O castelo de homens sob ameaça direta da indolente general inimiga, se vê livre de suas garras por puro capricho. Não sei se os defensores devem se sentir humilhados ou aliviados, mas absolutamente não representam ameaça ao ponto de serem aniquilados.

 

 

A general, por sua vez, pescadora de troféus, calmamente se direciona a sua nova presa, um general de renome, um nobre de armadura dourada. Como avança em contemplação, podemos aproveitar o confronto no fronte direito do campo de batalha em toda a sua intensidade.

Alguns poucos ousados e jovens guerreiros saem em perseguição da general, mas até o momento esse conflito ainda não floresceu. Por outro lado, somos convidados a esquecer os encastelados e a observar os músculos destemidos.

O general dourado, que de tático só possui a intenção, emprestou e serviu de espantalho estratégico do maior conselheiro, e mais astuto, ao que tudo indica, da corte de Chin. Efetivou o ataque segundo o livro de regras e esperou a temperatura adequada da ofensiva se apresentar.

 

 

Os inimigos, por sua vez, cansavam os agressores sem ceder terreno ou vantagem, estavam em um impasse. O exército da coalizão, no momento representado por So (Chu), manteve a postura, o general dourado, por sua vez, percebeu o momento e avançou no pescoço do oponente.

A estratégia emprestada era simples, mas de eficácia limitada e precária. Lançar uma multidão de soldados contra as fileiras inimigas, pesando e forçando, ao fortalecer as bordas, com que o centro do campo de combate envergasse e se enfraquecesse.

Essa falha, que na verdade era apenas uma leve consequência da pressão exercida nas tropas localizadas nas bordas do combate, geraram uma rachadura, brecha à qual o general dourado pode aproveitar ao avançar em ímpeto completo sobre a barreira de homens.

 

 

Sim, ele conseguiu o êxito em sua manobra, demonstrou habilidade em atropelar qualquer obstáculo que se colocasse no caminho, mas entornou o caldo ao se deparar com o seu principal objetivo.

O general inimigo, um poderoso colosso de músculos e violência, estava ali, prestando combate e almejando a vitória. A inevitável disputa, como toda boa disputa em Kingdom, paralisou a todos os guerreiros, que de testemunhas vips da história, se enfileiram com os espectadores para apreciar o digladiar de golpes.

O detalhe maior, se não o destaque herdado pelos cavalos de batalha, os quais sustentam o absurdo de um combate de impactos e escalas sem precedentes, se efetiva no duelo de egos entre o general dourado e o general invencível.

 

 

Hinos à parte, cantados para motivar o lendário inimigo, presenciamos, um atrito de clavas de batalha fulminante, e aos poucos, depois de muita testosterona e fisiculturismo, temos um nocaute técnico avassalador.

O suspense se arremessa para o próximo episódio. Quem vencerá o conflito, apesar da resposta inicial parecer óbvia, vamos esperar e apreciar possíveis reviravoltas mirabolantes, muitos elementos estão em jogo e em campo, muitos nomes e renomes, e nem sempre a força bruta faz frente à força de vontade.

Esse episódio efetiva uma transição para o clímax que nos aguarda, é central para o desfecho do conflito e para elevar àquele que vencer a uma vantagem tática completa sobre o campo de batalha. Fico no aguado.

 

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