O Keiki virou uma verdadeira alça de caixão, porque quem botar a mão, leva. Na tentativa de achar sua admiradora secreta – entre as muitas -, ele agora cai nas mãos da malandra Yuika e seu fetiche dominador. E então, a gente sente pena ou inveja dele?

Ficar escravo da paixão alheia é um perigo e o rapaz tem ciência disso, já que as meninas estão numa competição acirrada, com uma aplicando golpes mais baixos que a outra. Ver essa relação me lembra bastante uma brincadeira da minha adolescência que chamavam de “paquera”.

Nesse jogo todos formavam uma roda onde o grupo masculino ou o feminino ficava na posição de líder, cada um com um parceiro e apenas uma pessoa sem par. Esse “solteiro” tinha a função de piscar para roubar aquele que lhe interessasse e vendo esse gesto, a pessoa ia imediatamente ao ladrão, cabendo ao líder defender seu par o segurando rápido.

Uma vez joguei com uma amiga e o par dela era o bonitão da época, então pensem o dobrado que ela cortou para manter ele como seu parceiro – pois é, foi duro. Esse foi até um dos motivos de risada no jogo, porque ela não tinha paz e era constantemente “atacada” com as piscadas alheias.

Aqui não é diferente e o Keiki fica como essa garoto, sendo bombardeado por minuto com as investidas, enquanto ela assumia uma posição similar a das protagonistas, defendendo o que era dela das espertinhas.

Graças a essa batalha intensa entre elas, principalmente Sayuki e Yuika, ele acaba se enfiando em várias situações bizarras no episódio – eu destaco a parte dos peitos e a aranha no banheiro. No entanto, mesmo vivendo no limite, o que o move é o desejo de desmascarar a loira, que agora virou sua única opção viável.

Algo que eu esperava e gostei de ver, foi exatamente ver o elo se fortalecendo entre eles. Na verdade a sadista até me surpreendeu com sua história, pois fica claro que ela realmente é alguém que se doa e precisou de tempo para sair de sua própria concha de “revolta” e tristeza.

Não houve aquele clichê do carinha que entrega a borracha e encanta a primeira vista, o sistema foi mais bruto, com ele a vencendo pela bondade e pelo cansaço. Ela acabou cagando o momento com mais um roubo de cuecas, mas tudo bem, isso só beneficiou minha favorita Sayuki e entregou o óbvio, também não é ela a dona da calcinha rosa.

Acredito que essa fórmula “agua mole, pedra dura…” possa atingir também ao casal “não casal”, Koharu e Shoma. Mesmo tendo uma noção da extensão da péssima mania da senpai, a amizade continua e o lolicon dá sinais de que é bom estar com ela o que sempre rende boas cenas – e isso é um bom sinal para nossa stalker.

O diálogo entre ele e Keiki também é interessante porque ressalta algo que eu já tinha percebido, com o protagonista indicando sua preferência pela Sayuki mais uma vez, ao citar o nome dela quando falavam sobre suas pretendidas. Imagino que isso se deva ao fato de ela possuir as características que ele gosta numa garota, e por ser a menos afetada até então, levando vantagem em cima das demais – e eu apoio.

Mudando para as outras concorrentes, a Nanjou faz uma aparição para reivindicar sua parte no coração do protagonista e é sempre curioso vê-la em ação porque, quando ela resolve esquecer a questão fervente do BL, ela consegue se tornar a mais normal e atraente aos olhos. A cena em que ela o seduz, dá uma mostra dessas qualidades e das intenções diretas que possui.

Na condição de amiga de infância ela ainda tem um histórico mais convincente, pois diferente das outras, eles permaneceram juntos por um bom tempo e são confidentes, justificando a força e a sinceridade do sentimento dela – quem sabe a inspiração para o mangá shoujo não dê algum incentivo aos dois.

Fujimoto para mim funciona mais como um alívio cômico do que uma candidata feroz – ao menos por agora -, pois além da sua aproximação rápida e esquisita, é a que mais se rende ao próprio fetiche, soando brincalhona ao invés de interessada realmente. Parando para pensar, chega até a ser tensa a situação, porque imaginem uma “farejadora” compulsiva como ela, no quarto do Keiki com todas aquelas cuecas e uma calcinha qualquer para roubar? Sem chance da coitada ser a Cinderela mesmo.

Resumindo a coisa toda, com a eliminação de todas as concorrentes no páreo, a situação poderia piorar? Até poderia, mas graças a Koharu e suas habilidades fotográficas, o protagonista teve o vislumbre que precisava e pode acabar com a tormenta desse mistério.

Finalmente falta pouco para sabermos quem é a bendita dona da calcinha pessoal – ainda que meio que já esteja óbvio, vide a falta de opções. Agradeço a quem leu e até a próxima!

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