O Sunset Ravens exterminou o Clã Oito com direito a humilhação e tudo, um show de horrores dos bons e um desfecho digno para a primeira fase da história. A segunda, infelizmente, talvez nunca seja animada. Eu gostaria de ver ela, mas na pior das hipóteses partirei para o mangá. É hora de Darwin’s Game no Anime21!

O episódio não foi perfeito, longe disso, mas ele me divertiu tanto que relevo até a ridícula falta de ação dos capachos do bando inimigo. Eles viam a morte sorrir lentamente e não faziam nada. Ficar paralisado de choque tem limite, mas quem escreveu a história esqueceu disso. Menos mal que ainda foi divertido…

Foi divertido ver o Kaname matando a sangue frio e melhor ainda ver o Wang cair na armadilha da Shuka. A forma como ela usa seu poder funciona como um blefe, afinal, ele é bem mais específico e perigoso em uma luta com o campo a seu favor. Ela preparou uma armadilha de antemão e isso facilitou sua vitória.

Foi humilhante? Muito. Um personagem desprezível merecia desfecho melhor? Que nada, foi divertido vê-lo sendo humilhado pela inimiga que menosprezou por ser mulher em um primeiro momento, depois o Kaname foi lá e terminou o serviço, até sem tripudiar tanto, mas respondendo algumas boas perguntas.

Ele pediu por um privilégio que o ajudasse nas lutas em equipe, nada muito diferente do que eu esperava dele, o que eu não esperava é isso ser usado para dar dimensão de como o clã dele era mais rico e não só isso, foi usado também com ele tendo mudado a sua mentalidade, decidindo abraçar a loucura do jogo.

Mas, novamente, culpando o criador. É hipocrisia fazer isso? Não acho que seja, o jogo não proíbe jogadores de envolverem cívis e nem se explica para quem entra, é uma completa roubada. Além disso, a única saída conhecida é finalizar o jogo ou destruir o criador. O Kaname só reforçou a sua convicção.

Ao notar que sua hesitação deu abertura para que as pessoas as quais ele quer bem fossem machucadas, pagar o preço de se tornar um assassino foi até fácil, se não isso, foi menos difícil do que seria fora do D-Game, um jogo em que sobreviver é a máxima e não matar para isso é menos realista que ter um Sigil.

O modo centrado e ao mesmo tempo raivoso que o Kaname lidou com a situação manteve a construção do personagem sem esquecer de adicionar novas nuances a ele. Ele mudou e com isso seu grupo se tornou mais forte, mais rico e temido; assim tendo condições de desafiar o criador ao menos um pouco.

Parece hipócrita jogar o D-game enquanto conquista territórios e bani o jogo dentro deles, mas se não for assim de que outra forma o Sunset Ravens desafiará o criador e seus comparsas? Combater o mal com o mal não é bem um conselho que daria para resolver um problema do dia a dia, mas nesse caso…

E olha que a Liu Xuelan nem apareceu, não precisou. Darwin’s Game acabou tendo um final divertido, nada espetacular exatamente, mas bem divertido dado os personagens envolvidos e a situação. Foi vingança sem sangue nos olhos, mas com uma definição de identidade bacana, um ponto de virada para a obra.

Para o “herói” que precisava acordar para a realidade, para seus companheiros que dependiam da posição de seu líder, para a orfã que encontrou seu lugar, sua família, e para nós, público, que deve se despedir do anime. Espero que você tenha gostado, eu gostei, quem sabe até dê uma conferida no mangá depois.

Nos vemos na resenha!

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