Nos últimos dois episódios, Kazuya e cia finalmente conheceram seus inimigos. Foram momentos críticos que aparentam ser muito mais do que realmente foram, afinal, vimos apenas uma revolta “descoordenada” de alguns integrantes desesperados. Por outro lado, esse acontecimento deixa claro de que uma crise maior vem por aí, afinal, o tempo urge e até agora o grupo ao redor de Kazuya não deu seus primeiros passos. 

Kokuyou foi a primeira que enfrentou o grupo “rebelde”. O resultado não foi dos melhores, afinal, ela não é tão forte assim (ainda mais com a Kukuri enfraquecida, fator que deve influenciar) e lutou contra um grupo preparado e treinado. Porém esse encontro teve um propósito bem interessante, pois as consequências geradas da derrota dela são importantes para o que vem por aí.

A primeira dessas consequências é sobre a Kukuri, a deusa que está enfraquecida. Quando mostrou o passado de Mayoiga mediante a morte de uma deusa, fica bem claro o estrago que uma divindade pode causar em um grande grupo de tsugumomos. Ainda que sejam treinados e sejam fortes, sabemos que eles não tem boas chances contra uma divindade. Isso ficou ainda mais claro agora, pois mesmo enfraquecida, Kukuri não teve a menor dificuldade de enfrentar os tsugumomos de Mayoiga. 

Ela simplesmente dançou no campo de batalha e cortou ao meio cada um de seus inimigos. Não houve recaída, descuido ou deslize de sua parte, ela foi simplesmente soberana na luta e mostrou que mesmo fraca, será um grande obstáculo. Claro, também não podemos esquecer que temos outra deusa por perto para ajudar e ainda acho que reforços deveriam ser solicitados para algum outro deus ou algo do tipo.

O que tem acontecido e me incomoda bastante é esse descuido em relação ao inimigo. Os dois lados estão subestimando o adversário e com isso, pagando caro pelo erro tosco. Dessa vez, apenas tivemos a Kokuyou sendo ferida, mas e na próxima? Vão deixar a Kukuri lutar contra quantos tsugumomos da próxima vez? Ainda que ela seja muito forte em tal estado, todo cuidado é pouco para evitar que ela tenha alguma recaída, algo que inclusive já ocorreu anteriormente.

Interessante também foi o desconhecimento de Akito e seu grupo sobre esse ataque. Mostra bem as rachaduras que já existem em Mayoiga e pior, a desunião e desconfiança do grupo sobre sua eficiência na missão. Claro, isso acaba sendo influenciado pelas mortes que acontecem dentro de Mayoiga, mas ainda assim, eles estão esperando tempo demais para atacar o fazer algum movimento mais incisivo.

Por fim, temos a relação Kazuya e Kiriha. Em todas as lutas que participou no últimos tempos, Kazuya desejou recorrer a possessão divina. Sua dependência de tal poder é um indicativo ruim de sua incompetência como portador de um Tsugumomo. Claro, não podemos compará-lo com sua mãe que era um monstro, mas é notório o quão fraco ele tem mostrado ser sem o uso de um poder tão grande.

A possessão divina não é um simples poder que você pode abusar, afinal, tem suas consequências. Sim, não é grande coisa agora, mas eventualmente pode ser e se esse momento chegar, eles vão ter grandes problemas. E em meio ao vício de seu portador, Kiriha só fala e nada faz, ainda que seja uma das maiores interessadas em impedir isso. 

Ao invés de mostrar ao seu mestre outro caminho e instigar uma dependência menor de tal poder, ela apenas assiste ele retomar suas memórias rumo ao passado que deveria ser ocultado. Já ficou bem claro que o problema da possessão é o acesso que ele recebe de suas memórias e, ainda assim, ninguém faz nada para impedi-lo. 

Fato é que Kazuya não vai parar e considerando a situação, ele tem boas chances de perder o controle novamente e ordenar que Kiriha o obedeça. A verdade é que chegamos num ponto em que não tem mais jeito e o que resta fazer é diminuir o estrago, além de evitar que o pior aconteça. Antes disso, eles vão precisar conversar para se entender melhor e assim, se unir novamente contra as crises que estão chegando.

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