Só dá para ficar triste com esse anime agora que ele acabou, porque Wave é uma comédia divertidíssima que tem uma bela mensagem. A rádio ainda tem sua importância, mesmo nos dias de hoje, e a heroína de Wave sentiu isso na pele, reafirmando sua convicção de ser a melhor. Nas ondas da radio, aqui vamos nós!

O tratamento dado a MIzuho nesse episódio foi bom, o tal “romance” ficou de lado, mas em compensação ela lidou bem com a adversidade que se apresentou, a aposentadoria de seu mentor, afirmando um desejo que não tinha a princípio, mas a motiva a se esforçar e não se contentar com o que já tem. Essa ambição que as personagens femininas da história possuem é gratificante, afinal, se acomodar não está com nada!

É legal que isso também vale para a Makie, com ela a ideia de inquietude, o desejo de fazer algo, era claro, a gente só não sabia que ela escrevia para programa de rádio.

Foi inusitado, é verdade, ainda mais por ela escrever piadas; ela é quietinha, o oposto da Minare; mas não foi ruim. Inclusive, a Minare se envolver com a rádio deve ter sido o empurrão final para ela cravar sua libertação ao se desafiar a fazer algo que desejava.

O desenvolvimento da Mizuho e da Makie aconteceu, mas não tomou tempo de tela da Minare, aliás, foi ela quem as inspirou com sua personalidade persistente e ousada, de fazer piada com a adversidade mesmo.

Não foi algo enorme nem nada assim, mas que sim, eu gostei, ainda mais porque já mostra como fazer e viver algo pode não só mudar sua vida para melhor, mas também a das pessoas ao seu redor, sejam elas ouvintes ou conhecidos. Não dizem que quando uma mulher age ela move a sociedade? Faz todo sentido!

O programa para definir o formato do programa foi uma boa sacada, mas acho que nada do que eu esperava dessa situação seria tão bom quanto foi o terremoto.

Por quê? Porque desastres naturais são eventos muito desafiantes para quem trabalha com informação, é quando o comunicador muitas vezes chega a pôr sua própria segurança em risco a fim de ajudar a outros. Não que tenha sido exatamente esse o caso da Minare, mas a coisa podia ter sido pior, né.

Ainda assim, eu tenho certeza que com o mínimo de condições continuariam transmitindo, o que ocorreu e foi um desafio para a própria Minare, tendo ela que se adequar a situação e fazer seu melhor para aliviar a tensão dos ouvintes da região.

Terremotos não são incomuns no Japão como são aqui no Brasil, então também não dá para dizer que foi uma saída forçada, foi mesmo é uma hoa ideia de senão acabar o anime com piada, reforçar o valor da rádio e de quem a faz.

A Minare sentiu na pele como a “ultrapassada” rádio ainda pode ser uma forma importante de informação e diversão, ganhou experiência fora do segmento no qual atua e em meio a isso pessoas próximas a ela se decidiram sobre coisas e agem para realizá-las.

O episódio foi ou não foi bacana? Inclusive, aquilo que foi prometido na prévia do episódio anterior o anime cumpriu com excelência, afinal, um terremoto é sim um momento de dificuldade que conecta pessoas e em caso de apagão tem na rádio um meio para isso.

Enfim, outro belo momento foi a conversa da Makie com o Nakahara. Foi legal que o anime acabou sem um casal se formar entre eles, mas com a moça indo atrás dos seus sonhos.

Não que namorar não seja um desejo dela, mas eu imagino que não seja o primeiro para quem passou a vida toda forçadamente debaixo da asa de um homem. Ela quer ser independente igual a Minare, a Mizuho e a Madoka.

Só é uma pena que não deve ter segunda temporada para vermos o desenrolar da vida das personagens, todas trabalhando em rádio. Nami yo Kiitekure foi um anime extremamente divertido e gratificante em que a seriedade não foi a regra, mas quando imposta não foi mal aproveitada.

O anime termina passando uma bela mensagem sobre o papel da rádio na sociedade e a importância da independência da mulher. Tudo de maneira madura, mas nem por isso extrovertida e por que não um tanto absurda?

Não é o anime de grande desenvolvimento de personagens que pintei alguma hora em alguns artigos, mas isso não foi problema, a leveza para tratar coisas interessantes as mesclando a personalidade icônica e senso de humor sem igual da protagonista, Koda Minare, foi o grande acerto da produção, digna do selo Kakeru17 de qualidade!

Até a próxima!

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