E Fena finalmente acabou. O final foi bom? Foi ruim? Eu achei decepcionante, clichê (apesar de tudo) e raso. Por quê? Me siga e você saberá!

Desde o começo Fena deu suas pistas de que havia algo nebuloso em sua trama, talvez até místico mesmo porque só assim para explicar a garota saber exatamente onde ir, o que fazer, lembrar das coisas nos momentos certos; todas as conveniências que surgiram pelo caminho.

Além disso, esse mistério herdado da mãe, com pouco ou nada sendo falado do pai, foi ganhando corpo com a história da Helena carregar a filha do Rei da Inglaterra, sendo esta a Fena, a princesa “pirata”, que é pirata sim se pensarmos que não é bem pirata coisa nenhuma.

Enfim, o importante mesmo é o que vimos nesse episódio, uma coisa enorme, gigantesca, que em nenhum momento o anime deu a entender que seria. Digo, o plot de caça ao tesouro com mistério estava todo ali, não tinha porque acharmos que se tratava do destino da humanidade.

Mas se tratava, só que o pior é que a consequência prometida não ocorreu, pois a Fena pode até ter perdido as memórias, mas na última cena do anime dá-se a entender que ela pode tê-las recuperado e se for mesmo o caso, qual é a consequência que fica da jornada? Me importa? Não.

E por que não me importa? Porque, sério, terminou tudo bem, todo mundo acabou feliz para sempre. É, uma galera morreu, mas só os piores ou menos relevantes, até as piratas simpáticas reaparecerem (as mais chamativas delas) e no fim os Goblins obtiveram tudo que queriam.

Então sim, Fena acaba de maneira razoavelmente plana, e pior, quando poderia entregar um fanservice satisfatório faz tudo menos isso, nos mostrando uma declaração ridícula do Yukimaru e escondendo um beijo que pelo menos corroboraria com a ideia da história da princesa.

Um princesa bem diferentona, afinal, era na verdade uma sacerdotisa que herdou o pepino de seus antepassados, foi criada por uma existência fantástica e quase acabou casando com um ricaço, vendida como prostituta. Além de ser uma exímia dançarina sem nem fazer ideia.

É, a jornada da Fena foi toda estranha. Digo, a narrativa até progrediu em certo nível no que competia a ela, mas não tivemos praticamente nenhum aprofundamento dos outros personagens, no máximo flashes, e que envolviam o Yukimaru, pasmem, o par romântico da heroína.

O vilão foi redimido no final, sua oposição nem fez cosquinha (o Abel até atravessou o Yukimaru, mas ele foi curado, né) e toda a ideia por trás do Éden não foi realmente aprofundada. Mas sabe o que é pior? Quem se interessa por saber mais? O anime não construiu seu próprio “mito”.

Além disso, sério que ela foi induzida o tempo todo para no fim ser ela a fazer uma escolha tão importante? Acho isso bem sacana, pois jogou fora qualquer sentimento de aventura da trama. Fena foi uma marionete de titereiro e continuou sendo uma com o que quer que escolhesse.

Já o anime foi uma aventura com romance (se muito) e um pouquinho de ação, e terminou assim, o problema foi tentar complicar algo que, no fim, não fez jus a essa grandeza cuspida na cara do público. A Fena acabou se acertando com o Yukimaru e foram feliz para sempre. Pronto.

Com ou sem memórias de um anime que, olha só que curioso, foi esquecível, mais até que as lembranças da heroína, que ela supostamente teve apagadas da cabeça, afinal, repito, aquela última frase dela dá margem para acharmos que ela recuperou essas memórias.

Se não foi isso, então ela se apaixonou pelo Yukimaru nesse meio tempo, o tipo de coisa que só reforça a ideia de que toda a baboseira existencial não teve impacto algum na trama, existindo apenas para tentar tornar o anime diferentão. E ele foi em seu final, só que para pior.

Até a próxima!

P.S.: Aliás, já ia esquecendo, ela precisava deixar de ser loira? Ela não vai ter uma filha e passar a frente o legado bizarro de sacerdotisa, e elas não têm que ser todas loiras e de sangue azul? Sei que foi algo simbólico, mas né… Será que o poder tá na cor do cabelo? Hahahahaha…

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