Muitos grupos de idols escolares para poucas vagas só poderia resultar em eliminação por grupo mais zoeiro e nesse caso nossas heroínas do Liella! tem uma vantagem, apesar desse episódio ter sido mais drama que qualquer outra coisa.

Algo inusitado se pensarmos no primeiro centro da Sumire e no rap incorporado ao leque de gêneros do grupo. Sem mais delongas, vamos falar desse episodio Galaxy!?

Sabe de uma coisa que gosto bastante nessa proposta da Liella!? Só haverem cinco garotas, assim enxugando os checkpoints de apresentação e mínimo desenvolvimento das personagens, assim dando mais tempo para outras coisas.

Ao menos no que se refere a primeira temporada, afinal, a gente sabe que vai ter uma segunda e que esse desenvolvimento de personagem ep a ep deve dar lugar a desenvolvimento de relações, apresentações, etc.

E se episódio passado a questão problema era o nome do grupo, dessa vez foi a eliminatória, o gênero da música a ser apresentada e uma nova dona do centro, esta que foi a Sumire, escolhida em uma seleção para lá de engraçada, convenhamos.

Mas claro que a coisa não ficaria nisso, o plot da Sumire ser escanteada como coadjuvante retornaria com tudo, ainda mais tomando as reações da Keke como base, uma Keke que cobrou demais, mas deu a mão no momento certo.

Aí entra a Kanon, que agiu como uma verdadeira líder ao notar o ponto de tensão do grupo, mas comentar isso de uma cabeça alaranjada em Love Live! é chover no molhado.

O que é interessante aqui é explorar esse lado emocional, da confiança das idols, algo necessário em qualquer atividade que uma pessoa vá desempenhar, ainda mais quando outras pessoas dependem de você e há competição.

Não à toa a Sumire sente a pressão para a qual sempre dizia estar preparada quando a gente sabe que isso era tudo balela. E nisso eu culpo um pouco a Keke, afinal, ela levou tanto a flor da pele em um primeiro momento que botou lenha na fogueira.

É verdade que ela fez o vestido e aceitou a companheira ali, ainda que a contragosto, mas a forma como se transmite o que pensa é quase tão importante quanto o que se pensa realmente, e para alguém como a Sumire o vestido teve foi efeito contrário.

Se era para dar a ela a certeza de que o grupo confiava em sua capacidade, que até mesmo a Keke confiava, acabou fazendo a garota se sentir ainda mais pressionada a entregar resultados.

Pois se a apresentação não corresse como o esperado prejudicaria a todas, ao grupo, e seria ainda mais penoso pelos esforços feitos, pela confiança depositada. E nem vou falar do vestido não ter nada a ver com rap porque, sério, isso foi é algo bom.

O vestido empoderou uma Sumire confiante, que se apresentou com direito a coroa e tudo, e trouxe um contraste interessante a uma música de idol a qual foi anexado esse elemento de rap pouco comum.

Nisso a produção foi certeira, pois não ficou na mesmice que seria elas se vestirem tal qual rappers, MCs, DJs, sei lá, ou produzirem um som sem variações, com uma coreografia de dança mais dissonante em comparação ao que foi feito até aqui.

Mas antes de dar o ponto final sobre a apresentação encantadora que teve a Sumire como centro (ninguém faz suspense em artigo de Love Live! porque é óbvio o desfecho) ainda tenho que dar mais dois pitacos sobre o drama da garota isópode.

Primeiro, acho que o drama escalou (chegando ao ponto esperado) muito rápido, de maneira até abrupta, afinal, bastou um feedback ruim para a Sumire desanimar e a coisa entrar em parafuso.

Segundo, não achei de bom tom a conversa das outras sobre a falta de “brilho” dela quando a proposta do episódio era justamente exaltar que ela tem sim brilho, ainda que eu entenda que tecer opiniões sobre uma pessoa não signifique descartá-la de nada.

Quanto ao terceiro ponto sensível dessa sequência, a gente já sabia que tinha a irmã da Keke e uma certa expectativa da família na performance da garota, mas foi bom lembrar que ela se acentuava com o início do torneio.

E a Sumire ouvir a conversa escondida na escada só botou ainda mais lenha na fogueira, daquele jeito clichê que a gente já está cansado de ver. Pelo menos o drama não se estendeu desnecessariamente, inclusive, tendo a sequência resolvido bem a situação.

A insistência da Keke em reconhecer o valor da Sumire e não mudar de ideia sobre essa confiança mesmo levando em consideração a pressão extra que ela tinha por resultados foi a chave para virar o jogo.

Mas é claro que a coisa tomaria contornos de dramalhão, com direito a certa adulação, coroa voando e queda com teor de descarrego, além da insistência da Keke, mas claro, ela precisava fazer isso a fim de afastar os temores da amiga.

E isso ganhou aquele carimbo bom com a simbologia do nome, do primeiro nome, do nome próprio, sendo falado pela Keke, como se para exemplificar sua aceitação da companheira de grupo, finalmente reconhecida e devidamente exigida.

Repito, a Keke tem certa culpa por esse desfecho enrolado da situação, ao mesmo tempo em que não, visto que tudo para ela sempre foi baseado na seriedade com a qual ela encarava o universo idol, tendo sido fiel a essa “ética” o tempo todo.

Tanto que quando reconheceu a dedicação e o talento da companheira ela não hesitou em confiar nela, superando a própria desconfiança, a qual realmente não tinha razão de ser, afinal, a apresentação foi belíssima e super criativa dada as suas peculiaridades.

Por fim, foi um episódio super simples e clichê (ora ora, que novidade), mas tão eficiente, divertido e poderoso quanto o anterior. Por isso dei 5 estrelas. O anime se encaminha para um final satisfatório que todo mundo sabe como vai ser se já viu um Love Live! ou nem isso.

Até a próxima!

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