Se por algum instante a Catarina achou que essas férias de verão iam ser algo pacífico e sem grandes problemas, ela com certeza se enganou redondamente – uma pena que seja um cone para notar esse porém. Antes as coisas caminhavam mais tranquilamente, mas agora a rivalidade está comendo solta e se a preocupação era morrer por ser a vilã, já é hora de ela pensar em causar mortes por ser amada demais.

Esse episódio foi simplesmente divertidíssimo e curiosamente não só encapsulou algumas questões que eu já havia colocado aqui, como ainda resolveu outras com maestria, se utilizando do bom humor e do carisma que só esse pessoal daqui tem.

Uma das coisas que gostei de ver no começo, foi o reflexo das ações da protagonista e como isso de fato era notado e influenciava, mesmo aqueles que nem tem muita importância na história central.

A Catarina antes de assumir a sua nova personalidade era uma menina bem indigesta e mimada, completamente diferente dos pais – que inclusive confirmaram isso aqui. Não posso nem dizer que é algo incomum, porque o que mais existe é gente legal com filhos que são um verdadeiro porre, mas enfim, a menina graças a Deus mudou.

A leveza e simplicidade que passou a ter, permitiu com que interagisse mais com os outros ao seu redor e em resposta, as pessoas começaram a se sentir confortáveis para se abrir com ela e até buscar suas mudanças, como aconteceu com a Anne – que foi a que mais apontei, pela cumplicidade que tem com sua patroa -, os demais empregados e todos os outros do seu extenso harém.

Por outro lado se essas ações tem a sua função benéfica, por outro trazem a tona um pequeno probleminha secundário que pode virar a nova “flag” dela – ou talvez dos outros personagens. A garota cativa até demais e ainda é burra para perceber a mudança de cada um em relação a ela, enquanto todos se engalfinham por debaixo dos panos.

Os meninos tem uma postura ainda mais contida dentro das suas personalidades, mas gente o que é a Mary? Fiquei chocado e ri horrores em ver como a moça pode ser perigosa se comparada a eles – ao menos os dois que já tem noção do sentimento que tem, Geordo e Keith.

Maria e Sophia tem uma posição interessante no meio desse “xaxado”, porque até então as duas ficam na conformação de serem boas amigas e aquilo lhes basta – principalmente a segunda -, só que a Mary quer mais e vai para cima, tentando atrapalhar como pode os concorrentes, tudo na mais disfarçada malandragem.

Enquanto os outros arrancam minhas risadas por conta das palhaçadas que armam, Alan e Nicol ganham minha simpatia por construírem algo mais gradual com a Catarina. Eu gosto da forma como eles se aproximam sem querer, deixando as situações fluírem e descobrindo aos poucos o que a vilã representa para eles.

Alan a vê como uma rival a superar, uma amiga querida, mas ainda não tem consciência plena de que já se apaixonou de vez, por conta dessa mistura de sentimentos que carrega, ainda assim ele bastante potencial como pretendente – principalmente se ficar ligado na sua futura noiva (?)/concorrente Mary.

Nicol por sua vez parece que finalmente foi privilegiado com o que eu estava esperando, um momento dele que explorasse o que pensa e como enxerga a Catarina, até para entendermos se ele de fato se encaixa como pretendente – por conta do seu eu siscon.

Acho legal que o elo entre eles é o sentimento maior de gratidão em relação a moça – pelo bem que faz a sua amada irmã – e a princípio não acho que vai muito além disso, mesmo com as insinuações do anime, porém se com a convivência ele realmente começar a olhar diferente, apoio já tem porque a Sophia abraçou o papel de melhor amiga e futura cunhada com tudo.

Falando em união, acredito que talvez a melhor amiga da vilã tenha me dado a resposta que eu buscava sobre o presidente do conselho e seu suposto destaque. Para quem se ligou nos detalhes, o anime soltou uma pista quando se referiu a uma rota que era tão difícil quanto as principais, resumindo, não vejo outra opção mais clara do que o Sirius.

O que tá pegando para mim é que, se a rota é como a menina coloca, entramos em duas possibilidades que podem movimentar bastante a obra daqui para frente.

A primeira é seguir a fala dele de que não encontrou a pessoa certa, com isso me parecendo ser algo derivado de um lado não revelado da sua personalidade, o que explicaria a dificuldade em conquistá-lo.

Já a segunda seria a indicação de outras situações problema mais sérias entre a protagonista e o personagem, o que implicaria outras flags de morte além das que ela consegue lembrar, porque foram as únicas que jogou.

Só posso dizer que depois do que vi, ser divertido e excelente não são os únicos méritos de Hamefura. Tem aí uns plots extras que podem render bastante se souberem usar e mesmo a seriedade não sendo um eixo, a obra mostrou que sabe criar momentos de tensão, como vem fazendo nos backgrounds de cada membro do harém.

Por mais irônico que possa parecer, esse episódio das férias de verão que era para ser apenas engraçado, acabou tendo tanta relevância quanto os demais, trabalhando vários pequenos pontos importantes e é isso que está deixando essa obra ainda melhor, a capacidade de transformar o bom em ótimo numa simples comédia romântica.

Tu ainda vai ter muita dor de cabeça, colega…

Agradeço a quem leu e até a próxima pessoal!

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