Este, apesar de ter sido um episódio corrido, conseguiu bater em um assunto muito importante: como você quer viver? Durante a adolescência é normal fazer esse tipo de pergunta, principalmente porque o foco é passar em uma boa faculdade, ou então viver a vida como gostaria sem ser julgado.

Claro que o foco principal será o Yatora, pois ele é o personagem principal da obra, mas também focou um pouco na Yuka, que tem um embate interno com relação à sua sexualidade. Não é que ela não se aceite, porém encontrar alguém para ficar é muito difícil.

Além de sexualidade, fazer o que se quer fazer também é importante. Não é à toa que sempre quando Yatora vai fazer algo com relação à arte, sente que está faltando algo, ou então algum professor diz isso, como a Oba. Ser avaliado o tempo todo é muito difícil.

Yatora: “Isto me lembra alguém…” E a professora mata a charada.

Inclusive a escolha de carreira dentro das artes também é algo difícil. No caso no Yatora, ele já foi para pintura, mas e Yuka, ela quer mesmo fazer escrita japonesa? O fato dela ter ido para o departamento de Yaguchi não foi apenas por causa do garoto que estava a fim, pode ter sido por um motivo a mais.

Este episódio também retrata como o que se quer conquistar não é fácil. Yatora conhece diversos novos personagens, dentre eles Yotasuke e Hashida. Um é considerado um gênio por estar em uma classe mais avançada e o outro é um viciado em exposições artísticas. Não é à toa que Haruka logo se animou quando viu que Yatora ia em um museu.

A visão que cada um tem de artes acaba sendo muito diferente. Hashida olha para todas as obras como se fosse degustá-las, e acaba entendendo-as de maneira mais profunda. Acabou não mostrando muito da visão de Yotasuke, cujo qual disse que ia de vez em quando. O negócio é que Yatora é totalmente leigo e não sabe o que pensar de cada obra. Por isso que ainda precisa treinar muito para que entre em consenso que suas obras são boas e que não estão faltando algo.

Yatora retorna ao assunto de não gostar muito de Picasso, mas desta vez comenta com Hashida.

Inclusive, Yatora ainda desenha muito o que vê. Parece que não tem um pensamento muito claro de como uma obra poderia ser diferente sem que tivesse algo de sua própria característica. Por isso que, ao copiar a forma de uma figura feita em gesso, ele não consegue fazer diferente, como se estivesse se olhando no espelho. Diante de tantos alunos bons, será que Yaguchi tem alguma chance na Geidai, sua única opção? Oba o faz refletir sobre isso.

Além disso, Yatora tenta entender os outros que estão à sua volta e conviver com eles. Hashida pode ser fácil de conversar, principalmente sobre artes, mas e Yotasuke? Como tentar conhecer um garoto tão fechado em seu mundo, mas com opiniões tão fortes sobre tudo?

Também tenta entender como Yuka pensa. Embora tenha passado um bom tempo estudando com ela, ainda o trata no masculino e ainda não se acostumou com sua forma de pensar. O seu preconceito está se esvaindo com o tempo, já que a convivência acaba levando a isso mesmo, mas acabou admitindo que não a consegue entender de jeito algum.

Yatora está tentando aos poucos entender o lado de Yuka, principalmente sobre sexualidade. Ele disse que ela seria mais popular se vestisse como homem, porém ela não quer, pois se sente melhor com roupas femininas e se sente como uma mulher. Yuka chora avidamente por não ser compreendida, e Yatora entende esse sentimento, e quer que ela se sinta melhor, mas acaba falando o que muita gente fala. Embora Yuka pareça que não liga para a opinião alheia, ainda dói dentro de si.

Yuka ficou tão triste que até pediu um cigarro. Embora Yatora tenha dito coisas que parecem ser óbvias, Yuka ainda quer ser aceita pelo que é, não pelo que a sociedade impõe.

Yaguchi ainda tem muito o que evoluir como pessoa, e compreende que é um caminho árduo e sofrido.

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