Scarlet Nexus – Uma estreia confusa, mas talvez promissora – Primeiras impressões
Scarlet Nexus é uma das primeiras estreias da nova temporada. Sendo um projeto multimídia, a obra teve seu lançamento do jogo e do anime em datas bem próximas, algo incomum, mas interessante. O jogo foi lançado antes e você consegue encontrar análises completas do mesmo. Sobre elas, das que eu li, todas eram bem positivas, destacando a história e o desenvolvimento dos personagens. Mas e o anime, como foi?
Bom, não foi ruim. Sério, não teve grandes problemas e boa parte do episódio consegue mostrar uma história interessante e uma animação que não incomoda. A equipe responsável é bem interessante e possui outros trabalhos bem curiosos, como Sol Levante (diretor foi animador chave) e Log Horizon (um dos roteiristas foi o responsável pela obra). No final tem um deslize aqui e ali, mas num resumo simples, a estreia vale a pena ser conferida.
Sobre a história, temos um Japão futurista onde a humanidade corre um sério risco de ser extinta. Aqui, seguimos a história de Yuito, um novato das Forças de Supressão das Criaturas, a última linha de defesa da humanidade.
Ah, e para deixar bem claro, eu ainda não joguei o jogo, mas li alguns artigos e vi vídeos sobre o game. Logo de cara nós temos algumas diferenças claras entre jogo e anime. No jogo, você pode escolher entre dois personagens: Yuito e Kasane. No anime, Kasane acaba aparecendo eventualmente e fica claro sua importância na história em geral e para o Yuito. Além deles, temos mais um elenco de apoio interessante e divertido, como o melhor amigo do Yuito.
No anime nós temos um início básico e que não explica tão bem os conceitos do mundo em que a história se passa. Inclusive é engraçado porque no jogo você tem um início mais completo, ainda que ele faça parte do tutorial. Também vale destacar que o anime tem menos tempo para desenvolver a história, o que resulta numa compressão de alguns acontecimentos. Para se ter ideia, a história do jogo tem aproximadamente 40/50 horas, logo, se quiser algo mais completo, já sabe para onde ir.
Mas ok, é um começo que você consegue ver sem sentir falta de informações e consequentemente ficar perdido. Yuito e seu amigo estão perto de se juntar oficialmente ao esquadrão de supressão e pouco antes disso, algumas das habilidades que existem naquele mundo são mostradas. Basicamente todas elas têm como ponto de partida o uso do cérebro, que inclusive é o alvo dos monstros que aparecem na obra.
Para uma estreia, a obra focou em mostrar mais sobre essas possíveis habilidades (telecinese, pirocinese e afins) e sobre o passado do Yuito, que acaba sendo um fator chave para o seu ingresso no esquadrão. Inclusive o protagonista teve muito destaque, em especial sobre a sua vida (as conexões que ele tem com o “governo” e a alta liderança do esquadrão). Tirando isso, temos alguns pontos confusos na história que devem ser explicados mais tarde (pelo menos é o que eu espero).
Sobre esses pontos confusos, bom, a própria situação do Yuito no esquadrão é estranha. Ele e seu amigo entraram no mesmo esquadrão, mas na hora da ação, tiveram que ficar de fora inicialmente. Por outro lado, outras duas novatas, Kasane e sua “irmã”, estavam ativas no campo de batalha. Foi mencionado que há dois tipos de novatos, mas não ficou claro como funciona a classificação de cada um.
Além disso, a explicação sobre os monstros foi bem rasa. Eles vem da atmosfera ou algo tipo. Mas tu não sabe sobre a situação do mundo ou de onde vem os poderes dos soldados, ainda que talvez tenha uma relação considerando que os poderes vem do cérebro e os monstros comem apenas isso. No mais, ainda tivemos o Yuito dizendo que não se entendia, o que sinceramente não fez o menor sentido, mas ok, deve ser explicado.
Enfim, Scarlet Nexus parece ter um potencial bacana. Ele não te dá a impressão de que vai ser ótimo, mas sim, competente o suficiente para ser assistido. Ainda acho que é necessário jogar o game para ter uma experiência ainda melhor no tocante a história, mas tirando isso, estou na expectativa de algo interessante aqui.
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