Orange Town é o segundo arco de East Blue, no qual Luffy e Zoro encontram a navegadora, Nami. Como o protagonista sempre vagou a esmo, nunca sentiu necessidade de alguém que lhe auxiliasse nesse assunto. Ele só colocou na cabeça que precisava ir para Grand Line para ser o Rei dos Piratas e pronto, acabou.

Zoro também tem um problema sério com direções e conhecimentos de mapa em si, então se perde com incrível naturalidade, e isso é mostrado nos capítulos do mangá logo adiante. Contudo, ele tem ciência de que, para se localizar os melhores caminhos para seguir em frente, precisam de um navegador urgentemente.

Como nem tudo é fácil nesse mundo repleto de piratas, enquanto Luffy passava um sufoco com um pássaro, Zoro descobriu que a futura navegadora “temporária”, Nami, é uma danada de uma pilantra que rouba piratas. O seu conhecimento sobre os fenômenos climáticos é muito extenso e, por isso, sabe o que pode ocorrer ao seu favor ou contra em meio ao mar.

Usando suas habilidades a seu favor.

Nesta parte da história, entramos de novo na questão do que realmente é um tesouro. Para Nami, tesouro sempre foi ter joias, as quais carregam consigo grande valor em dinheiro, mas ela nunca havia pensado que um tesouro, na verdade, é a questão de carregar algo que tem um valor sentimental para si mesmo. Para o Luffy, é o chapéu, para o Zoro, são suas espadas, para Chouchou era a loja de artigos para animais do seu dono, para o prefeito é a sua vila, entre outros.

No geral, Buggy e Nami têm a mesma paixão por dinheiro, mas objetivos diferentes. A menina pretende comprar uma vila, e por sua tia ter sua vida destruída por piratas, não os vê como pessoas boas de maneira alguma, já o palhaço quer se tornar o pirata mais rico de todos os mares da história de One Piece, então o artigo mais precioso que tem em mãos para poder chegar lá, o mapa da Grand Line, é super necessário.

O problema de Buggy é sempre querer explodir tudo e a todos sem sentir um pingo de pena dos habitantes da cidade, e Nami tem ódio de piratas com uma certa razão, até conhecer quem Luffy e Zoro são de verdade. Eles são os únicos dessa “corja” que não estão estritamente interessados em dinheiro, mas sim por cumprir os seus sonhos. A falta de caráter da maioria dos piratas, infelizmente, respinga neles.

Não é à toa que, após de Luffy e Zoro terem salvo a cidade maneira um pouco… estranha (principalmente pelo fato do menino do chapéu de palha ter poderes do fruto do diabo, assim como Buggy, que pode dividir seu corpo em diversas partes), os moradores logo os julgam, expulsando todos dali. Apenas o prefeito e o Chouchou sabem do feito heroico que tiveram de realizar.

O que me deixou ainda mais feliz nessa arco foi descobrir que Luffy tinha ainda mais estima por “Shanx, o ruivo” que eu imaginava. Quando Buggy falou mal dele, o protagonista resolveu dar um ataque certeiro nas partes baixas do palhaço e ainda esfregar o chapéu em sua cara. Amor como esse não se vê em lugar nenhum (mentira, se vê, sim, mas One Piece é a obra que estou citando no momento).

A lição que mais aprendi lendo este mangá é: não julgue um livro pela capa, pois nem sempre expressa o que aquilo realmente é. Por mais que a obra seja mal desenhada em seu início e tenha muitas cenas de comédia no meio, esta é uma obra que traz vários tipos de reflexão sobre o que realmente está acontecendo e o que somos como humanos.

Em meio ao mangá, Oda gosta de contar como foi que conheceu os piratas e conta a sua trajetória para a criação da história de One Piece, assim como também adora colocar uma sessão de perguntas e respostas sobre as quais os leitores vivem mandando seus questionamentos por cartas. Ele, apesar de responder umas besteiras vez ou outra, tem um carinho pelos fãs.

Muito obrigada por ler este artigo até o fim, e nos vemos no próximo! o/

Comentários