Seven Knights Revolution: Hero Successor – Herdando um fardo nobre, mas pesado – Primeiras impressões
Como toda temporada precisamos de um anime que é baseado em game de fantasia medieval, nessa não seria diferente e Seven Knights Revolution: Hero Sucessor, veio preencher essa conhecida cota. Conseguirão os novos sucessores dos antigos heróis nos impressionar, ou eles apenas vão suceder o insucesso de seus recentes “irmãos mais velhos”, King’s Raid e Hortensia Saga?
Não sei exatamente os caminhos que esse anime tomará, mas tomando por base o pouco que conheço acerca do game Seven Knights, as coisas vão ser bem originais – incluindo os protagonistas – e apenas alguns dos personagens base serão utilizados como ponte entre essas duas mídias, através das “cartas do poder” que cada um tem.
A aventura começa com a jovem Faria, a líder atual dos Seven Knights, viajando para proteger as várias vilas da região, mas aparentemente sem qualquer sucesso, por conta da velocidade com que seus inimigos conseguem se espalhar e destruir.
Os chamados Physis são seres das trevas bizarros, cuja capacidade regenerativa me chamou bastante atenção, já que praticamente eles atuam como zumbis, matando e ao mesmo tempo contaminando outros, o que facilita o trabalho deles de destruir um lugar antes que o reforço chegue.
Uma coisa que gostei na introdução é que diferente do padrão desse tipo de jogo, a Faria é a heroína original e principal, e não a garota que passa a acompanhar um cavaleiro em sua jornada, apenas lhe fornecendo suporte. Obviamente que o Nemo terá sua importância e eventualmente ocupará o lugar de destaque, contudo é louvável a posição de liderança e a força que essa moça já tem.
Assim como todo herói clichê, ela é altruísta, bondosa e honrada ao extremo, só que por alguma razão eu consigo comprar a sua personalidade e não achar ela entediante, que é o sentimento mais comum na maioria dos casos. Em compensação não tenho muito a dizer sobre seu novo amigo e parceiro, que é uma verdadeira incógnita.
Nemo funciona como uma folha em branco nesse episódio, se deixando preencher conforme as situações se apresentam e exigem dele. Acredito que se a ideia do anime é construir essa jornada da pessoa que não era ninguém e se tornará um dos guardiões do mundo, eles podem ter um caminho interessante caso trabalhem as peculiaridades do protagonista.
Quando falo disso, incluo a forma especial do menino ganhar os seus poderes, pois como a própria Faria coloca, ele os ganha de um jeito incomum e os externaliza de outro modo mais estranho ainda, ou seja, ele tem algo diferente dos demais guardiões.
Me pergunto se isso tem a ver com o desejo dele de salvar somente aquela que lhe protege, o que justificaria muita coisa, já que o desejo dela é salvar a todos ou seja, ele gostaria apenas de ser o apoio dela – talvez venha daí a forma que seu espírito ancestral assumiu.
Após vencida a primeira batalha, eles seguem para a Academia Granseed que é onde as coisas de fato vão começar, se explicar – assim espero – e quem sabe até se tornar mais atraentes ao paladar, porque até então tudo foi apenas jogado e cada um interprete como conseguir, conhecendo o jogo ou não.
Enfim, não tenho muito a comentar sobre esse episódio, porque ele basicamente se centrou no encontro esses dois jovens e a luta inicial contra as forças do mal, que também não foi muito desenvolvida para além dos monstros zumbis. Se muito, aponto a coragem da direção no quesito violência e elogio a capacidade da adaptação de se manter minimamente interessante, apenas com dois cenários e duas pessoas na tela – a Ellen estava lá, mas pouco importou.
Outro aspecto que merece destaque é a aparência e aqui eu acho que Seven Knights Revolution dispara na frente dos parentes, pois esse tipo de narrativa precisa de uma animação que lhe torne chamativa, instigante, e isso nos é entregue. As cenas de ação tem bons cortes, a arte é bem feita, os efeitos visuais também não ficam atrás e com isso, a apresentação não deixa a desejar, contribuindo bastante para tornar a impressão melhor.
De modo geral essa é uma estreia mediana – com alguns pontos positivos – que não inspira muita confiança pelo histórico do gênero, mas que pode melhorar e vir a surpreender miraculosamente, caso a pessoa que estiver a frente desse trabalho saiba usar as armas que tem, para assim fugir da mediocridade de sempre.
Agradeço a quem leu e até a próxima!