É óbvio que o gato nunca poderá fazer parte dos animais dos 12 signos chineses. Desde o conto contado durante anos, isso é mostrado claramente: esse animal, além de ser enganado pelo rato, jamais será parte desse grupo. Mas Akito acredita que poderá enganá-lo outra vez.

O gato, que tanto insiste em ganhar do rato para não ser confinado e é transformado em chacota em alguns episódios por causa de disputas internas. O gato, que foi maltratado a ponto de ser chamado de monstro. O gato, que agora mostra claramente que tem sentimentos profundos por certa pessoa.

Finalmente Kyou foi chamado para uma reunião com Akito, tal qual foi carregada de acusações e palavras pesadas para que o gato se sentisse mal, tanto pelo seu passado, quanto pelo seu presente, e que o deus quer que se sinta miserável pelo seu futuro.

Não é algo simples de se lembrar e de compreender. Kyou, que é um monstro por causa do fardo que carrega por gerações, finalmente encontrou o seu porto seguro, mas talvez nem ele possa protegê-lo. Até mesmo teve o questionamento de porquê deixar a Tohru sozinha, sendo que o próprio a deixou. Ela mesma achou tudo maravilhoso, já que ele é sempre o excluído, porém não se tocou o que significa estar na presença do deus.

Akito está usando Tohru, isso é fato, porém tem algo que pode mudar o futuro dela. A vida de Kyou já está mudando a pequenos passos, e desde o dia que encontrou a menina, começou a ter sentimentos por ela, por mais que a garota ache que sua própria presença não vale nada.

O gato, que achou que não teria jeito, que apenas depender de Akito poderia mudar sua vida, encontrou em Tohru uma coisa extraordinária que pensou que nunca iria acontecer: o fato de poder amar alguém novamente.

Kyou, desde criança, ouviu coisas cruéis a seu respeito. Ser possuído pelo signo do gato quer dizer que normalmente ouvirá que é um monstro. Não importa o feito que faça, nem se é uma coisa boa, sempre será considerado um monstro. Porém até mesmo Yuki tem um pensamento diferente ao seu respeito por tempo de observação.

A convivência faz com que as pessoas muitas vezes mudem de opinião ao seu respeito. Apesar de Yuki ainda pensar que Kyou é um fardo em sua vida, o rato percebeu que o gato mudou, e que seu amor por Tohru cresceu a um nível que entende que pode ser complicado assumir principalmente que aquele boné no quarto da menina era dele.

O amor de Kyou foi até mesmo óbvio para Akito, que fingiu entender que o gato disse que odiava a garota, mas no fundo, o deus sabe que não é verdade. Claro que o ser onipresente ainda armará alguma coisa, e pode ter certeza que ainda vai ter mais lenha na fogueira.

Após a discussão acalorada com Akito, Kyou pôde voltar para o seu porto seguro, e claro que o gato, a partir daquele dia, deu um nome ao seu sentimento: amor. Ele ama Tohru com todas as suas forças, e sabe que precisa enfrentar ainda muita coisa para poder ser permitido a sentir isso.

Olhando para Tohru, Kyou também lembra de seu passado e da mãe da garota. Obviamente que ele também se sente culpado pela morte da antiga “Borboleta Escarlate”, porém ainda não consegue dizer à menina o que houve. Ainda tem um longo caminho a percorrer para finalmente dizer que ama Tohru.

Muito obrigada por acompanhar o artigo até o final! o/

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