Semana passada eu fiz uma lista (aqui) sobre mangás cancelados na revista Shounen Jump, a revista de mangá mais importante e influente do mundo. Cheguei a comentar de forma rasa sobre o péssimo sistema que a revista usa para determinar a popularidade de suas obras e assim, tomar as medidas cabíveis. Um detalhe que também foi comentado e que me chama a atenção é o cancelamento de obras que possuíam uma adaptação para anime e um relativo sucesso que poderiam sustentá-las. 

Enfim, nessa lista nós temos obras menos conhecidas (talvez Gakkyuu Houtei possa ser conhecido por conta de seu autor) e que foram canceladas mesmo tendo autores consagrados na indústria ou com vários capítulos.

 

Lady Justice

O primeiro mangá da nossa lista é uma história de heróis, mais precisamente de uma heroína. A história acabou tendo apenas 16 capítulos que foram publicados em 2015 e de certa forma eu entendo o porque não foi longe. A obra possuía um potencial legal com uma heroína com praticamente todos os poderes do Superman, referências aos heróis e ao Stan Lee e por fim, uma cidade caótica que era inspirada em Gotham. 

Porém a obra tinha um excesso de fanservice. A fraqueza da heroína era a vergonha de ficar quase despida após levar ataques que destruíram suas roupas. Ou seja, o autor basicamente usou uma desculpa tosca para deixar sua personagem quase sem roupa o tempo inteiro. Esses excessos e a forma como a história foi levada provavelmente foram cruciais para que o cancelamento viesse em míseros dois volumes. Inclusive nós temos um artigo que trata sobre essa questão de fanservice bem aqui.

 

Samon-kun wa Summoner

Samon-kun é mais um dos mangás da iniciativa Jump Start, um projeto da Shounen Jump em parceria com a editora Viz que visava lançar seus mangás digitalmente simultaneamente no Japão e nos Estados Unidos. E essa obra aqui foi a que mais durou conseguindo lançar 89 capítulos compilados em 10 volumes lançados nos dois anos que a publicação durou.

O mangá se tornou um queridinho de muitos por conta de sua história, o que mostra bem o quão ruim é esse sistema de popularidade da revista. Enfim, a obra fala sobre Samon, um invocador que define uma missão bem inusitada para si: corromper sua colega de classe, Teshigawara Sakura, que é considerada um anjo por ser tão boa com as pessoas. Ele não aceita que ela não mostre seu verdadeiro eu, sendo sempre uma pessoa boa e por isso, quer trazer essa versão de sua colega a tona.

 

Gakkyuu Houtei

Eu mencionei acima que autores consagrados não escapam do péssimo sistema da Jump, né? Pois bem, o ilustrador de Gakkyuu Houtei é ninguém menos que Takeshi Obata, o mesmo integrante da dupla responsável por Death Note, Bakuman e atualmente Platinum End (que está sendo publicado por aqui pela editora JBC). Ele, junto do autor Enoki Nobuaki tentaram fazer uma obra sobre julgamentos escolares (sim, é estranho) e ela acabou tendo apenas 24 capítulos. 

Sendo franco eu nunca tive interesse em ler esse mangá. Isso é raro de acontecer comigo e para esse artigo eu resolvi dar uma olhada. A história se concentra em crianças de 12 anos fazendo julgamentos de incidentes que ocorrem no colégio. Sim, crianças tratando de assuntos complexos naquele estilo clichê onde o mistério sobre o culpado é cheio de plot twist até o fim. Ah, também temos a cereja do bolo onde o verdadeiro culpado faz umas caras e bocas bizarras. Enfim, eu definitivamente não faço parte do público visado para essa obra.

 

Bozebeats

O mangá Bozebeats é mais um dos vários que fizeram parte da iniciativa Jump Start. Infelizmente ele só teve 15 capítulos mas trazia uma história interessante sobre demônios e monges. Mas diferente do que se imagina de um monge, todos eles combatiam os seres malignos com armas de alta tecnologia, misturando elementos e fazendo assim uma espécie de diferencial curioso. Outro ponto que vale salientar é sobre o protagonista que desconhece seu passado e por isso, está em busca de saber quem ele é.

 

U19

Sim, eu sei que a maioria dos mangás dessa lista fazem parte da iniciativa da Jump e U19 é mais um deles. Nesse caso temos um mangá que durou 21 capítulos que nos traz uma temática futurista e com super poderes onde alguns jovens tentam lutar contra as fortes imposições feita pelos adultos que simplesmente dominam a sociedade. No fim, a história até que tinha seus pontos interessantes mas acabou não empolgando. 

 

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