O episódio foi esperadamente clichê, mas a história apelou com a “homenagem” ao Rei Macaco, herói do épico chinês Jornada ao Oeste, principalmente por “homenagear” Dragon Ball com isso. Sério, eu comentava que GOH me lembrava Dragon Ball, principalmente o protagonista, mas precisava ser tanto? Enfim, menos mal que o anime acabou e com direito a deixa para S2. Será que continua? É hora de GOH no Anime21!

A luta do trio contra o vilão não me empolgou em nada, afinal, não dava para esperar nada daquilo além de enchimento de linguiça até o Mori baixar o protagonismo e detonar com o vilão. Inclusive, a animação não me agradou tanto, porque teve muita luta boa e com animação fluída, mas tive a impressão de que a maneira de filmar era proposital para diminuir a quantidade de frames e a qualidade deles, algo como um “disfarce”.

Enfim, achei a transformação do protagonista bem sem graça, mas o pior nem foi isso e sim o Jin Mori de Rei Macaco. Não aconteceu do nada, né (já tinha tido trecho remetendo a isso), mas foi o cúmulo da mediocridade devido ao quanto isso associou ainda mais GOH a Dragon Ball. O Jin Mori já parecia uma cópia moderninha do Goku, usando bastão mágico e nuvem voadora então… Não teve Shenlong, mas golpe com dragão e…

Teve até direito a realização de um desejo, a única diferença é que não dava para reviver os mortos, porque de resto a decisão pelo bem maior e não o benefício próprio também foi a cara do Goku. Aliás, de protagonista clichê de battle shounen, que a gente pode associar ao Goku facilmente. Jin Mori parece o mais insosso que um protagonista de battle shounen pode reunir, o que é uma pena, GOH poderia mais, talvez devesse?

O monstrão horrível no qual o vilão se transformou também foi outro clichê, mas este até irrelevante. O que me incomodou mais mesmo nesse episódio foi que nada me surpreendeu (só negativamente o lance do Rei Macaco) e nada agradou. Não que desse tempo de aprofundar personagens até ali rasos ou pouco aproveitados, mas toda a história dos deuses, da chave, do poder da amizade e do poder encarnado não me agradou.

No fim, o episódio final foi clichê e ruim, medíocre ao extremo. Sei que não dava para esperar nada de tão diferente e nem melhor, mas mesmo dentro da realidade dos doze episódios anteriores foi simplório, ainda com direito a deixas para uma continuação que talvez nunca venha e se viesse faria sentido ter o nome de God of High School 2 sem torneio algum? Aliás, como ficou bem claro no final, o torneio foi só um artifício, né.

Não era relevante ter um vencedor ou não, mas sim a posse da chave e a guerra de facções. Achei até pitoresco como os dois manda-chuvas, que estavam brigando pelo poder de deuses, também se preocupavam com política. Na verdade, faz sentido, sem dúvida faz, mas foi inusitado ver a história se preocupando em mostrar isso. Infelizmente, sem muita contextualização, sem o aprofundamento possível.

Mas tudo bem, GOH pode até ser considerado genérico dentro de sua alçada, mas quantos não são? Não chego a dizer que é uma cópia barata de Dragon Ball (apesar de com certeza se “inspirar” bastante nele), mas o que posso fazer se não vi nada de interessante no anime? Não tem personagens carismáticos, nem que foram aprofundados; além da história explorar de forma rasa ideias já bem batidas em animes assim.

Acho que a “homenagem” ao Rei Macaco de Jornada ao Oeste e o herói de Dragon Ball passou um pouco do ponto, apesar de que mesmo se não tivesse passado não haveria no que se agarrar. GOH é coreano, mas não é muito diferente dos battle shounens clichês japoneses; tem ótima animação, mas é medíocre em ideias; parece que foi rushado, mas se o resultado final é esse duvido que seja tão melhor no original.

Olha que mal falei do último episódio em si, mas faz alguma diferença? Após o Jin Mori ter feito “henshin” e ter começado a bater de frente com o vilão a gente já sabia o que iria acontecer e como. Aliás, o fim do vilão foi triste, mas e daí? Ele era o personagem mais raso entre os que ainda tinham alguma relevância… Foi um final medíocre, sem peso ou brilho, ainda mais com o lance Rei Macaco. Mediocridade disfarçada de homenagem.

Até a próxima!

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