Platinum End – ep 3 – Date perigoso
Por vacilo confundi os anjos, afinal, seria estúpido demais até para Platinum End três candidatos estudarem no mesmo colégio. Revel é o anjo da Saki e se a Nasse falou para o Kakehashi atingir a garota com a flecha vermelha era porque aconteceria o contrário, previsível.
O passeio com as asas já foi um trecho agradável que se não salvou o episódio, pelo menos o tornou mais suportável. Pena que tem umas coisas claras, outras nem tanto, que me desanimam com esse anime. Platinum End é como um date perigoso, a gente sabe que vai dar ruim.
Várias novas informações nos foram dadas nesse episódio, desde que o efeito da flecha não é anulado por um sentimento já existente ou que o nível do anjo depende de um forte traço de personalidade, mas como comentado, há mobilidade.
Isso acaba aproximando mais os anjos dos humanos, e na medida em que deus também já foi um humano que venceu a disputa, acabo dando o braço a torcer no que se refere ao dedo podre de alguns anjos ou mesmo a personalidade irritante da Nasse, apesar de que a pureza dela…
Enfim, o Revel já é mais safo e tenta induzir o Mirai, o que ele não poderia contar é com a Nasse. sua pureza a expõe, mas também é seu trunfo, afinal, é o que a torna uma anja de classe especial. Um acordo entre as partes era mesmo a melhor saída para ambos.
Mas mesmo se não fosse, quais as chances do Mirai não se aliar a Saki, ainda mais quando ela é pintada como alguém indefesa, que precisa ser protegida. Sei que em parte isso se deve a ela só ter flechas vermelhas, mas em parte ela não parece mesmo um graveto prestes a quebrar?
E aí acho que o Tsugumi Ohba comete um erro fatal, pois se em enredo e construção de mundo Platinum End é fraco, poderia pelo menos dar uma compensada com suas personagens. O problema é que o herói e o vilão já são duas porcarias, dificilmente ela salvaria o show.
Tomemos como exemplo a Misa Misa de Death Note, com todos os problemas e ressalvas que faço a personagem, é fato que ela tinha muita “personalidade” e animava o show, trazia algo de diferente a dinâmica. A Saki é morta, uma página em branco, com sorte ela melhora, mas…
Não conte com isso. Assim como o bocó do Metropoliman não deveria ter contado com o ovo no orifício anal da galinha. Qualquer idiota se tocaria de que a mensagem dele era uma armadilha, só alguém com muitas cartas na manga o atacaria de peito aberto.
E essa figura não deve aparecer, mas se aparecer não será agora. Por quê? Por causa de um aspecto da obra que a sabota e vou comentar mais a frente. Antes disso, lhe faço uma pergunta, por que passar 33 dias amarrado quase o tempo todo com uma colegial não parece real?
Para o Kakehashi parece, para a Saki parece. Por que? Porque eles dois não são personagens lá muito reais. Sei que ambos queriam se suicidar, a Saki mesmo parece meio morta, o problema é que não parece real um time skip que volta com as duas personagens na mesma.
Em todo caso, personagens não são mesmo a força de Platinum End e se você me perguntar se sua força está nas situações de conflito eu vou rir da sua cara. Porque sim, a ideia do encontro do estádio não foi de toda ruim, mas não, não dá para levar a sério o que fizeram.
Dois elementos entraram na palhaçada do Metropoliman e foram atacar ele de frente, ainda por cima vestidos como personagens secundários do show dele. O tipo de coisa que, reforçada pela misteriosa contenção que ele faz da flecha vermelha, só reforça a insignificância deles.
E se parte dos candidatos é descartável assim (como era o comediante broxa) chegamos talvez ao maior problema desse anime. É sério que o roteirista não viu Mirai Nikki e não se tocou de que a força desse tipo de proposta reside nas personagens?
Ao menos se o resto é questionável ou ruim mesmo. Goste ou não da Gasai Yuno, ela era a grande estrela do anime e aqui não temos nenhuma, além disso, se alguns dos candidatos forem descartáveis como aparentam que serão, o que restará senão Mirai, Metropoliman e Saki?
Com um ou outro a mais teremos anime, mas tem um problema aí, esses personagens já são fraquíssimos; seja em carisma, seja na construção deles como personagens; botar uma roupinha mais fofa na Saki não vai resolver, ainda mais quando ela e o Mirai dão tanta bandeira.
Sussurrar, encobrir as mãos e fazer cara de sério no que deveria ser um date (mesmo que um mortal) é suspeito. Sorte deles que tem gente ainda mais idiota no Japão, país cuja má fama pelos suicídios o tornou o lugar perfeito para a disputa. Seria cômico se não fosse trágico.
Por fim, fica a curiosidade sobre o que impediu o Metropoliman de ser atingido. Deve ser bullshit, né. Pelo menos o Mirai não vai morrer, ainda mais após ter se soltado por causa da flecha e revelado seus sentimentos para a amada, uma palinha da felicidade que ele pretende proteger.
Até a próxima!