Kingdom 3 – ep 25 – O meritório que recompensa, as lâminas que dançam pelas feridas do passado
A corte e as formalidades não apenas gratificam, como elevam os valores daqueles que defenderam a integridade do reino. Nesse momento de pausa, calmaria pós completo maremoto de virtudes, soterramento de vida e destinos, que se nasça o sol.
Cabe a cada um ajoelhar perante o digno resultado, endireitar as costas e centrar os olhos, o rei está de pé. Tesouros, prendas douradas e posições de poder, o destaque ofensivo que barrou as ambições inimigas herdará terras de prestígio, e os demais, nivelada honraria pela prestação de serviços.
Por certo e mais do que justo, o povo de Sai, a cidadela jugular, que sangrou até o limite das lágrimas, deve ser amparada, recompensada e auxiliada em sua orgulhosa reconstrução, o sacrifício do povo não foi em vão.
Os amigos do peito, salvadores imperiosos que se arremessaram as chamas no ato final, protetores e fiéis às promessas de comunhão, a montanha se eleva em liderança sênior na realização da soberania, um laço que perdure pela eternidade.
E por fim, mas não menos protagonista, que o guerreiro do ímpeto, discípulo dos grandes, jovem que destacou na força e na potência a sobrevivência de muitos, o caminho inevitável em direção aos céus, Xin, herdeiro da lança e do escudo, agora se promove em paridade aos seus veteranos, seguindo o rumo da ascensão profética que o aguarda.
Distribuído às demandas e os rendimentos, que se envie em contagem as sentinelas da ordem. Campanha de expedição que visa reestruturar a ordem e apaziguar os danos. Novo mestre de velhos companheiros, mesmo que alguns em vaidade neguem, outros ao lado se colocam em pronto reconhecimento. Uma nova luz, como deve ser.
Por outro lado, a nômade da vingança segue o rumo em horizonte de desfecho. O abismo se fecha enquanto os olhos se abrem. A história de uma tradição de assassinos, hábeis combatentes matriarcais em sacrifício e impiedade.
O ostracismo de uma informante, agora livre, mas jamais em real segurança, indica o objetivo da caçada. Que se suba o desfiladeiro do ajuste de contas. Armadilha, sim. Mesmo a mais hábil contemporânea, demonstra sua covardia frente aos pecados cometidos.
A irmã não mais voltará ao mundo dos vivos, mas que ao menos seja lavada sua indigna derrocada. Seguidoras cegas de uma líder de pulso de ferro. A dança da sobrevivência é a performance que se apresenta ao palco.
A imersão no transe da guerra, as lâminas que cindem o ar em busca da carne, a paz dos sentidos que amortecem a consciência. Seguimos pelo novo arco, pelo acerto e pelo erro nos segredos revelados.
No limiar dessa jornada a presença se faz humana, mas a alma que combate é feroz. O inimigo é ardiloso e o esforço desgastante. Dentro do vazio, onde os passos coreografados obliteram os obstáculos, apenas um pode permanecer de pé, apenas um pode respirar em vida.
Na expectativa e em calma espera, que venha o último episódio. Não sei o que nos aguarda, mas o fim é apenas o primeiro passo para os seguintes começos, recomeços, o caminho é longo, a história tem de ser contada.