Já chegando em seus momentos finais, o Festival Geika presenteia a todos com uma ótima performance da dupla entre a gigante e a anã – por isso o nome inventado do título -, mostrando o que essas duas tem de melhor como pessoas e principalmente profissionais da moda. Apertem os cintos e vamos embarcar na onda do desfile mais movimentado e criativo já visto nas passarelas da animação!

O começo do episódio é bem legal porque foca no processo construtivo do show das duas, mostrando que o caminho não foi lá muito fácil, já que as duas antes de serem aliadas, são rivais de passarela.

Chiyuki percebeu fácil as fraquezas da parceira, mas ao mesmo tempo reconheceu suas qualidades e força, por isso a impulsionou a ir além, porque no fundo ela estava confiante no potencial da garota e sabia que poderiam vencer se ela saísse de sua concha medrosa.

Isso dobra o trabalho da protagonista, mas tem sua importância ao mostrar que ela realmente estudou muito e entende bastante da indústria, sendo suficiente para que fosse uma boa “mentora” fashion da futura designer.

Parece que os méritos ficam só com a loira, mas a dinâmica entre as duas no geral é interessante, intercalando os momentos em que uma procura melhorar a outra dentro da sua área de atuação, reforçando a capacidade que elas tem de usar sua rivalidade de forma saudável para vencerem – numa aliança bem improvável, mas absolutamente efetiva.

Um ponto que me surpreendeu foi ver como a Kokoro se sente quanto a Igarashi, pois até então o anime não deixado muito claro a intensidade da relação entre as duas, independente do profissional e da questão “ser modelo/designer”.

A jovem demonstra gostar bastante da sua agente, mesmo com toda a rigidez e controle que exerce. Ela reconhece o que a Igarashi tem de bom dentro de si e é principalmente grata pelo que a mulher já fez de bom por ela, em uma fase onde nada dava certo e a mesma se odiava – dando mais pontos a ela, que não é o monstro que se pinta desde sua aparição.

Quem também teve um papel importante de MVP nesse episódio foi a Shizuku, já que como veterana de guerra e amiga da Igarashi, ela soube agir na hora certa e botou a outra no lugar dela quando precisou, a segurando para ver o sucesso das meninas e forçando a sua quebra de mentalidade no processo.

O desfile tem uma ideia bem interessante e Chiyuki soube mostrar os resultados de toda a sua dedicação, junto da sua versatilidade natural, surpreendendo a todos. Por um instante achei que ia dar alguma merda no meio, por conta da cena em que ela se desconcentrou e todos perceberam, mas deu certo.

Foi bacana a comparação entre a modelagem e atuação, já que ambas as profissões requerem de sua estrela, habilidades de convencimento e uma capacidade de encarnar as mais variadas realidades, algo que talvez muitos não saibam e nem valorizem.

A modelo se cansar no processo também foi uma ferramenta bem utilizada para dar tensão, já que executar mais papeis do que o previsto – mudando os trejeitos e detalhes de acordo com a necessidade -, exige um grande desgaste psicológico, item essencial para uma modelo, já que desfilar requer muita concentração e equilíbrio.

Felizmente mesmo cansada, a protagonista segurou a marimba e conseguiu provar que tem tudo o que precisa para se tornar bem sucedida – embora a altura não faça parte do pacote. A sacada de entrar junto com a Kokoro foi outro golpe de gênio, porque reforça o poder modelesco nato da aspirante a designer, mas mostra como a protagonista é igualmente excelente em trabalhar as suas limitações e manter o pé de igualdade.

Ela também foi safa ao tomar emprestado a ideia de “wa” do Ikuto, já que era uma antiga inspiração dele para ela e que ficou no vácuo com as mudanças feitas. Isso mostra que ela não só valoriza o que ele queria fazer, como também sabe aproveitar as oportunidades que tem para alavancar as coisas.

No finalzinho, apesar de aquela ser uma cena de emoção, admito que ri com a cara de pau da Chiyuki, encorajando a Kokoro a ser designer mesmo e jogando na cara da rival a vitória nas passarelas, enquanto chorava. Ela deu a entrada, mas já adianto que a baixinha não é a única interessada nisso e quem viu o risinho da Seira, já sacou onde quero chegar.

A dupla dinâmica de duas se saiu muito bem, agora se isso será suficiente para atropelar a concorrência, só o próximo episódio dirá, afinal ainda falta o hypado Ayano se apresentar.

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

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