Os mistérios que começaram na droga Plus estão começando a se resolver, e agora parece que realmente esse povo vai ter alguma função de verdade. Algumas mudanças na estrutura da investigação também movimentam o curso das coisas, e nossa protagonista finalmente encontra uma chance para brilhar, será que agora vai mesmo?

Esse foi de longe o melhor episódio até aqui e quando coloco esse ponto, não insinuo que foi o menos pior dos piores, mas de fato foi um episódio bom e que soube amarrar bem as informações que pretendia jogar no momento, além de dar um foco maior na investigação que é o principal aqui.

Não sei dizer se chegando em sua metade o anime de fato vai conseguir dar um 360, saindo da sua condição de obra com excesso de bishounens e sem roteiro, para algo decente e funcional, porém creio que o potencial ainda está ali nos detalhes e as coisas podem se arrumar.

Continuando da situação tensa com os irmãos Tsuzuki, Rei entra numa espécie de colapso após ser destratada pelo Hattori de cabelo rosa. Bom, acho que desde o começo ela é frequentemente atacada e com uma certa razão, já que apesar de esforçada e determinada, ela se porta de forma imatura para o seu próprio bem.

Sosei é uma espécie de professor para ela nesse quesito, já que sua função é sempre conscientizar a moça de suas próprias limitações – felizmente ele está mais gentil para compensar a dureza do seu papel. O rapaz compreende que ela ainda precisa evoluir em alguns pontos e por isso traduz o significado do seu afastamento da STAND como um alívio para os investigadores.

Uma coisa que gostei foi o fato de não colocarem a protagonista como uma pessoa que apenas remoe a tristeza, mas do seu jeito ela se move para alguma direção. A maior qualidade da Rei é a sua forte resolução e isso eu aponto há muito tempo, então mesmo abalada, a moça fica ali resistindo e tentando caminhos alternativos.

Aoyama também é importante nesse processo de recomeço, porque além de ser o mais humano aparentemente, é o que está mais próximo dela. Ele valoriza o empenho da colega, exerce um bom trabalho como seu mentor e de algum modo me parece ligado a mesma pelo passado.

Ele assim como ela, tem um senso de dever proveniente das experiências vividas, mas mudou especialmente pelo envolvimento de sua família com os acidentes do passado e a droga. Sua resolução serve de inspiração para a Rei, que assim como ele quer buscar o seu caminho.

Viajando um pouco nos por menores, acho engraçado que a obra tenha romance como um de seus gêneros, porque até então essa é a última coisa que tá sinalizada aqui, mas se tiver que apontar alguém como candidato viável, o nome dele certamente grita disparado.

Enfim, voltando, foi bem curioso ele ter uma memória de um acidente praticamente igual ao da Rei, e fisicamente ainda se assemelhar ao garotinho que lhe estendeu a mão na época – para mim é o mesmo, mas estão enrolando na revelação porque sim.

Confesso que também fiquei impressionado com o trabalho feito pelo rapaz porque ele consegue conectar várias pontas soltas do “Caso Anônimo”, droga Plus e a STAND. Notem que ao menos uma pessoa de cada núcleo investigativo está relacionada diretamente aos ocorridos de 15 anos atrás – incluindo a Rei.

Considerando todos os fatos que englobaram a participação da família do rapaz e a dos Kujo, interpreto essa junção como um meio de controlar as informações correntes, além de manter os elementos vitais sob vigilância, impedindo que o esquema se desarme ou que os “cabeças” sejam denunciados em algum ponto – como vieram encobrindo durante todo esse tempo.

Relembrando um detalhe mínimo que aparece nos outros episódios, a protagonista sempre capta a atenção dos candidatos a membro da STAND, porém o que acontece é que ela os atrai para si. Então, se juntarmos o seu senso de justiça, inteligência e perseverança, somado a bons aliados, temos uma ameaça poderosa aos planos dos criminosos – o que o Hattori de cabelo rosa já vem “bispando” a algum tempo, e talvez por isso a oposição imediata.

Deixar a Rei afastada nesse caso, sinceramente me soou uma decisão equivocada, porque agora sim ela vai estar livre para trabalhar pesado na investigação e com uma motivação ainda maior, graças ao que conseguiu apurar pelo seu parceiro de equipe mas a burrice é deles, paciência.

Agora a moça tem uma nova aliança formada entre os Narcóticos e a Revel – exceto Kujo, claro -, além de informações precisas para investigar o famigerado “Caso Anônimo” e a STAND, cuja fundação sinaliza estar envolta em alguma sujeira com os grandes nomes que patrocinam e comandam a produção da “Plus”.

Ao final do episódio o restante da família Kujo é colocado na roda, e esses parecem completamente alheios ao que acontece nas negociações do líder da família, porém ainda sim se dispõem a qualquer risco por ele, independente do seu alinhamento na lei.

Ainda ficamos com o gancho da ameaça feita a Rei, meio que direcionando as suspeitas para a equipe policial do rosado e o lado Kujo – que parece ter um obetivo específico. Agora que pode meter a mão na massa sem reservas, o que será que ela vai fazer pela história?

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!