Episódio intenso, Re: Zero está indo para as cabeças! Vamos lá? Com direiro a três novas bruxas, o Subaru passando por uns maus bocados e a volta de alguém que não veio exatamente, mas também nunca foi. Dá para dizer fácil que foi o episódio mais intenso dessa temporada e que elevou o sarrafo para esta reta final.

A revelação mais “esperada” ocorreu e, sinceramente, não tem muito o que falar sobre ela. Na conversa do Subaru com a Echidna foi mais inusitado ver ela com medo de saber como a Satella pensa, logo ela que se gaba por ter sede ilimitada de conhecimento. Se isso acontece é porque a Satella é tão aterradora que pôe medo até nas outras bruxas, e faz sentido segundo a história que é contada sobre ela, que a Satella ferrou com elas, se tornando inimiga número um do mundo.

O que de mais bacana saiu dessa conversa foi outras três bruxas terem aparecido e as personalidades das elementas terem se revelado, mas não só isso, tem a relação do Subaru com a Bruxa da Avareza, é quase a amizade perfeita para ele que até agora ganhou mais com isso do que perdeu. Até agora, lembremos que é uma bruxa, então, uma hora eles devem acabar é se digladiando. Antes disso, ficou claro de que ela quer contar algo ao Subaru e que para isso têm que se ver.

Enfim, os Três Grandes Majuus da Bruxa da Gula são inimigos do Subaru, isso já ficou claro, mas como os coelhos apareceram na vila? Quem os levou até lá? O Bispo da Gula? Independentemente disso, ficou claro que em dias eles vão aparecer e devastar tudo e para evitar isso o Subaru precisava da informação, “o ouro dos sábios”, que a Echidna poderia arranjar, o contato com a própria Bruxa da Gula, Daphne, só que antes a Bruxa da Soberba e da Ira apareceram e isso foi bom.

Pensa um pouco comigo, se forem usadas nos arcos seguintes o público já vai ter uma introdução prévia e isso sem entregar todas as cinco bruxas, faltam duas ainda. O que pontuo de interessante sobre a Bruxa da Soberba e da Ira é que uma parece vidrada a ideia de pecado e a outra apresenta um contraste entre a ira e a vontade de ajudar os pessoas (como se fosse uma heroína). Curti isso na apresentação delas e, mesmo se a desculpa para se meterem não colar, isso é o de menos, o importante foi se apresentarem ao público.

Enfim, se a Typhon é do pecado da babaquice e a sua companheira, Minerva, é inusitadamente simpática, o mesmo não podemos falar da Daphne, ela não é nem metida e nem agradável, é mais o caso de ter marcas do pecado no próprio corpo, o que faz sentido porque se fosse solta comeria o mundo. Aliás, uma coisa tão interessante quanto entender as ações da Satella (ao menos para mim) é saber como as bruxas nasceram, até mesmo como se relacionam com seus pecados e por que ainda “persistem” mesmo tendo sido mortas.

Será que querem se vingar da Satella ou só são seres tão loucos que não podem morrer nem se quiserem? Não que queiram, né. Enfim, o bom da apresentação da Daphne foi como ficou claro que o estereótipo de um personagem relacionado a gula pode ser clichê e palpável ao mesmo tempo, tudo depende do roteiro e mais uma vez deram uma bola dentro nisso. Eu fiquei com a impressão de que a Daphne acreditava sim no que dizia, obviamente, mas mais que isso, ela sente na própria pele a gula que a levou à donzela de ferro.

A personagem me pareceu condizente com o que o público poderia e deveria esperar dela, além de seu raciocínio ser bem coerente. Sei que amarrar, vendar, buscar o contraste entre corpo de criança e fome de leão com uma loli é só fetiche enrustido de japonês, mas, sinceramente, Re: Zero tem isso nas entrelinhas desde sempre, se eu só parar para questionar agora seria meio hipócrita e confesso me importar menos se a primeira preocupação não for isso, o que não é.

A Daphne pode ter “entregue o ouro”, mas esconder o ouro seria ir contra seus próprios princípios, então dá para aceitar tranquilamente não conter a informação, assim como a Satella surgir após o Subaru acordar, o que é uma mentira, esse último acontecimento foi de um nível além, não esperava por ele, mas ao mesmo tempo deve fazer sentido que ela apareça, ao menos se pensarmos que eatá vazando muita informação e o Subaru praticamente declarou “rebelião” contra ela.

Se ela quer ter tudo na palma da mão e deu poder ao Subaru com todas as segundas intenções possíveis, não é estranho que interaja com ele, até como forma de induzi-lo a superar as adversidades atuais e abrir, elevar o sarrafo, caminho para acontecimentos ainda maiores. O Roswaal mesmo parece saber mais sobre o Subaru do que revelou até agora, então, ainda que o Lorde não seja cultista, isso não significa que não dê ao Subaru só o crédito que sabe que pode dar por ter consciência de quem ele é e de seu papel na história.

Por fim, foi um otimo episódio que até recuperou um pouco da tensão que eu estava deixando se sentir na segunda temporada, muito pelo que a Echidna diz no que se refere a vontade do Subaru de usar seu poder para ajudar aos outros, algo que ele escolheu, mas o que questiono é o quanto disso estava nos planos da bruxa, ou alguém acha que ele topou com a Emilia, a sósia da bruxa, por acaso? Inclusive, ela aparecer e ir até ele dizendo que o ama nós podemos associar ao seu pecado. Será que a Satella sente inveja da Emilia e por isso deu o poder a ele? Mas por que tal poder?

Fica aí o questionamemto. De todo jeito, é certo que o poder dele tem seu preço, mas também oferece as maiores recompensas possíveis nesse tipo de trama intrincada e cheia de mistérios, criaturas poderosas e escolhas dos mais diversos tipos e pesos. O Subaru deve ter que morrer para “espantar” a Satella e aí sim delinear um plano de ação para lidar com aquilo que só se acumula e recaí sobre suas costas, problemas, problemas estes que cada vez mais expandem esse universo tão interessante e divertido que é o da obra. O episódio nem foi tudo isso, mas não é todo dia que conhecemos três bruxas e a Satella dá as caras, né?!

Até a próxima!

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