Para começar, não vou reclamar do microfone do Blue, afinal, para ser ouvido em um espaço aberto e grande fazia sentido usar um. Além disso, também não vou falar mal do Metropoliman, pois se tem uma coisa que ele faz bem foi parecer mais esperto que os outros, todos uns bocós.

Okay, admito que o plano do Yellow e do Blue não foi de todo ruim, mas nesse episódio ficou claro o quanto os faltava preparo em comparação ao rival, Metropoliman, o homem mais rápido que o roteiro, capaz de explorar o ápice da sociedade, grana e a burrice humana.

Mas antes disso, como não reclamar da insignificância dos personagens de Platinum End? Os três novos candidatos apresentados nesse episódio não tem nada que os diferencie em absolutamente nada, nada. Aliás, é pior, são estereotipados, genéricos, sem graça.

Eu entendo que são todos suicidas, então não deviam estar no melhor momento de suas vidas, mas não precisava avacalhar também. Além disso, culpo também os anjos. Não faz sentido algum dois anjos escolherem candidatos que estão se matando juntos.

Por quê? Porque por mais que os anjos ou os candidatos tivessem amizade, o que garantiria que não se atacariam quando entrassem de vez na disputa? Para uma disputa de Deus o critério de seleção é tão, mais tão pobre, que dá para entender porque o mundo tá uma merda.

Na verdade, dependendo do ponto de vista que a gente olhe ele sempre foi, pelo menos para a maioria. Talvez o mundo realmente seja “governado” por um ex-humano que venceu a disputa? Mas e o primeiro deus, quem foi? Responde essa aí ateu!

Enfim, a inteligência do Blue quase me convenceu, por um momento a gente fica pensando que ele não vai se deixar enganar pelo Metropoliman e talvez fosse mesmo o caso, mas…

Tinha que ter um elemento novo para se intrometer e cagar o pau para o lado dos desafiantes, né? Dessa vez a novidade foi a garotinha que só tinha asas e noção alguma de onde estava se metendo. Mas tudo bem, é uma criança, não dá para exigir muito.

Porém, se tem uma coisa que eu poderia exigir do anime é que ele não fosse tão constrangedor, mas ele foi, de novo. Sério que coincidiu dos atores contratados pelo Metropoliman estarem vestindo justamente as fantasias que faltavam para fechar o quinteto de heróis?

O quão cafona o autor pode ser para ficar investindo nesse negócio? E não falo isso com desprezo ao tokusatsu não (os Metro Five são heróis de tokusatsu, né?), é só que (quase) todo mundo fazer a mesma coisa o tempo todo é constrangedor de tosco.

E nisso já apareceram sete dos treze candidatos, mas só importam três deles, o resto é figuração conveniente. Três já morreram pelas mãos do espertinho do Metropoliman e com a garotinha é só uma questão de tempo, agora ou em um ponto a frente na história.

Pelo menos consigo dizer que gostei de outra coisa, do Metropoliman ter sido bem extremo ao usar a garotinha como isca para expor mais algum candidato. O peculiar só é ele realmente acreditar que alguém seria imbecil o suficiente de se revelar para salvá-la. Opa…

É, para isso temos o protagonista, que se inclinou a salvar a garotinha, mas só agiu mesmo quando a Saki chorou. Escravoc*ta do caralho, e em dose dupla. Nem para agir decentemente seguindo os próprios princípios o Mirai serve.

Eu sei que eu acabei de xingar quem se disporia a salvá-la, mas a real e que isso é um anime clichê, então todo mundo sabia o que iria acontecer, só o que me incomoda é o gatilho, a falta de culhão do protagonista para fazer qualquer coisa. Pelo menos temos o sacana do Metropoliman.

Porque, sério, sem ele Platinum End não teria nadica de nada. E eu também acho o Metropoliman ruim, é só que ele age e isso dá alguma vida a história, algum agito. Quer as coisas façam sentido ou não, ele quebra o status quo, promove o conflito necessário para acabar logo essa b…

Essa bela animação que foi um pouco melhor em seu quarto episódio que nos anteriores. Agora quero ver como o Metropoliman vai limpar sua barra publicamente (ele está ameaçando uma garotinha, afinal), o que o Mirai vai fazer e como ele vai se safar de ser morto pelo arquirrival.

Até a próxima!