As batalhas ranqueadas finalmente fazem o seu retorno oficial e com algumas surpresas que me fizeram pensar sobre o futuro da competição e até dos times em si. Para quem achava que o Hyuse era a única incógnita do momento, o Time Suzunari já voltou mostrando que cada um melhora do jeito que dá e com as armas que tem – ou as que fabrica, no caso.

Curiosamente esse episódio não inicia do jeito que eu estava esperando, já emendando a ação depois de dois episódios bem instrutivos e táticos, ele apenas dá início a luta no meio do caminho. Aqueles que não conhecem a obra, devem estar ainda sem entender porque precisam de tanto tempo apenas para conversas e estratégias, mas quem acompanha já sabe que World Trigger tem muito disso no mangá – o que inclusive “ajuda” na angústia de quem espera os novos capítulos.

Esses vários diálogos não só servem para estabelecer as bases da história e a dinâmica das lutas, como também serve para dar progressão ao desenvolvimento dos personagens, aprofundar minimamente ou dar personalidade a todos, de forma que tudo faça sentido porque foi bem construído antes – e isso não é traído do nada por conveniências aleatórias, o que é ótimo.

Voltando para o eixo do episódio, logo nesse começo pudemos perceber a tensão entre Osamu e Hyuse, embora tenha ficado apenas uma faísca do que isso pode se tornar, dependendo de como o protagonista melhore, ou de como o neighbor se coloque junto aos colegas.

Por hora ele decidiu obedecer as ideias de seu capitão, mas a questão é, será que isso durará a batalha toda? Digo isso porque na hora em que a batalha começou, pudemos ver que cada time trouxe uma novidade ao campo e a adaptabilidade agora é um item necessário ao kit de cada lutador.

O Osamu tem a inteligência e a intuição para se manter bem no confronto de forma geral, mas em compensação ele não dispõe de força braçal e em alguns momentos, nem de sangue frio para se manter calmo quando pressionado diretamente – e isso já vimos em outras batalhas, nas quais ele se desesperou no corpo a corpo e perdeu.

Com a pressão de precisar responder as demandas do Hyuse sem falhas, ele pode acabar saindo de seu ponto de equilíbrio, então fico bem animado para ver como o capitão vai se portar em sua nova realidade de grupo e com as investidas novas dos velhos rivais – que também tiveram umas ideias bem interessantes.

Achei bem legal o fato do Time Suzunari explorar um novo mapa que até então nunca tinha sido usado em batalhas. Primeiro, porque para nós é um novo cenário a ver, e também porque isso abre margem para novas estratégias que não tinham sido usadas até então, justamente por todos já estarem acostumados aos outros três mapas e já terem uma linha de ação pensada e fixa para eles.

Uma curiosidade minha é sobre a questão do horário, pois o prejuízo é coletivo, então o mesmo mal que atinge os rivais, atinge a eles. Tenho uma hipótese de que a escolha tem a ver com a questão da mudança de visão, mas principalmente com o black trigger que o Kou mostrou ao final do episódio.

Falando na arma, eu confesso que fiquei surpreso pelo rapaz ter uma em suas mãos, pois para quem lembra do começo da história, apenas algumas poucas almas da elite possuem outras, tais como o Jin, Tachikawa, Amou e o próprio Kuga – mas no caso do terceiro, esse não tem o mesmo efeito de “ataque” dos demais e sim o mantém vivo.

Se os black triggers são armas exclusivas para agentes de nível superior e que não tem produção massiva como as outras, como o Kou teria uma assim tão tranquilamente? Ainda acho que tem algo diferente com essa arma dele e tenho quase certeza que ele fez uma customização pessoal, de modo que ela funcione como um black trigger e não necessariamente seja um – mas se for, seria bem interessante de ver os agentes menores se desenvolvendo nesse sentido.

O Esquadrão Azuma também chegou com uma ideia simples, mas muito eficiente, se valendo das peculiaridades do ambiente e da confusão técnica para obter vantagem em cima dos demais. Se bem me lembro, a história ainda não tinha trabalhado as dificuldades dos operadores quanto ao controle geral e a sinalização em batalhas, logo, essa disputa tem muito a dizer sobre o papel deles.

E finalmente, o Time Kageura e o Tamakoma-2 por hora estão contando com sua habilidade e a surpresa, respectivamente. No caso do Kageura, eu diria que a grande vantagem deles está na potência do time como um todo, no side effect do capitão e na vontade inabalável do Yuzuru em vencer pela Chika.

Do lado do Tamakoma-2 eu diria que o Hyuse vai ser um ás, mas ainda acho que o Osamu vai ser uma peça importante para a vitória, especialmente por conta da intuição que ele tem tido e a vontade de provar que pode ser um bom líder, mesmo fraco.

Acredito que ele ainda não vai forçar o potencial oculto da Chika e isso vai lhe exigir mais, então vamos ver como essa batalha vai se desenrolar, porque ele já se chocou com o Okudera e começou da melhor forma possível para alguém que queria sobreviver, sendo encurralado pelos inimigos.

TRIGGER ON!

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