Entre beijos, momentos constrangedores – ao menos para mim -, alguns rápidos cortes de ação e algumas surpresas, por fim o arco do Keith sequestrado chega a sua conclusão numa nota positiva, dentro dessa segunda temporada que tentou desampacar o grande harém que estava “quieto” até então.

Flávio: O arco terminou com toda a emoção necessária para um bom desfecho.

JG: Preciso confessar que tudo foi bem mais movimentado do que eu estava achando que seria, mas é aquela coisa, entregaram o máximo de emoção dentro dos moldes que a obra construiu.

Algo que também achei curioso é que pela primeira vez, senti uma real seriedade na Catarina diante de uma situação arriscada, já que mesmo na época do Raphael, ela pouco se situou de como a magia das trevas era perigosa e nem fez qualquer esforço maior para resolver o problema.

Flávio: Eu já esperava um fim de arco movimentado, mas achava que o arco se encerraria no próximo episódio. Mesmo com uma postura mais séria quando foi necessária, a Catarina agiu como Catarina em algumas situações.

JG: A essência não sumiu, mesmo assumindo a responsabilidade do momento e por isso foi bom ver como ela se desfazia da magia negra literalmente no braço.

Agora outra pessoa que também levou os cuidados muito a sério foi a Lana. Por um instante eu realmente achei que talvez eles fossem esperar mais um dia pra resgatar o Keith – o que casaria com a ideia de acabar no último episódio. Felizmente não aconteceu porque acho que se demorassem mais algumas horas, já seria o suficiente para que ele fosse embora de vez.

Flávio: No fim, o irmão do Keith foi apenas usado, e não a mente por trás de tudo.

JG: Ironicamente eu já tinha essa desconfiança porque a vilã parecia minimamente esperta e ele por sua vez me passou a vibe de um vilão burro, daqueles que pensa que está abafando e não vai a lugar nenhum sem ajuda.

O que me trouxe alguma surpresa é que no fim, tudo se resumia só a ele, por conta de sua inveja e frustração pessoal. Os outros irmãos e o pai por mais que tenham seus problemas com o Keith, aparentemente não sabiam do plano criminoso do Thomas – assim como a mãe biológica.

Flávio: A vilã louca foi esperta em usar o ódio para manipular o irmão do Keith, inclusive tenho a impressão que ela retornará em outra oportunidade.

JG: Sabe o que acho engraçado? Em alguns animes os autores conseguem nos fazer criar empatia ou entender – mesmo que discordemos – a história difícil, o sentimento de inferioridade em alguns personagens. No caso do Thomas isso não se aplica, ao contrário, ele só mostrou o quão péssimo ele era, não importando por que lado a gente olhasse.

Achei a garota bem mais interessante e não duvido que tenha uma história melhor construída, para contar sobre sua loucura e fascínio pelas trevas. Se ela voltar será bem vinda e acho que numa terceira temporada volta sim, até porque a Catarina já lhe captou a atenção por suas “proezas mágicas não reconhecidas”.

Flávio: Como dizem quase todos os personagens, a Catarina é uma pessoa interessante. Até um familiar feito com energia das trevas se apega a ela.

JG: Agora que tem essa possibilidade de ter alguma afinidade mágica extraordinária para além dos montinhos de terra, ela fica ainda mais curiosa.

Sinceramente ainda não entendi aquele familiar, especialmente se botar na balança o Alexander. Enquanto um foi bem tratado inicialmente e destilou ranço, o segundo foi pisoteado, triturado e esmagado, escolhendo ficar com a protagonista – será que era masoquista?

Outro detalhe é que o Alexander tem afinidade natural com a Maria, aí penso, o cachorro das trevas gosta da Catarina que supostamente é uma vilã, enquanto o Alexander que é de magia branca se apegou a Maria que tem a luz – olha minhas conexões malucas aparecendo?

Flávio: Essa teoria faz algum sentido.

JG: Bom, e o que dizer do grande momento do resgate? Achei que as cenas de ação embora breves, não fizeram feio, porém isso nem de longe se compara a batalha da Catarina, que no final foi recompensada com um beijo.

Foi muita audácia da parte do Keith fazer aquilo nas “fuças” do noivo, no entanto como ele estava meio inconsciente, teve menor peso – exceto para o Geordo, claro. Meu choque veio com a confissão constrangedora dele, feita a sua irmã.

Flávio: A ação não é o forte de Hamefura, mas as cenas não ficaram ruins. No caso da Catarina, a ignorância pode ser uma benção, ela não entendeu nada depois do beijo, achando que o mesmo foi um mero acidente. De todo modo, o resto do pessoal chegou a tempo de atrapalhar o Keith.

JG: Olha, eu me esforço para tentar apoiar o Keith como pretendente, mas não dá, para mim ele é o irmão empata jogo e é isso, ponto. Mas que fique claro, gosto bastante do personagem, não torço por ele no harém, porém gosto do papel que exerce.

O Geordo me fez rir com a “desinfetação”, e que bom que agora todos estão mais atentos ao Keith, nada não agora teremos mais barracos.

A ignorância da Catarina durou pouco, porque agora ela está consciente do irmão também, e ter se esquivado dele rapidamente é sinal de que a rota já foi concluída com sucesso – não a toa a Acchan apareceu de novo pra confirmar.

Flávio: O Geordo continua em estado de alerta, e com razão.

JG: O resumo da ópera é que as coisas vão ficar bem mais divertidas, mas a interrogação que fica é: o que farão com o episódio que sobrou, já que o clímax e fechamento do arco vieram agora? Que venham os minutos finais pra descobrirmos.

Agradecemos a quem leu e até a próxima!

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