Esse terceiro episódio me decepcionou um pouco pelo quão “vazio” ele foi, tendo poucos momentos realmente interessantes, ainda que alguns deles tenham parecido construção para algo que pode ser aproveitado mais a frente. De toda forma, vamos falar de Blade Runner: Black Lotus!

Por que a Elle não foi pega no teste Voight-Kampff? Não sei e não vou pesquisar a resposta, acho mais legal ir vendo como o anime explica essa situação. Mas é óbvio que a Elle é uma replicante, né, a questão é a série, será que ela faz parte de uma série nova?

Pelo menos toda a situação do teste resgatou lembranças da heroína, que deram pistas do homem misterioso que a tatuou e das circunstâncias em que ela se encontrava. Infelizmente, não o suficiente para motivá-la a alguma ação. Foi um episódio parado praticamente o tempo todo.

Mas para agitar um pouco, trazer a policial durona não foi má ideia. Inclusive, volto a elogiar as cenas de ação do anime, que se não tem uma animação diferente do resto, compensam bastante em coreografia. E não posso esquecer dessas personagens femininas fortes, posso?

Aliás, será que a policial pode mudar com a Elle (parece que agora ela só quer caçá-la), talvez se sensibilizando com o fato dela ser mulher e ter sido maltratada pelos humanos? Porque, convenhamos, a Elle pode ter matado o senador, mas ela é mais vítima que tudo.

Enfim, acho que o grande problema desse episódio foram mesmo seus vários momentos de cadência, não à toa senti sono quando estava assistindo e só consegui terminar no dia seguinte. Foi um episódio muito morno, ainda que tenha entrado em uma crescente no final.

Antes disso, não tenho muito a comentar sobre a conversa dos manda-chuvas, exceto pelo “easter egg” que foi o livro de Santo Agostinho, A Cidade de Deus. Nele Agostinho descreve o mundo o dividindo entre o dos homens e o dos céus. Não li, mas pesquisei um pouco sobre.

Seria o mundo dos homens o mundo dos humanos, e o dos céus o mundo dos replicantes, criaturas que podem ser consideradas “puras”? Não sei, só o que sei é que deve existir alguma ligação temática entre o livro e a estrutura da trama, afinal, criar replicantes não é basicamente “brincar” de deus?

Além disso, a policial já pegou a pista da Elle, é só questão de tempo que se cruzem. Agora, quero saber como o J, ou outra pessoa, vai descobrir que a Elle é uma replicante e qual o real “perigo” que ela representa para o mundo. E se ela não for replicante, eu pergunto, mas como?

Por fim, a sequência de cenas no final não acrescentaram tanto quanto eu gostaria de ter visto em um episódio mais monótono como esse foi. Pelo menos agora sabemos da figura masculina próxima a ela, que ela “disfarça” muito bem o que é e que a caçada não deve ser esquecida.

Blade Runner: Black Lotus segue promissor, mas precisa de mais a fim de entregar uma trama convincente, seja pela “vingança” da heroína, seja pela riqueza do universo. Acho que falta mais dinamismo para a história engrenar. Cobrirei o anime aqui no blog e torceremos juntos por sua melhora.

Até a próxima!

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