A nostalgia de uma amizade, a lembrança, o rápido lampejo de Xin. Frente ao peso da responsabilidade, o segundo temporal de um passado preenche o presente, uma dádiva a ele oferecida com bruta gentileza por Kyou Kai. A comandante que vaga rumo ao acerto de contas, é a luz que guia o general em seu protagonismo.

 

 

O mascarado, jovem de grande ego, dança impiedoso enquanto retalha os oponentes, sua habilidade é o reflexo, o puro contra ataque que usa da precisão do oponente contra ele mesmo. Kyou Kai, à qual luta de maneira semelhante, apresenta o argumento, não lhe falta habilidade ou velocidade, apenas estilo.

Xin, agora iluminado pela teoria, coloca em prática a finta, um ataque de recuo, uma ofensiva que não visa o ataque, mas sim a manutenção da distância, e se possível, o embate de forças. Fu Tei, pego de surpresa, é arremessado para um impasse.

Nesse desfecho, o que impacta é a sequência, Ten não oferece desafio a Kaine, sua amiga e, infelizmente, inimiga. O campo de batalha é impiedoso, mas o coração das garotas é justo. Kaine não consegue eliminar Ten, apenas a nocauteia, e não satisfeita, deseja até mesmo a salvar. Como se salva um inimigo que deveria matar no campo de combate? Simples, o sequestre.

 

 

No entanto, para azar e sorte, Xin adentra pelo resgate. Ten é liberta, Kaine, aprisionada, não por correntes, mas pelo abismo da morte iminente. A bela cena entre iguais, o sentimento de carinho, é a mão que resgata. Ten e Kaine, duas faces de uma tragédia, a geografia da guerra que afasta os corações.

Sim, Kaine tenta puxar Ten para si, e sim, Ten, por sua vez deseja puxar Kaine para si, mas ambas só podem soltar as mãos em completo fracasso. Por outro lado, descobrimos o preço e o custo do esforço, a fortaleza de Sui deve perseverar.

Quando em uma situação catastrófica de dois dias de combate ouvimos que o limiar são oito, trememos, mas Xin cerra os punhos, que se siga pelo inferno insone. E sim, Li Boku garante que o mesmo assim o seja.

 

 

Durante noites não dormidas, dias de sacrifício e manutenção de um massacre constante, a única coisa que os aldeões descartáveis podem fazer é se ajoelhar perante a esperança e ao compromisso. O rei Sei, que em firmeza e resolução, caminha entre eles, lhes preenche de dignidade frente ao inevitável fim, a morte.

Dias e dias de sangue, dias e dias de desespero, um a um os civis caem para nunca mais levantar, e em determinado ponto, morrem de pura exaustão, imaculados por lâminas quaisquer, sem sequer poder oferecer as tripas as espadas inimigas.

Os agressores, por sua vez, se mantêm firmes, mesmo sabendo do limite de tempo, da escassez de recursos, mesmo apelando para ataques noturnos reais, ainda possuem a vantagem absoluta.

 

 

Sei, que de rei só tem o título e a aptidão, esquece que não pode abandonar o pedestal, se arremessa em defesa de seus escudos humanos, mesmo que estes sejam crianças da reserva militar que já não existe mais, pois todos ali são soldados descartáveis esperando na fila da morte.

A imprudência revela a verdade já prevista por Li Boku, essa fortaleza está sendo comandada por alguém poderoso demais, caso contrário não deveria resistir com tamanha voracidade à derrota.

Sei é incapacitado em combate, e aos braços de Xin, derrama o sangue nobre como se fosse um comum. Sabemos que ele não morrerá, mas o impacto de seu ato tolo deve ser elogiado por qualquer humano que responde pelo nome de gente.

 

  1. Bem, não sei ao certo qual capitulo, já que não estou lendo o mangá, mas sei que o anime está adaptando o arco alliance então corresponde a esses capítulos aqui: https://kingdom.fandom.com/wiki/Coalition_Invasion_Arc do 356 em diante, é outro arco, então acho que procurar do 300 em diante é possível achar qual capitulo está sendo adaptado… no caso, é só procurar aqui: https://mangalivre.net/manga/kingdom/1222 ^^

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