yaiba no Anime 21!

A trocação de socos e chutes entre Tanjiro e Inosuke foi uma bela amostra de animação fluida e bem coreografada, algo que muitas vezes é o ápice de qualidade em um anime e aqui é usado em um episódio de transição, de menor relevância.

Tirando a animação, o momento foi interessante para conhecermos um pouco Inosuke por meio da revelação de detalhes que ajudam a caracterizar o personagem e justificar suas reações animalescas às coisas mais simples.

Ainda não sabemos maiores detalhes de sua origem, mas a ausência de uma família e não saber ler ou escrever deixam claro que ele é ainda mais selvagem do que Tanjiro jamais foi, mas ao mesmo tempo mais infantil, afinal, passou o episódio todo provocando o protagonista para ter a reação raivosa que queria.

Falhou miseravelmente, é verdade, mas não deixou de ser engraçado vê-lo tentando. Além disso, o quão inusitado é ele ser um “ikemen (bonitão)”? Um baita contraste entre personalidade e aparência, né?

Enfim, só eu que fiquei um pouco chocado porque os “civis” reagiram bem a toda a situação, até mesmo ajudando a enterrar os cadáveres? Isso se deve ao povo da época ter mais costume com desgraça? Acho que é algo por aí, e após terem sobrevivido ao que seria uma morte horrenda, o choque deve ter dado lugar ao alívio e cansaço mesmo.

Os outros reagiram de maneiras esquisitas e isso se estendeu para a segunda metade do descanso merecido para os guerreiros feridos.

O descanso veio em boa hora, mas fico me perguntando se foi o melhor o assunto da caixa ter ficado de lado. Foi bom porque rendeu alguns momentos descontraídos e a comédia realmente me pegou de jeito, mas não era para o assunto ser tratado com mais seriedade?

Pior que eu entendo terem esquecido disso, dadas as personalidades do Zenitsu e do Inosuke não estranho terem se preocupado com outras coisas e daí o assunto “oni dentro da caixa” se perdeu.

Mas não poderia ser assim até o final, né? Então o menino raio lembra do assunto e a Nezuko retorna graciosa para o primeiro plano da história. Para nada por ora, mas na montanha ela vai brilhar, estou sentindo que sim!

Por fim, é verdade que esse episódio não foi tão interessante, mas momentos de transição assim são importantes para ir construindo esses novos personagens e se o tempo passou rápido, quando acabou me surpreendi, foi porque estava divertido, né? Só que espero mais do próximo episódio, está na hora de Kimetsu pegar no tranco de novo!

Até mais!

P.S.: Cearense é conhecido por ter a cabeça grande, o que geralmente é relacionado a cabeça dura, e como eu sou cearense e me vejo bastante no Tanjiro quanto a isso, não consegui deixar de tirar uma.

Se Kimetsu fosse um outro tipo de anime…