Como já era esperado, esse episódio marcou a queda da invasão de Galopoula – ou ao menos o primeiro ataque feito por eles -, mas se por um lado a tensão e os prejuízos seriam algo ruim, por outro a Border agora tem o que comemorar e extrair de positivo dessa experiência.

Acredito eu que para muitas equipes, essa batalha serviu como uma renovação de espírito, dando a chance de mostrarem sua própria capacidade e evolução, especialmente as que estão no rank B. O que ninguém talvez imaginasse, é que ao fim desse processo o Hyuse pudesse finalmente cogitar a possibilidade de fazer parte da Border, de um jeito confuso, porém não menos animador – que o diga a Tamakoma Second.

O episódio em si passou até mais rápido do que eu esperava, com os invasores encontrando o fim sem muitas delongas. Como eu tinha dito não havia muito o que se fazer, no entanto eu estava realmente curioso para entender o que o Kei pretendia fazer para deter o capitão inimigo, e o que mais os combatentes da área externa poderiam oferecer como desafio.

O “olhos de mosca” foi safo ao usar a previsão a seu favor e achei interessantíssimo como ele pensou tão rápido em utilizar a Konami, nos poucos minutos que tinha para elaborar um plano que pudesse conter os danos do canhão, neutralizar os dois inimigos e posicionar corretamente os demais no cenário.

Eu já o achava um personagem bem cool, por conta do seu visual e especialmente pelo seu jeitão descolado, porém ainda que eu tivesse uma boa noção de seu poder latente, não imaginei que ele tivesse tanta visão de batalha nos mínimos detalhes, tendo em vista que seu posicionamento de atacante é o mais complicado quando se trata de liberdade mental.

Abatida a dupla de Galopoula, preciso dizer que de certa forma fiquei um tanto desapontado, pois embora ainda houvessem coisas a acontecer naquele momento caótico, não houve uma continuidade no duelo da Futaba – que querendo ou não, teve sua relevância e deixou um gancho em aberto – ou sequer uma resistência por parte dos dois extraterrestres restantes, muito embora o Reghi tenha feito um pequeno esforço que promoveu a melhor parte do episódio.

Como eu deduzi, o rapaz ainda era imaturo para lidar com os próprios sentimentos em uma luta, já que viveu em muitas desde muito jovem e portanto presenciou não só o terror de uma guerra, como a opressão de ser dominado por gente cruel e despreocupada com qualquer vida que não seja a sua própria.

Ele até pensou de uma forma correta, utilizando o cenário para criar uma situação que favorecesse seu povo mesmo que pouco, mas ao soldado faltou a malícia de entender que nem sempre seus oponentes vão ser burros, e principalmente, o auto controle para não deixar as emoções lhe tirarem o equilíbrio psicológico facilmente – por sinal, palmas ao Yotaro e seu amigo pela criatividade na morte falsa.

Bom, de todo jeito ainda preciso pontuar que isso foi muito propício para a Border, já que foi esse deslize que o fez se entregar e empurrar o Hyuse para sua decisão final. Na verdade acho que o encontro com o Yotaro e a conversa entre eles, acabou fazendo com que o exilado pensasse em voltar atrás – considerando a crescente conexão entre eles e a amizade genuína que o menino lhe oferece.

A função do Reghi foi tão somente foi reafirmar ao Hyuse que ele é sozinho e não tem retorno, confirmando a escolha que ao meu ver ele já havia feito minutos antes. O anime deixa bem claro que ele ainda tem intenções de voltar – sabe se lá o por que -, contudo eu penso que esse desejo é mais uma questão de honra e talvez de “vingança”, cabendo ao tempo que ele passar junto ao pessoal da Tamakoma, solidificar o lado terráqueo dele.

Eu jurava que após o fracasso total, uma vez que não completaram nenhuma das missões que tinham em curso, Galopoula voltaria para casa e não foi assim. Sinceramente não sei o que eles ainda podem fazer com os poucos recursos que sobraram, então que esse pessoal me surpreenda.

A partir do próximo episódio o torneio dos times vai continuar e finalmente veremos Osamu, Chika e Kuga, que já estavam sumidos até demais. Lembrando que, agora existe um reforço chamado Hyuse, que ainda não sabemos como vai contribuir para esse time, pois o mesmo é altamente capaz, mas igualmente problemático e crítico, quando o líder desse grupo é exatamente o Osamu – prevejo desordem nas estratégias e muito conflito interno.

TRIGGER ON!

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