Um episódio mais simples, mas nem por isso ruim. É hora de Gleipnir no Anime21!

Antes de começar o batte royale de verdade (porque o que rola dentro da floresta é basicamente isso) a ideia de prover um aliado aos protagonistas não foi ruim, afinal, quem poderia garantir que um monstro de pelúcia e uma pistola seriam suficientes para enfrentar inimigos desconhecidos?

Lançar mão do clichê do personagem que só busca testar sua força, não dando a mínima para o “prêmio” em disputa, também não foi má ideia. Em nenhum momento o anime indicou que seguiria por caminhos dos mais originais, até porque também é lógico buscar um aliado em meio a esse tipo de situação, ao menos em se tratando de “heróis” que agem por uma boa causa.

Não que eles pretendessem isso ao se lançar na luta, mas seu desdobramento levou a isso após um embate bem animado e bem bolado. Repito, o novo personagem é estereotipado, mas isso acaba funcionando a favor do roteiro, porque justifica suas ações dentro e fora da luta e de quebra “prova” ao público que a intenção dos protagonistas é de alguma forma boa.

Se não fosse esse o caso a Clair teria atirado sem dar tempo do inimigo admitir derrota. Sei que isso também não ocorreu porque é um anime e em animes alguns “movimentos” não são dos mais lógicos (o próprio carinha das lâminas se aproximou demais dos inimigos em umas duas oportunidades), mas há de se ver que ela já mostrou ser capaz de atirar sem esse “delay”.

Aliás, até pensei em reclamar da forma de lutar do novo personagem, de sua exagerada e até descuidada honra, mas ele é tão forte (acima da média para o que foi mostrado até agora) e centrado em sua filosofia de vida que não penso que há muito o que questionar. E exatamente por isso que um musculoso de convicção desses tem tudo para ser bem útil, ele tem princípios e força.

Na verdade, não é só isso, ele também foi convencido pelos argumentos da Clair e do Shuichi, pois eles não só disseram, mas também mostraram ser bem mais racionais do que se poderia esperar de alguém perigoso (encare que a definição de “perigoso” em uma história desses é bastante distorcida), assim dialogando com os princípios do próprio fortão. Episódio que vem eu juro que gravo o nome dele.

Quanto a aparição do projeto de titã no final só posso escrever que o asqueroso estuprador em potencial foi estúpido, mas a verdade é que só serviu mesmo para levar os três a outros inimigos, foi apenas uma escadinha, o que super combinou com um personagem que mal apareceu e já se mostrou patético e extremamente buro.

Por fim, também gostei da armadilha criada para o brutamontes não ter sido proposital, afinal, é algo bastante crível dada a tensão da situação e até incomum de se ver em um anime (geralmente atribuiriam a ideia a um dos dois, e como sendo uma sacada de mestre).

O Shuichi ainda tem uma boa estrada a percorrer a fim de se tornar esse protagonista “casca grossa” que o público sempre espera ver (mas muitas vezes nem vê) nesse tipo de história, então fazia sentido que apenas agisse para salvar a vida da Clair, e que ela, claro, aproveitasse a oportunidade para virar o jogo. Ela é a mais sagaz dos dois, além de não querer que ele morresse.

Shuichi e Clair cada vez mais me parecem um par perfeito, tanto que começo a mudar o que penso da heroína, porque se ela não estiver sendo bem sincera quando demonstra gostar tanto do Shuichi, então é bem pior do que eu pensava há não tão pouco tempo. Só o tempo dirá a verdade, o importante é que a química deles continua ótima e agora têm a força bruta para aguentar a chapa quente que está por vir.

Até a próxima!

Tenho que dar o braço a torcer, a Clair é fofa demais

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