Só eu acho a mãe do Lugh excessivamente carinhosa? Imagino que a situação socioeconômica favorável do território governado pelos Tuatha Dé seja uma das explicações, mas a outra com certeza é o clichê da mãe melosa demais, até…

Pelo menos o Lugh se mantém praticamente impassível a esse comportamento bobinho dela e foca no objetivo, assim fazendo a história avançar, isso enquanto as heroínas são apresentadas, uma forma eficiente de construir a party que protagonizará o anime.

Nesse episódio vimos como o Lugh treina na vida real, em uma situação cujo desenrolar era óbvio no momento em que a garotinha loira apareceu. Nem vou comentar o upgrade no busto dela porque também é óbvio, fanservice. Mas sim, não foi um coisa desproporcional também.

O lance do aviso divino ter sido proposital não foi respondido, mas, de toda forma, serviu para justificar a lavagem cerebral do Lugh ou ao menos reforçar a ideia de que era ele quem estava no controle. Algo meio desnecessário se ele prestasse atenção no que fez.

Isso significa que ele agiria diferente se não tivesse mana? Acho que não, mas com certeza não traria ela para dentro de sua casa. A questão é o quão boba é a forma de pensar dele, pois convenhamos, vendo a situação dela e o que ele podia oferecê-la, fica difícil imaginar outro cenário.

A Tarte tinha motivos de sobra para se entregar a alguém que poderia oferecê-la tudo que a faltava sem precisar daquela explicação toda ele, o que, por outro lado, também pode ser encarado como algo bom, afinal, o Lugh acha que tudo está sob seu controle, sem emoções.

Mas será que isso é mesmo verdade? A gente viu ele quebrando um pouco a cabeça para ajudar as duas garotas, a Dia episódio passado e a Tarte nesse, para que elas pudessem estar em pé de igualdade, então duvido que não esteja se tornando passional, mesmo lembrando quem ele é.

É que só nesse outro mundo ele está tendo a oportunidade de dar vazão a esse tipo de sentimento, algo que eventualmente pode nublar seu julgamento ou torná-lo mais forte, afinal, os laços que está construindo são sólidos, como não ocorre com quem apenas manipula os outros.

Uma hora ele deve perceber isso. Em todo caso, elogio essa proposta de quebrar com a ideia do encontro predestinado e o contexto no qual a situação se desenrola. No fim, acaba que foi melhor o Lugh achar que não estava sendo bonzinho, quando, inevitavelmente, ele estava.

Enfim, a segunda metade começa com a Deusa, meio que a justificar o título do episódio, em uma situação que deixa claro o quanto é precavida, mas também o quanto é limitada, pois se não matou ou obrigou o guerreiro a ir atrás de cumprir seu objetivo é porque não deve poder fazê-lo.

Sendo assim, o protagonista que é bobo de topar o desafio? Acho que não, até porque, como já comentei em outros artigos, não me sai da cabeça a ideia de que ele pode se opor a ela, que não vai obedecer tudo calado, se tornando o assassino pensante que ele ainda não sabe ser.

Acaba que a Deusa pode ser enrolada, mas ela é tão precavida que já invocou centenas de pessoas para cumprir com seu objetivo, o tipo de coisa que de duas uma, ou respalda o papinho dela ou talvez signifique que ela sequer é a Deusa que diz ser. Vai saber, estou pronto para tudo.

Pelo visto qualquer afronta a Deusa não deve ocorrer tão cedo, ainda mais em meio a um episódio de apresentação de heroína como esse foi, e uma heroína que com boa alimentação e cuidados mudou da água para o vinho, ganhando não só graciosidade, como corpo e outros atributos.

Um deles é sua qualificação como assassina, o tipo de coisa que veio também para expandir os horizontes do Lugh, afinal, ele teve que pensar em uma forma de explorar o talento dela, ainda que este talento, do manejo da lança, não seja o convencional para um assassino.

Além disso, mesmo que tenha sido algo que pareça muito fácil de ele fazer, é legal vê-lo se preocupando com outra pessoa. Eu sei que é tudo pelas razões dele, mas, repito, é ruim de ele não estar se envolvendo em um nível acima com essas garotas. No fim veremos se estou certo.

Mas qualquer que seja o cenário, é fato que a história progride sem maiores problemas, e agora com uma evolução de idade e de maturidade também, afinal, como desejava na outra vida, dessa vez o Lugh está ensinando alguém, precisando até ver a garota pelada para isso.

Como isso ocorre também com ele e o pai, seu mentor, não acho que deva me incomodar, ainda que escape um fanservice aqui, outro acolá. É o tipo de coisa que não entendo muito bem porque é feita, mas consigo comprar a ideia, até pela forma seca, profissional, como o “garoto” lida com a situação.

Então sim, a seriedade do Lugh quebra bastante os clichês de isekai os quais o anime usa quase o tempo todo. Isso é legal? Eu acho legal porque me faz enxergar no anime uma seriedade que talvez nem ele acha que tenha. Espero estar certo, em sua segunda metade devo ter a resposta.

Por fim, a Tarte é ou não é a assistente perfeita? Não sei se ela é mais velha, mas, sendo ou não, honestamente, não vou encucar com suas proporções avantajadas para uma garota de 12 anos, então até que consegui gostar da heroína simpática e do contexto no qual foi introduzida na história.

Até a próxima!

Extras da Deusa

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