Esse foi o episódio do anime que menos me agradou pelo quão vazio ele pareceu tematicamente, ainda que não tenha sido inútil se pensarmos na apresentação do comandante-chefe e no quão claro é que ele tem um plano que deve ser no mínimo questionável, senão não o esconderia.

Além disso, teve animação boa, mas quando esse anime não tem? Às vezes tenho a impressão de que takt é mais sakuga que roteiro, até pelo quão clichês e rasos são os personagens, principalmente os novos. Walkure e Inferno não salvaram o episódio, mas a música salvará o anime?

Sabe uma coisa que seria legal? Uma trilha diferenciada para cada Musicart (agora sabemos que não precisam necessariamente de Conductors) ou mesmo golpes que se orientam por música, algo que trouxesse o elemento musical as batalhas. Como é fica tudo apenas no conceito.

Por que digo isso? Porque, repito, visualmente o anime é bonito, mas a falta de risco real (os D2s são meros artifícios de roteiro) banaliza as lutas, além da interação dos personagens não ser tão interessante durante ou fora delas. A postura da Walkure e da Inferno, as novas Musicarts, refletiu bem isso.

É mais fácil escrever uma personagem chata que depois se derrete com um simples elogio do que torná-la realmente interessante ou palpável. A Destino mesmo, é uma cabeça oca que só se importa em matar D2 e comer doces, a Inferno já faz o tipo onee-san sexy misteriosa. Todas enlatadas.

takt op.Destiny perde a chance de ser mais que apenas rostos e visuais bonitos, que, aliás, não deveriam levar a Walkure a questionar a natureza da Destino, ou ela acha que cosplayers também voam e lutam com poderzinho? Destino deveria ter usado o meme do Pelé para responder.

Enfim, se o Takt é um treinador pokémon (olha a imagem acima e me diz se não parece um treinador com seu pokémon), o comandante-chefe seria um típico vilão (ou quem sabe anti-herói) do mesmo tipo de história? Até a forma como ele trata as Musicarts é caricata.

Não que devêssemos simpatizar com o personagem, acho que a intenção era justamente o contrário e foi bem atendida nesse sentido, mas eu também não precisava achar tudo chato, sem graça, sem uma escrita realmente criativa por trás. Achei. Foi ruim de engolir.

Pelo menos gostei um pouco da luta final, apesar de não ter entendido direito como o Takt sabia onde atirar para derrubar as pedras, mesmo que a Inferno não ajude a seriedade com sua fala quase orgásmica após se livrar do último D2. A ida dela até onde ele estava foi a melhor cena do episódio.

Gostei também do conceito por trás de sua transformação, que não é ou não precisa ser de corpo inteiro, mas é bem forte mesmo assim. Se eu não estou enganado foi ela quem liberou os D2s em uma das cidades pelas quais os heróis passaram, então, sendo assim, eles são vilões, né?

Por fim, quer sejam vilões ou não, a recusa do Takt era óbvia. Felizmente, ele podia recusar, mas, convenhamos, a trama não daria brecha para ele ser obrigado a receber ordens sendo a aventura que é, não faria o menor sentido, além de que limitaria a capacidade de oposição deles.

Porque o Takt vai se opor ao Felix quando a hora chegar, a hora em que o anime estiver acabando e eu não ter que lembrar que takt op.Destiny é bem bonitinho, mas um tanto ordinário, afinal, se propõe a discutir música, mas não o faz de fato. Parece uma música genérica de 3 minutos, vai mentir?

Até a próxima!

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