Como todo mundo que acompanha o Anime21 já sabe, onde tem idols, lá estou eu e com essa estreia não poderia ser diferente, ainda mais se tratando da continuação de uma obra que curti. Dito isso, Tsukipro continua mantendo a sua vibe mais calma, enquanto desenvolve seus artistas que já são estrelas da indústria pop, graças ao esforço e dedicação que empregam na busca de se tornarem idols que verdadeiramente inspiram as pessoas.

O anime faz a sua reentrada após quase 4 anos da exibição de sua temporada inicial, mas algo que já gostei é que aparentemente não haverá adições de outros grupos, o foco aqui ainda serão as bandas SOARA, Growth, QUELL e SolidS.

Para mim isso é um tanto bom, porque esse gênero tende a encaixar inúmeros personagens a cada nova exibição e por vezes as adaptações acabam incapazes de dar conta de tanta gente, então para Tsukipro isso é uma vantagem no quesito caracterização e desenvolvimento.

Como os adultos que são, os idols da Tsukino Productions seguem sua árdua jornada para se manter no topo e dar a seus fãs o melhor, rumando ao grande festival de verão que se aproxima – e que deve ser o eixo central do enredo. Antes dele, esse primeiro episódio é diferente por envolver a família dos protagonistas numa história bem simples sobre como lidar com a vida profissional.

Tsubasa e Shiki – da SolidS – recebem a visita de seus irmãos mais novos e cada um deles surge com um problema pessoal, onde um espera alcançar o sucesso com a própria garra, enquanto a outra espera encontrar o seu rumo para dar o melhor de si, como os irmãos de ambos fazem.

Esse elemento família é importante porque ajuda a dar uma camada a mais na personalidade de cada um – e espero que outras oportunidades surjam nesse sentido -, de forma que saibamos um pouquinho mais de cada um, para além do lado idol que mostram diariamente.

Uma coisa que gostei de ter visto no desenrolar da história é que a obra leva seus protagonistas a sério quando precisa, pois mesmo uma pessoa mais brincalhona como o Tsubasa, consegue se tornar um profissional respeitável e sério quando o assunto é seu trabalho.

Ver um pequeno trecho do passado do Shiki também foi interessante, porque é através desse rápido relance que entendemos que, seu jeito determinado e focado no sucesso é algo que vem de muito tempo, não tem apenas a ver com o sonho de ser idol, mas sim com o que ele é e trouxe para o lado profissional.

Bom, ao fim da correria com os artistas, cada irmão caçula conseguiu aprender algo à sua maneira para alcançarem seus ídolos e se tornarem grandes. Como eu disse, toda a narrativa desse episódio é bem simples, não tem nada de extraordinário, até porque a ideia era reapresentar todos para que nossa memória relembrasse deles, mas ela foi feita de uma forma decente, sem superlotar a tela de pessoas e te deixar aflito com todas elas.

Imagino que por vezes os protagonistas acabem ganhando um ar blasé – quiçá chato -, por não contarem com personalidades tão exageradas como acontecem na maioria dos animes, especialmente nesses musicais que são mais “enlatados” e estereotipados.

Parte disso vem da direção – que com fé irá se encontrar -, mas ao mesmo tempo esse fator menos espalhafatoso, mais “normal” e até slice of life, é uma das coisas que me faz gostar de Tsukipro, por mostrar que fora das câmeras eles não se distanciam de pessoas comuns que podemos ver em qualquer esquina, com problemas e questões igualmente naturais.

No geral eu acho que foi uma estreia ok dentro do que eu esperava – inclusive na parte visual e sonora -, muito embora ela não deva agradar a maioria por conta do seu gênero. Agora apenas torço para que desse ponto de partida eles consigam se aprofundar mais e trazer novos dramas pessoais e profissionais para enriquecer cada grupo, fazendo a experiência ser maior que só a música e gente bonita.

Agradeço a quem leu e até a próxima!

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