Vamos cortar reclamações sobre ruindades óbvias (demora sem justificativa plausível, papo que não leva a lugar nenhum, etc) e focar no que realmente importa? Sim. Parece que a Nasse andou vendo os vídeos do Metaforando, quer pegar as manhas para identificar mentirosos você também?

Quanto a primeira parte desse episódio, gostei da tentativa de enganar o Metropoliman em que o Mukaido pensou, algo perspicaz e que talvez tivesse sido mais útil não fosse o bebê chorão do Mirai, que é capaz de arriscar a própria cabeça para não arriscar a dos outros.

O problema foi justamente esse, como a forma diferente de usar a flecha vermelha do herói abriu um precedente perigoso para a trama. Agora em mais vezes podemos ver uma flecha contendo outra, o que, convenhamos, tira muito do peso de se ter uma.

Ao mesmo tempo, é inegável que o desespero do Mirai abriu um leque novo de possibilidades aos candidatos, o problema é que isso também vale para o Metropoliman, que descobriu mais sobre seus opositores, testou a “força” deles e de quebra agora sabe que as flechas se anulam.

Mas é claro que para quem não estava conseguindo nada, até ver um pedaço do rosto do vilão foi bom. Metropoliman teve seu tapete puxado ao não só demorar demais para atirar quando tinha a chance, como se expor, demonstrando fragilidades para dois candidatos não identificados.

Infelizmente, na base da caracterização típica do battle shonen, de lutinha de poder, alta velocidade e não necessariamente boa animação. Eu sei que Platinum End não é nada rebuscado, é só que acho mesmo patético tentar adicionar uma dinâmica de ação naquele tipo de situação.

Se uma flecha anula o efeito da outra e os candidatos não são muito mais rápidos uns que os outros, então não sai nada de uma luta dessas, tanto que para o Metropoliman realmente entrar em apuros precisou o Mukaido intervir. De outra forma, ficaria um empate eterno ali.

Enfim, além de criar um precedente para banalizar as flechas, o embate abriu precedente para a manutenção da forma de pensar e agir do herói, que eu nem acho que seja exatamente errada, o problema é aquilo em que ela se baseia, além dos sinais que o roteiro dá de que a “valida”.

A Nasse faz muito isso, sempre tenta trazer uma palavra de conforto quando alguém reclama do modo de pensar e agir do Kakehashi, como se passar a mão na cabeça dele, ao invés de criticá-lo por sempre querer dar a outra face, ajudasse a fazê-lo amadurecer em algum aspecto.

As escolhas dele botam a vida de pessoas queridas em risco, então por que arriscar deixar o protagonista imutável, e se não isso, mudá-lo sem criticar com profundidade os pontos onde ele estava errado? Se o roteiro realmente fizer ao menos isso, o que duvido muito.

Em meio a isso temos uma heroína inútil (que só serve a casa como base de operações), um antagonista mal e chato, inteligente e burro (tudo ao mesmo tempo) e um único personagem razoável, o Mukaido (mas que vai morrer mais hora menos hora).

Não bastasse esse elenco de peso penado, temos um protagonista que rejeita as responsabilidades que vem com as bênçãos. Nem parece que é japonês… Mas sério, não julgo quem odeia o Kakehashi, é irritante demais protagonista chorão que não quer matar uma mosca.

Não precisa ser vilão igual o Light, mas virar a cara para todo e qualquer dano, mesmo aqueles que podem fazer mal aos seus, é ridículo. Essa conversa fiada da mãe do Mirai só vale até a página dois, só que o anime insiste em dar apoio a esse tipo de discurso de forma rasa. É ridículo.

Por fim, ainda tem mais, a Saki fazendo mistério sobre não poder se apaixonar pelo Kakehashi, algo que só existe na cabeça dela, certeza. Talvez seja pela regra de só um poder sobreviver? Sério que ela não viu Mirai Nikki? Viu não, se tivesse visto não seria uma songamonga.

Até a próxima!

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