Tinha que ter uma surpresinha, né? O Morpho falso foi bem isso, apesar de que, convenhamos, não foi nada inesperada essa situação tão pesada não ter se resolvido logo nesse episódio. 86 precisa de mais tempo para aprofundar o Kiri, então vamos ver no que tudo isso vai dar?

Antes de mais nada, elogio a tensão criada em torno de um verdadeiro embate construído entre o Shin e Kiri, o tipo de coisa que eu já previa, mas não deixa de merecer elogios até pelo reforço dos paralelos que podem ser tecidos entre os dois e vieram à tona nos flashbacks do antagonista.

Ele, aliás, não parece um eco do passado, uma voz perdida, e sim um belo pedaço de consciência agarrada a um rancor que eu imagino ter a ver com um mal-entendido. Os flashes que ele tem de memória deram ou não a entender que ele acha que a Frederica está morta?

Seria essa a fonte de todo esse rancor do cavaleiro? Porque isso justificaria até a forma como ele enxerga o Shin, como ele coloca a situação e uma das cenas de suas memórias, da bandeira que representa sua Imperatriz manchada de sangue, como se a simbolizar a morte dela.

Enfim, a primeira metade certamente foi a mais tensa do episódio, mas a segunda a com mais “conteúdo”. De um lado tivemos o presidente e dessa vez acho que o entendi melhor. Ernst quer preservar algum sentido, alguma ética, na luta pela sobrevivência de seu povo.

Por quê? Porque ele é um homem de princípios e também porque não quer se arrepender de nada? Não tem algo do qual ele se arrepende e que envolve pessoas queridas de seu passado? Ernst não parece querer cometer o mesmo erro, nem que o país vá a ruína.

E sim, mesmo na pior, acho importante conservar alguma ética ou é como ele mesmo aponta, será só um adiamento para um fim pior. Em outro ponto do exército temos a Tenente Wenzel, que sobreviveu e tem história para contar, apesar de explorá-la claramente não ser a minha intenção.

Prefiro concluir este artigo falando da Frederica, de sua armação que a princípio me incomodou, mas, pensando bem, não teria muito como a história progredir de outra forma. Ela precisa estar presente fisicamente quando o Kiri partir a fim de explorar o máximo de dramaticidade do plot.

Ainda assim, me dá angústia a mascote ter ido parar no campo de batalha. Mas esqueçamos sua carinha de criança, ela não é mais isso ou não pode mais ser considerada isso quando o Shin a dá sua própria arma para que, se preciso, ela se mate. Foi o risco que assumiu para estar onde está.

Até a próxima!

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