Budoukan está acabando e mais uma vez o anime entregou um ótimo episódio. Temo que o final não comporte tudo o que eu gostaria de ver nele, mas, ainda assim, acredito que será satisfatório.

Sei que o show no festival já havia sido “anunciado”, só não comentei isso porque estava ocupado demais rindo do que vi. Enfim, é hora de Budoukan no Anime21!

O anime fez um ótimo trabalho ao longo de seus dez primeiros episódios no que tece a caracterização de seus personagens, não à toa achei super condizente a Aya se pilhar para melhorar, a Reo demonstrar um certo complexo de inferioridade frente a uma antiga companheira e a Maina fazer o mesmo, mas ao se comparar com o grupo que ela integra.

Ainda teve a Maki que fez seu pedido e deu mais um empurrãozinho para a amiga amadurecer. É só ao dosar sua admiração e passar a dar valor também a própria individualidade, aos seus próprios sonhos, que a Yumeri deve mostrar o melhor de si, se divertir mais; pois ao mesmo tempo em que a Yumeri quer ver a Maki brilhar, a Maki também quer isso para ela.

Acho ótimo as duas quererem isso uma para a outra e confesso que adoraria ver uma rivalidade saudável surgir entre elas, o grupo só teria a ganhar com isso. Quem sabe não ocorre em uma segunda temporada?

Sem um anúncio a vista o fato é que o Cham Jam se vê ainda dando os primeiros passos para chegar no objetivo final. O festival é só um novo “início” até ele.

Destacar um grupo que vai estrelar o mesmo festival e fazer uma conexão coerente entre ele e o grupo das protagonistas (após o fim de um grupo as idols se separarem e formarem outros grupos usando de suas experiências como base é algo normal) foi uma ótima escolha até pela forma como isso aproxima a Reo da Maina, justificando a sensibilidade da senpai.

A Reo já esteve mais ou menos na situação da Maina e se não me engano já haviam explorado isso antes, o que não sabíamos é que havia algo mal-resolvido entre ela e outra integrante, e não é só “ciúmes” do fã que foi apertar a mão da colega (Kumasa também é humano, também “vacila”, né), é algo que a incomoda porque ela queria ver o seu valor sendo reconhecido.

É excelente como o anime amarra tudo aquilo que quer trabalhar em seus episódios, pois a “aparição” na TV foi justamente o momento em que a Reo se deu conta de que não teve seu esforço reconhecido e a Eripiyo percebeu como é “sortuda”.

De maneira bem cômica e inusitada, é verdade, mas percebeu e isso deu solidez a reflexão que o episódio queria propor.

Isso sem esquecer de desenvolver o drama das idols, pois Budoukan é um anime de fãs de idols no qual as idols são importantes, são humanizadas ao ponto de seus dramas e aspirações não sucumbirem aos de seus fãs, mas caminharem com eles, lado a lado, de forma até que saudável para a indústria. Felizmente, a pressão depositada nelas não é exagerada, né.

Os fãs querem que elas alcancem o Budoukan e se dispõem a acompanhar o caminho até lá, passo a passo, percauso por percauso; mas não é só isso, pela forma como a narrativa é contada fica claro que dá para equilibrar os dois lados da balança, idols e fãs, seja com o trabalho de personagens secundários ou com o texto referente as duas protagonistas.

É por isso que as atitudes da Aya, Maki e Reo também dizem respeito, ainda que indiretamente, ao que rola entre as heroínas e o mesmo vale para os outros personagens.

Até mesmo a colega de trabalho da Eripiyo acrescentou algo a narrativa. Indiretamente ela que propiciou a situação em que o Kumasa e o Motoi aconselham a Eripiyo a usar o twitter.

É quase certo que não vão aprofundar a situação do Motoi com a Sorane e acho isso uma pena, mas não é um grande problema de fato, então deixo de lado e foco na Eripiyo e na Maina.

Uma falhou ao ser clara na hora de apoiar a outra, a outra precisava desse carinho e o recebeu de maneira inesperada, mas não menos fofa. Foi cômico e estranho, mas fofo.

Inclusive, esse é um dos pontos positivos das redes sociais, a capacidade de conectar pessoas sem carecer de contato físico que ela proporciona, e esse contato nem sempre é possível, ainda mais entre um fã e uma idol, né.

A Eripiyo não deu a luz a Maina, mas a deu luz para se animar e seguir em seu caminho, na batalha diária que é ser uma idol.

É normal se sentir insegura antes de um momento importante para o grupo, ainda mais quando você é o elo fraco dele (ou ao menos se vê dessa forma), então não tenho muito o que questionar sobre isso, apenas elogiar a resolução, afinal, foi adicionado um elemento novo até então no relacionamento entre as duas, e um que pode facilitar o diálogo entre elas.

Não sei se tuitar salva vidas, mas sei que é capaz de conectar pessoas e alinhar seus objetivos. Maina dá a entender que sabe muito bem o que quer, só a falta mais apoio para aplacar sua insegurança, apaziguar seu coração e focar no que precisa fazer para chegar aonde quer. O mesmo vale para as outras, com seus próprios dramas a superar e problemas para resolver.

Vou sentir muita falta de Budoukan, vai ser um sonho realizado se anunciarem uma segunda temporada ao fim da primeira, pois quero ver quão longe um anime tão consistente, fofo e divertido (o exagero da Eripiyo sempre me faz rir, não tem jeito) pode ir ao explorar essa relação tão “peculiar” que é a de uma idol com um fã. Se esqueci de algo deixo para o episódio final.

Até a próxima!

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