Engraçado que as assombrações nunca se chamam pelos nomes. A dona do espaço da “Escada de Misaki” é chamada de “Número 2”, e Hanako-kun, de “Número 7”, e nenhum dos dois sabe exatamente em que lugar fica a fraqueza um do outro. Apenas neste episódio que os principais conseguiram descobrir a verdade sobre a “Escada de Misaki”, e estava em um canto inesperado.

Eu sinceramente nunca consegui manter um diário sequer, e acredito que foi um dos diários mais apaixonados que já vi. Yuko, nome original da “Número 2”, escrevia apaixonadamente sobre o seu relacionamento com um professor, que inclusive fez questão de cortar o seu cabelo e fazê-la aparecer em uma foto de turma.

Na verdade, Yuko nada mais era que uma raposa que representava a prosperidade. Primeiramente, parecia que ela não estava familiarizada com o vocabulário japonês, por isso que não conseguia escrever muito bem com seu conhecimento limitado. Acredito que o diário mais servia como aqueles de férias, que os professores veem tudo o que o aluno escreveu e aí faz comentários encorajadores.

No caso, era algo que não funcionava como diário de férias, e sim sobre como estava indo com o seu professor amado, e Misaki fazia pequenos comentários para incentivá-la. Depois de um momento, Yuko conseguiu se expressar melhor, e o professor não precisava mais corrigi-la. No caso do corte de cabelo, ela fez questão de dizer que guardaria com carinho a tesoura que ele lhe deu. Isso explica muita coisa, já que, no mundo dela, a tesoura quem mandava. Também tem um caso engraçado, que quem era cortado, se transformava em um boneco.

As bonecas também têm um fato engraçado, já que Yuko as fazia enquanto esperava o professor Misaki, que nunca mais apareceu. Inclusive, ela não sabia o significado de morte, e quando soube que seu amado morreu, não conseguia entender o significado daquelas palavras. O conto se chama “As Escadas de Misaki”, pois ele foi morto por alguém que o fez descer escada abaixo.

Isso me faz lembrar de uma coisa: uma antiga amiga minha disse que já caiu da escada e continua viva. Eu mesma já caí da escada algumas vezes e continuo viva, inclusive escrevendo artigos para o blog (nem sempre bons, mas tudo bem), e teve uma vez até que puxei um carpete e desci enrolada nele (er…), mas dependendo da queda, dá para morrer na hora. Imagino que ele tenha caído logo de cabeça, bem no quarto degrau daquela escadaria.

Assim, começou a “Número 2”, Yuko, com suas bonecas e tesouras, à procura de seu amado. Ela ainda não descobriu o que é morte, e qualquer boneca que se mexesse poderia ser o símbolo de seu amado. Nene até pensou, a princípio, que era uma mulher, e depois mudou de opinião. Tudo foi resolvido com a leitura do diário, e a tesoura era a fraqueza de Yuko.

Com o final de todo esse alarde para conseguir recuperar os seus amigos, tudo acabou bem. Na foto retirada, Yuko não apareceu por ser o espírito de uma raposa que costumava assustar as crianças, porém ela podia se ver, já que era sua forma humana representada. Foi uma bonita história de amor, porém bem assustadora e mortal.

Muito obrigada por ler este artigo até o fim, e nos vemos no próximo! o/

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